Um Jogo de Caçadores e Presas

O tempo passou de forma estranha nos dias seguintes. A mansão, antes um refúgio cercado por mistérios e perigos controlados, agora era um campo de batalha silencioso. Leonardo e seus homens estavam em constante movimentação, preparando-se para um ataque inevitável. E eu? Eu me recusei a ficar à margem.

Se eu já estava envolvida até o pescoço, então precisava aprender a nadar.

— Você quer o quê? — Lorenzo arqueou uma sobrancelha ao ouvir meu pedido.

— Me ensinar a atirar — respondi, cruzando os braços.

Estávamos no terraço da mansão, um lugar que eu tinha descoberto ser o preferido dele para fumar em silêncio. Mas naquele dia, eu não tinha ido até lá para bater papo.

Ele riu baixo, como se minha ideia fosse absurda.

— Leonardo vai me matar se eu fizer isso.

— Ele nem precisa saber — rebati.

Lorenzo soltou uma longa baforada de fumaça antes de jogar o cigarro no chão e esmagá-lo com a bota.

— Se eu não fizer isso, você vai arrumar outro jeito, não é?

Assenti, determinada.

Ele soltou um
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