Era um dia incomum para a alcateia Rair. A chuva e o vento castigavam de maneira infernal os territórios de Sheridan, tornando impossível que a matilha fizesse suas excursões habituais no interior da floresta onde haviam nascido. Tanto Zander quanto seus homens mais próximos estavam reunidos na caverna, passando horas em discussões, bebendo e jogando, apostando o que tinham em mãos.—Ei, Carri, me traga uma garrafa... Vamos, se apresse, mulher! — Elevou sua voz Zadkiel. Ele era o único que se atrevia a levantar a voz ao lado de seu Alfa, seu amigo de toda a vida, Zander. Desde pequenos, haviam sido criados pelo pai de Zander. Especificamente, compartilhavam o mesmo teto desde que eram bebês.—Aqui está, garoto! — Ela colocou a garrafa no centro da mesa, cercada até mesmo por roupas íntimas de seus amantes.—Vamos, vamos beber, meus amigos! — Zadkiel pegou uma das garrafas que já estava aberta; as risadas e a celebração continuavam palpáveis, todos eufóricos naquele lugar, perdendo tem
Não aceitava aquele relacionamento, para ele, aquela loba não era digna de ser a parceira de seu filho.E muito menos uma aventura em que seu filho se aventurasse de cabeça, Jair ao ouvir a rejeição dele em relação a Carri, o incomodava, era um incômodo para ele que seu pai decidisse quem deveria ser sua parceira. A verdade é que a atração que Jair sentia era apenas de querer tê-la em sua cama, era uma obsessão que ele tinha por ela desde o momento em que ela o salvou de se afogar nas águas do inferno.Ainda não havia aparecido aquela mulher que o levaria a sentir aquela sensação sobre a qual seu pai tanto falava, para ele não existia aquele amor, destino que, segundo seu pai, a deusa lua, mãe de todas as criaturas mutantes, era protetora.— Não, não a aceito para que a reivindiques... Ela não é adequada para ti — Jair continuava ouvindo a voz irritante de seu pai, apertando suas enormes mãos para reprimir a raiva que estava sentindo.Arcelia, por outro lado, estava atenta às advertênci
Ela detém seu caminhar para girar sobre os calcanhares e observar o jovem que estava se afastando daquele lugar, para voltar a caminhar na direção em que se dirigia.Antón e Jair, depois de terem controlado que tudo estava em ordem, decidem ir ao cais, onde chegam os barcos que trazem alguns visitantes.— E então... Você me dirá o que foi tudo aquilo lá dentro? — solta de maneira instantânea, enquanto observava o barco que estava chegando ao lugar. Antón estava recostado na barra daquele cais, de costas para o mar.As palavras de Jair o deixam surpreso, pois havia pensado que ele não tinha percebido aquele comportamento repentino de sua parte.— Não é nada importante!... além disso, tenho coisas em que pensar e resolver — formula Antón. Jair, por outro lado, percebia o que Antón realmente estava tentando fazer. Ele o conhecia perfeitamente e podia saber que o que ele estava tentando fazer não funcionaria.— Você sabe que rejeitá-la será um martírio para ela e para você... Pouco a pouc
— Senhor, há algum problema? — pergunta um de seus guardas que estava ali para relatar qualquer movimento estranho que houvesse.— Ah... Não. Claro que não haverá — bufa Zander, saindo dali. Como líder daquela matilha, não pretendia ficar quieto, não sem saber o que estava acontecendo.— O que os lobos da matilha Hunters estão fazendo aqui? — pergunta com total arrogância um dos homens de Zander. Os lobos desligam suas motocicletas e descem delas para caminhar em direção a Luke. Dois deles empurram Luke, fazendo-o ser expulso para trás.«Oh, merda», pensava Carri ao ver que estavam intimidando um dos jovens que se comportara de maneira agradável com ela. Ela corre para a frente, salta no ar e chuta o lobo que ousou agredir um de seus amigos.Os outros que estavam nas motocicletas descem delas para começar a cercá-los. A verdade é que os problemas estavam prestes a começar naquela matilha.— Vou te ensinar a respeitar um verdadeiro lobo, pequeno — diz o mesmo homem que havia recebido o
