O carro parou em frente à mansão. José desceu do veículo, carregando Isabel nos braços. Ao abrir a porta, Isabel entreabriu os olhos, sonolenta. - Chegamos em casa? - Murmurou.José observou a testa franzida de Isabel, indicando que ela estava com dor. Provavelmente as feridas estavam a incomodando muito. - Sim. - Respondeu ele gravemente, conduzindo Isabel para dentro de casa. Ela estava tonta e, entre sonhos, acabou adormecendo novamente.Ao ver ela tão sonolenta, José sentiu uma pontada de frustração. Como ela conseguia adormecer tão facilmente? Sorte que ele a levou ao hospital hoje. Mas e se fosse Daniel que tivesse levado ela? José nem queria imaginar!Ele abriu a porta do quarto e, ao ligar a luz, sentiu um arrepio ao ver o quarto vazio.Desde que Isabel se foi, ele nunca mais tinha entrado naquele quarto. Agora, ao entrar novamente, tudo parecia tão estranho. José levantou o lençol e colocou Isabel cuidadosamente na cama. Ela logo se virou, abraçando o edredão, murmurando:
Depois de dizer isso, José encerrou a ligação abruptamente.- Quem ele pensa que é, Daniel, se intrometer assim? - Murmurou José consigo mesmo.Ele jogou o celular na mesinha ao lado da cama e lançou um olhar para Isabel, que estava deitada na cama.As palavras de Daniel ecoaram em sua mente novamente: "Agir assim, tão sem fé, é realmente uma vergonha para os homens." José estava cada vez mais irritado. Ele segurou o rosto de Isabel e reclamou: - Flertando por aí!Ao mesmo tempo, o telefone de José começou a tocar."Chamada de Carol", apareceu na tela.José estava prestes a atender, mas sua mão inconscientemente apertou o botão de desligar! Frustrado, José não queria lidar com Carolina naquele momento. Ele simplesmente colocou o celular no modo silencioso e o deixou de lado.A noite, Isabel dormia inquieta, sendo frequentemente acordada pela dor. Quando ela acordou de manhã, eram apenas seis horas, o tempo estava nublado lá fora e dentro do quarto estava um pouco claro.Isabel massage
Isabel ficou surpresa com o convite de José para tomar café da manhã, mas não tinha intenção de ficar.- Não, já causei problemas demais ao Sr. Silva. - Isabel balançou a cabeça, afastando a mão de José, recusando.A mão de José caiu e ele viu Isabel se afastando, então ele a seguiu.- Isabel, eu sei que você sofreu nos últimos três anos. Depois do divórcio, espero que possamos ser gentis um com o outro, não há necessidade de sermos estranhos um com o outro para sempre.Suas palavras irritaram Isabel. Nos últimos três anos, ele não fez nada e não sabia o que era sentir dor. Claro, ele poderia ser gentil, como se nada tivesse acontecido, mas ela não podia.Ela foi machucada, difamada e ferida. Seu marido teve um caso dentro do casamento, e ele ainda queria que ela fosse civilizada? Como?Então, ele foi tão gentil com ela ontem só para evitar um confronto mais sério? Claro, ele era o presidente do Grupo Guimarães, precisava manter uma boa reputação com o público.- Depois do divórcio, se
Quanto mais Carolina chorava, mais se sentia injustiçada, e quanto mais chorava, mais alto ficava seu choro.O coração de José amoleceu instantaneamente. Ele acariciou gentilmente o cabelo de Carolina e disse: - Não chore, não é nada sério.Isabel olhou para José, um pouco surpresa. Dar uma planta falsa da Floresta Amazônica para a avó durante a festa de aniversário, com tantas pessoas influentes presentes, não era nada sério?Isabel olhou para Carolina e subitamente entendeu o significado da expressão "criança que chora ganha doce".Talvez aqueles que são mais favorecidos se sentissem mais corajosos.- Eu estou indo embora - Disse Isabel, sem mais interesse em ficar ali.- Isabel... José a chamou, instintivamente querendo a seguir, mas foi segurado com mais força por Carolina:- Zé, todo mundo na festa de aniversário ontem estava me questionando, eu estou realmente envergonhada.Isabel nem mesmo olhou para trás, saiu com determinação. José franziu a testa, mas foi impedido por Caro
