Meu coração batia tão rápido que temia que Draven pudesse ouvir, sentia sua respiração em meu rosto, e só naquele momento que pude ver claramente nossa diferença de tamanho, o homem não era musculoso, mas era alto e tinha um ótimo físico, seu perfume invadia minhas narinas, quanto mais ele se aproximava mais sentia as borboletas em meu estômago e um nó em minha cabeça.– Por que não vamos a um encontro? – Seu sorriso pareceu travesso e parecia que ele gostava de brincar comigo.– U-um encontro? – Perguntei confusa.– Por que o que estava passando nessa sua cabeça!? – Seu tom de voz ficou malicioso, o que me fez morrer de vergonha naquela hora.– Ha! Ha! Ha! Okay, okay, encontrou certo! – Sorri nervosamente sem saber ao certo o que responder.“O que você estava pensando Ayanne?! Draven com certeza deve te achar maluca agora! Minha mente me martirizou e eu literalmente me mordi por dentro nervosa com a hipótese.“– Sim, vamos a um encontro. – Reforçou o pedido, mas antes que eu pudesse
Você se entregar de corpo e alma para uma única pessoa deve ser a coisa mais maravilhosa do mundo, e é isso o que o branco representa, mais o preto, o tom mais escuro, a cor que impede de ver o mais além, a cor da tristeza, da morte, a cor que te deixa triste, mesmo que a cor não tenha existido para isso ainda é assim que ela vai ser transmitida por que o ser humano a criou assim a marcou assim, não foi de propósito afinal que não gosta de olhar para aquele céu escuro pintado de pequenos pontos brilhantes. Sabe é assim que funciona as coisas, me conte quantas pessoas preferem viver no preto? Não poder enxergar além daquela cor, não pude sorrir porque nada, mas parece feliz, ninguém é triste por que quer, mais esse é o preto, a cor que cobre todas as cores, que esconde tudo o que estiver pela frente, para alguns pode ser solitário, mas para outros também é uma cor de conforto, afinal nem tudo o que reluz é ouro então, nem tudo que parece feliz e alegre e de verdade.Quando terminei a
Após o almoço que no caso foi lanche, voltamos para o ateliê, na lanchonete apenas jogamos conversa fora, nada de muito importante realmente aconteceu, não que fosse um momento banal ou algo do tipo, temos que aceitar que a vida nem sempre vai nos trazer momentos inesquecíveis como uma simples ida em um restaurante e você acaba conhecendo sua alma gêmea, ou andando na rua e você encontra um parente que nunca tenha conhecido, a vida sim nos traz muitas surpresas é obvio, mas temo que aceitar que mesmo as coisas, mas monótonas como um simples conversa em uma lanchonete é algo para se sentir feliz e grato. Afinal de estar vivo já é algo para se comemorar, talvez pareça que sou uma boba ao pensar assim, mas quando você é alguém que já experimentou o lado obscuro da vida e conseguiu sair dessa você já tem motivos para agradecer, quando voltamos ao estúdio a tinta a havia secado na maior parte que precisava, escolhi os vários tons de marrom para começar com o contorno do corpo, talvez não
– Você pode pensar assim, mas creio que os outros não vão gostar de saber disso. – Continuei sustentando meu argumento.– Tudo bem, então vou te propor algo, aí cabe você decidir se vai ou não aceitar. – Começou.– E isso seria? – Perguntei quando o vi fazer uma pausa para falar.– Por que não fazer um teste sem muito compromisso? Se der certo você pode considerar minha proposta inicial, afinal nunca a certeza se não houver tentativa. – Naquele momento meu estômago abriu espaço para um salão de borboletas dançantes.Draven estava realmente convencido que era sim uma boa ideia começar com aquilo, e eu não sabia como de fato me sentir em relação a isso, não sabia se ficaria grata pela primeira vez alguém gostar de mim, afinal isso nunca aconteceu antes, nunca namorei, nunca fui a encontros, não realmente segurei na mão de um homem que não fosse para ser jogada em algum canto do quarto escuro, nunca tive uma boa relação com as pessoas mesmo que tivesse ainda desconfiava profundamente.E
