— Sim, é verdade. Por que você acha que o amo estava chamando por você? — Casius, naquele momento, entendia por que ela estava como se estivesse possuída.— Como consigo o antídoto? Fale de uma vez! — exigiu Casius enquanto o empurrava contra a parede do quarto.— Eu não o tenho! O único que pode dar o antídoto é o amo. Deixe que eu a leve até ele. Você não deseja vê-la morrer, não é assim, Alpha Casius? — disse com voz profunda, mencionando o título do líder da matilha.Zuke pegou com a mão aquela agulha da sonda que tinha no braço esquerdo para retirá-la de uma só estocada. Pensou que já não precisava de tanta atenção da parte daqueles estranhos que tentavam salvar sua vida.— Irei com você!... Acabemos com essa tortura — disse com voz seca. Casius, ao ver que ela estava parada atrás dele, não entendia o que ela estava tentando fazer.— Você escolheu bem. O amo está esperando por você — bufou aquele demônio.— Ela não irá com você, não permitirei. Já vi muitos dos meus guerreiros mo
Caminhava de um lado para o outro, tentando encontrar uma solução para colocar todos em segurança na aldeia onde agora se encontrava. Sem se acovardar, Zuke decidiu realizar algo verdadeiramente corajoso ou talvez estúpido; só ao levar a cabo seu plano, saberia se era a escolha adequada ou não. Naquela aldeia, o sol brilhava com intensidade, anunciando a chegada do verão após um inverno rigoroso.Abriu a janela para observar a altura que tinha, e naquele momento, toda esperança de escapar se desvaneceu por completo.— Ótimo, Zuke, bem pensado! — repreendeu-se em voz alta por seu absurdo intento de fuga. Enquanto a jovem de coração indomável tentava escapar, o som das campanas ressoou, ensurdecendo seus ouvidos. Para Casius, o som das campanas tinha um único nome e significado "Perigo". Em todas as aldeias, a alerta estava presente, e os habitantes se preparavam para um possível ataque.Um ardor no interior do corpo de Zuke se intensificou, mas desta vez era mais devastador; os medicam
Em seguida, um assobio agudo e aterrador ressoou, instando os guerreiros da capa vermelha a se retirarem do lugar. Casius e seus guerreiros ficaram surpresos ao ver que os guerreiros da morte os deixavam viver mais uma vez.— Darién, o que aconteceu com a mulher, a encontraram? — perguntou Casius com voz seca. Estava seguro de que a retirada repentina do inimigo tinha algo a ver com a mulher que ousou fugir.— Ainda não a encontraram, meu senhor — disse com voz apaziguadora o jovem Darién. Casius estava completamente seguro de que o líder das capas vermelhas iria atrás dela pessoalmente.— Darién, diga à matilha que é hora de irmos para o refúgio ao norte. Quanto à mulher, fizemos o possível para mantê-la viva — as palavras de Casius soaram aborrecidas. A jovem humana havia decepcionado seu Alpha.Enquanto isso, nos territórios do leste, coisas estranhas estavam acontecendo. Na cidade de Sheridan, na matilha Moon Rime, davam as boas-vindas a uma mulher que, após muito tempo, retornava
—Oh, nossa… Peço que a desculpe, mas ela é um pouco teimosa quando se trata do mar — disse Sai, afastando Sereia do jovem.—Ah, vamos lá. Apenas uma volta, não vai demorar, e eu te pagarei o dobro do preço atual. — Daniel se virou para o mar, observando atentamente. As ondas batiam com força nas rochas das costas de Sheridan. Era evidente que não era apropriado nem seguro navegar nessas condições.—Desculpem, senhoritas, mas não é recomendável navegar neste momento — disse, apontando para a fúria do mar naquele momento.—Eu teria gostado de passear pelo mar… — Sereia se aproximou mais da beira do porto para admirar a beleza que o criador lhes presenteava. Daniel sentiu uma tristeza em sua voz e, para aliviar o sentimento da jovem, concordou em levá-la para um passeio, mas por terra.—Se desejam um passeio, posso providenciar isso. Conheço um lugar nos arredores da cidade. Posso guiá-las, se quiserem? — As três jovens humanas trocaram olhares antes de assentirem.—Bem, agora me esperem