— Está bem, me encarregarei de enviar suas parceiras e filhos para um lugar mais seguro. Mas vocês ficarão comigo e nos prepararemos para a batalha que dizem temer tanto — ao dizer isso, Casius observa com espanto que seu povo volta a se ajoelhar diante dele, demonstrando que fariam o que seu líder estava dizendo.— Oh, obrigado, meu Alpha!... Faremos o que for necessário para protegê-lo e proteger nossa matilha — mencionou um dos homens que estavam atrás de Laurent. Estava claro que fariam qualquer coisa para proteger suas famílias.Casius, assim como sua irmã, ainda não havia encontrado sua companheira de vida. No caso de Casius, ele esperava não encontrá-la; não desejava se enfraquecer por esse sentimento. Para Arabella, era o contrário; ela pensava que encontrar sua parceira só a fortaleceria mais. Desejava experimentar esse sentimento que não era apenas amor, mas um vínculo que toda loba ansiava ter.Tanto Arabella quanto Casius eram rewops, e ninguém naquela matilha suspeitava d
Quando estava dando um passo à frente, não conseguiu controlar seu corpo e finalmente caiu inconsciente no meio do bosque. Ela havia dado tudo o que podia para buscar ajuda, mas seu estado não a ajudara em nada. Completamente exausta, Zuke desmaiou no meio do bosque, e o cheiro de sangue humano chegou ao olfato de um lobo que rondava o lugar.«O que é este cheiro tão particular? Sangue!... É de uma humana», dizia Darién a si mesmo. Logo, não seria apenas ele que perceberia aquele aroma distintivo. Com os rumores que circulavam sobre os monstros, aquele lobo não hesitou em ir verificar a fonte daquele cheiro. Enquanto se aproximava do lugar, um rugido aterrador captou a atenção daquele jovem lobo.Ambos eram fortes. Zuke tentava levantar-se quando percebeu que o monstro se dirigia para ela. Aterrorizada, tentava fugir em busca de refúgio, mas seu corpo não respondia como ela pensava.Ao ver o terror nos olhos de Zuke, Darién se levantou rapidamente e correu em sua direção. Antes que o
Mas a atenção de Carlee se centrava em um rugido agudo e aterrador. Ao mesmo tempo, Zuke abria os olhos precipitadamente, contraindo-se e agarrando a camisa de Carlee. O jovem lobo soube naquele momento que a jovem não estava completamente consciente do que estava fazendo.— Ele está vindo!... Ele vem me buscar — Carlee segurou as mãos da jovem com firmeza, tentando entender a que ela se referia.— A quem você se refere?... Ei, não feche os olhos. Olhe para mim, você deve me dizer, a quem você se refere? — Carlee a recostou novamente na cama e se aproximou da porta. Ao abri-la, uma flecha se dirigiu para ele. De maneira audaz, ele desviou da flecha que se incrustou na parede do quarto. A batalha acabava de começar.— Darién!... Ei, venha, devo mostrar algo a você — Darién não entendia exatamente a que ele se referia, mas a preocupação de serem alcançados pelas flechas estava em sua mente.— Carlee, caso você não tenha percebido, estamos no meio de uma batalha com esses demônios. O quã
— Sim, é verdade. Por que você acha que o amo estava chamando por você? — Casius, naquele momento, entendia por que ela estava como se estivesse possuída.— Como consigo o antídoto? Fale de uma vez! — exigiu Casius enquanto o empurrava contra a parede do quarto.— Eu não o tenho! O único que pode dar o antídoto é o amo. Deixe que eu a leve até ele. Você não deseja vê-la morrer, não é assim, Alpha Casius? — disse com voz profunda, mencionando o título do líder da matilha.Zuke pegou com a mão aquela agulha da sonda que tinha no braço esquerdo para retirá-la de uma só estocada. Pensou que já não precisava de tanta atenção da parte daqueles estranhos que tentavam salvar sua vida.— Irei com você!... Acabemos com essa tortura — disse com voz seca. Casius, ao ver que ela estava parada atrás dele, não entendia o que ela estava tentando fazer.— Você escolheu bem. O amo está esperando por você — bufou aquele demônio.— Ela não irá com você, não permitirei. Já vi muitos dos meus guerreiros mo