Após deixar a casa de Ayanne na noite em que havia entrado o urso, não ousei falar com ela, quando a vi ser deixada em casa por aquele cara, percebi que não adiantaria me aproximar, no final as pessoas vão escolher aqueles que têm uma aparência melhor, que é mais agradável de se olhar, era o normal, não posso julgá-la afinal também não gosto de mim, não gosto da minha aparência, mas o que poderia fazer? Fiquei marcado em minha infância, vivo nessa pele costurada e marcada, a carne já cicatrizou, mas a alma vai continuar sangrando, é a vida, é assim que se vive, eu só posso aguentar isso sozinho, afinal quem vou culpar? Quando abri os olhos de manhã vi o sol nascer timidamente tentando atravessar as cortinas fechadas, respirei profundamente quando me precisei me levantar, meus músculos rangeram quando me espreguicei já sentado na beirada da cama, me pus de pé e caminhei até o banheiro do outro lado do quarto, assim que me coloquei em frente ao espelho, vi a imagem que convivi minha vi
Havia comprado, sua comida, uma cama maior que seu tamanho, mas seria usada mesmo quando ele crescesse e uma guia para poder sair com ele, não queria um animal que me desse trabalho na rua então decidi educá-lo corretamente, não comprei um pote já que ele era pequeno e não compraria várias vezes conforme ele fosse crescendo, então apenas estou usando o prato que peguei na primeira vez, me abaixei em frente ao armário e peguei o saco de ração o despejando no prato, ele começou a fazer a maior festa, pulando em minha perna tentando alcançar o prato, era fofo, mas sei que se deixá-lo com aquele tipo de comportamento vou ter problemas no futuro.– Espere, você só vai comer quando se acalmar. – Falei como se ele tivesse entendido, já em pé coloquei o prato na bancada e fui preparar meu café, coloquei um pouco de água na chaleira e a pus sobre o fogão, peguei dois ovos na geladeira, e duas fatias de pão no armário guardando a embalagem, assim que terminei de preparar tudo e de fazer meu caf
– O que aconteceu com ela?! – Perguntei apreensivo, já olhando para sua casa esperando a mulher tomar a frente.– Eu não sei, ela tá com febre já tem alguns dias e não melhora, no hospital falaram que era só um resfriado e que com os remédios logo melhorava, não sei, mas o que fazer. – Flora explicava desesperada enquanto me levava até sua casa, podia notar de longe o quanto a mulher estava apreensiva afinal ela não tinha mais esposo, e agora com sua filha doente, era um trabalho em dobro.– Fica calma, vou ver o que está errado. – Falei enquanto passeávamos pelo jardim e entramos na varanda. Flora abriu a porta e me levou da sala até o andar de cima para o quarto da menina, que assim que a vi deitada em sua cama sabia que tinha alguma coisa muito errada, a pele da criança era tão pálida que parecia que estava morta.– Chama um táxi ou uma ambulância o que vier primeiro. – Disse enquanto soltava a coleira do Akira no chão que começou a se agitar estranhamente cheirando tudo o que via
– Entendo sem problemas me deixe examinar a menina. – A doutora se aproximou e desembrulho Megan como um pacote de presente delicado apenas retirou um pouco o pano e começou a passar o objeto pelo peito da criança começando a escutar alguma coisa, se me lembro bem o nome era estetoscópio, me lembrei quando o médico fez o mesmo em meu peito, quando era, mas novo, havia perguntado o que era aquilo e para que servia, o mesmo me explicou que era para ouvir a parte de dentro do corpo, mas nitidamente.Enquanto esperávamos a doutora falar o que estava acontecendo, Flora ficava trêmula ao meu lado, a mulher estava tão tensa que transpirava, segurei sua mão delicadamente e sorri para a mesma tentando a tranquilizar mesmo que soubesse que um simples toque não mudava nada.– Vai ficar tudo bem! – Falei nesse meio tempo, e assim que soltei a frase a médica se levantou e olhou em nossa direção.– E então doutora ela vai ficar boa? – Flora se adiantou, tomando a frente.– Bom não vamos nos precipi