Daniel avançava pela floresta, disposto a se transformar em lobo. Como todo lobisomem, confiava em seus instintos, e algo o alertava de que algo estava acontecendo na direção para a qual se dirigia. Os lobos da alcateia Rair também perceberam o perigo e pararam em seus passos, corpos tensos e alertas.Suas orelhas estavam erguidas, captando cada som enquanto tentavam discernir a fonte dos gritos e o cheiro metálico no vento. O lobo marrom, cujo pelo brilhava com uma mistura de tonalidades, falou novamente através do vínculo mental que compartilhavam.—Algo não está certo. Estamos perto, mas este cheiro... não é só sangue. Há algo mais em jogo aqui — disse Daniel com determinação.Daniel, confiando na intuição de seus companheiros lobos, assentiu em concordância. A rivalidade entre as alcateias ficava em segundo plano diante da ameaça que enfrentavam.O líder da alcateia Rair, um lobo de pelagem escura e olhar feroz, emitiu um rosnado baixo em sinal de entendimento.Os lobos avançaram
Em meio à tensão e ao caos, o destino de Daniel e Alannis pendia em um delicado equilíbrio. A sobrevivência parecia um objetivo distante e incerto enquanto lutavam contra inimigos implacáveis.—Jarik, vá ajudar Daniel— disse Zander com voz firme. O jovem Jarik correu até Daniel para romper a formação dos demônios que estavam prestes a acabar com o jovem lobo. Estando ambos de costas, estavam prontos para lutar contra as criaturas sinistras.—Ei, a humana está bem! Lembre-se de que dependeremos de nós para sair disso —disse Jarik, colocando-se em posição de defesa contra um possível ataque surpresa dos inimigos.Daniel, sem dizer nada, tinha os olhos fixos em cada uma daquelas criaturas que os observavam. Enquanto sentia um líquido percorrer sua pele sob as calças. Sabia que estava gravemente ferido, mas ainda assim estava disposto a enfrentar os demônios para salvar as vidas das mulheres humanas e a de seus companheiros de batalha.A chegada oportuna de Jarik, instigada por Zander, mu
Sabia que esta mulher humana estava destinada a ser algo mais do que uma simples figura em sua vida. Ela era a escolhida para ser sua rainha, a rainha das sombras, e seu destino estava intrinsecamente entrelaçado com o dele. Através dessa conexão, ele podia sentir as emoções e os pensamentos de Zuke, e sua presença em seu sonho era um reflexo dessa união.Karios e Aemin sobrevoavam os céus com uma majestade impressionante, deixando claro seu domínio e poder na região. A presença de Aemin, um dragão que encarnava a força e a lealdade, sublinhava a autoridade do deus diabo e seu status como um ser que transcende o ordinário.O rugido feroz de Aemin, o dragão de Karios, ressoou pelos céus e chegou aos ouvidos dos aldeões à distância. O medo apoderou-se daqueles pescadores que ouviram o estrondo, despertando preocupação e nervosismo em seus corações. Embora a localização exata de Karios e seu dragão estivesse a uma grande distância, o rugido ecoava em seus ouvidos como se estivessem a ape
O cavalo manchado, que tinha sido o aliado inesperado de Zuke, correu em direção à matilha de bestas selvagens em uma tentativa desesperada de proteger sua cavaleira. O cavalo chutava e atacava as criaturas que se lançavam sobre ele e Zuke, lutando com todas as suas forças para mantê-las afastadas da jovem. Mas a quantidade de selvagens e sua ferocidade eram avassaladoras.Apesar dos esforços do cavalo, a matilha finalmente conseguiu superá-lo. O cavalo manchado se tornou a primeira vítima de sua fúria, sendo atacado e dilacerado pelas bestas sedentas de sangue. Zuke, deitada no chão e lutando contra a perda de sangue e o exaustão, observava horrorizada a cena trágica.Apesar de sua fraqueza, Zuke manteve os olhos entreabertos, incapaz de desviar o olhar da luta feroz que se desenrolava diante de seus olhos. Viu como as bestas rasgavam a pele do cavalo manchado, enquanto ele continuava lutando por sua vida com uma determinação comovente.Com suas forças esgotadas e a visão turva, Zuke