No Café do Rio.Isabel e Clara entraram na cabine, uma após a outra. Clara perguntou: - Então, o que você escolheu?- Claro que fui para o hospital! Meu casamento com José não vai acabar tão cedo. A avó da família Silva está de olho em mim! - Isabel suspirou.- Minha querida, você está tão engraçada. Mal saiu da dor do casamento e já vai se tornar uma trabalhadora! - Clara riu.Isabel fechou a porta da cabine e bufou. De repente, com uma expressão maliciosa no rosto, ela sorriu enquanto segurava sua pequena maleta de primeiros socorros e disse: - Venha, minha grande estrela! Me deixe cuidar bem de você!- Que brega! - Clara disse.Clara tinha acabado de voltar das filmagens no estúdio e estava reclamando de dor nas costas, nas pernas e câimbras.Assim que Isabel ouviu, pegou suas agulhas e frascos e correu para lá. Ela planejava fazer uma sessão de acupuntura e aplicar ventosas para aliviar as dores de Clara.- Vamos lá, tire suas roupas!Isabel abriu a maleta de primeiros socorros,
Até aquele momento, ninguém suspeitava que a técnica de acupuntura fosse da Isabel!- Está bem, daqui a quarenta minutos eu retiro as agulhas. - Isabel a cobriu com um fino lençol. - Você teve alguma filmagem recentemente?- Sim. - Clara assentiu.Cada vez que Isabel a agulhava, ela ficava mais sonolenta.Ela sabia que Isabel estava fazendo de propósito. Isabel sabia que ela não dormia bem normalmente e queria lhe proporcionar um sono profundo para recarregar suas energias!Para os outros, Isabel parecia inútil, mas aos olhos de Clara, ela era uma deusa capaz de curar tudo! Isabel estava deitada na poltrona ao lado, pegou o celular e percebeu que as notícias do dia estavam estranhamente silenciosas.Na festa de aniversário da Sra. Marina ontem à noite, nem uma notícia negativa foi divulgada! O fato da família Soares ter enviado ervas da Floresta Amazônica falsas para a Sra. Marina não gerou nenhum comentário?Isabel semicerrou os olhos, fez uma busca rápida pela palavra-chave "Ervas da
- Sr. Jorge, o senhor também costuma ter cãibras? Já ligamos 192! Não se preocupe...Os funcionários do café tentavam acalmar seu estado de espírito. Isabel atravessou a multidão e entrou. As pessoas a encararam. - Por que está empurrando assim?- Exatamente! Você é médica?- Só sabe ficar de olho nos outros, sem educação nenhuma!- Olha como ela está coberta... O que é isso? Que tipo de pessoa se cobre tanto?Eles cobriram as bocas, os olhos cheios de sarcasmo, questionando Isabel. Ela olhou para eles e não pôde deixar de sentir irritação. As pessoas nesta sociedade ultimamente estavam tão rudes, não podiam falar duas palavras sem sarcasmo!- Dói, dói muito! - Jorge apertou os dentes. De fato, ele costumava ter cãibras, mas estava tão ocupado com o trabalho que nem ligava! A maioria dos médicos tende a tratar de si mesmos, sempre acham que não há nada de errado com eles! Hoje, de alguma forma, ao se levantar, a dor piorou! Era uma condição grave nunca experimentada antes! A dor e
Além das palavras, Isabel não fazia parte da equipe do café. Se algo desse errado, o café não se responsabilizaria.- Se algo acontecer, eu assumo a responsabilidade! - Disse Jorge seriamente.Isabel não podia deixar de rir. O Sr. Jorge realmente confiava nela. Bem, ela não o decepcionaria! Sem mais delongas, Isabel preparou suas agulhas. Suas agulhas tinham uma aparência autoritária e imponente.Jorge observou cuidadosamente as agulhas de Isabel. Essas agulhas... Por que pareciam tão familiares?Isabel olhou para Jorge e depois segurou a perna já inchada e roxa dele. - Senhor, estou começando.Jorge assentiu. Isabel não hesitou e aplicou uma agulha. Jorge pensou que doeria muito, mas estranhamente, ele não sentiu nada.Ele pensou que era apenas um acidente, mas então Isabel aplicou mais de dez agulhas, e nenhuma delas doeu!Isso era incrível! Nem mesmo os acupunturistas mais experientes, com décadas de experiência, conseguiam aplicar agulhas sem dor nenhuma!Que habilidade essa jovem