Clara estava deitada na cama quando ligou para Isabel: - Tanto tempo se passou, onde você estava?Mal ela terminou de falar, a porta se abriu.Clara olhou para fora e viu Isabel, de volta ao normal.- Minha grande estrela, estou aqui para aplicar suas agulhas. - Disse Isabel enquanto se aproximava, sem mencionar o que aconteceu do lado de fora.- Onde está o chapéu? - Clara perguntou a ela.- Eu gostei, então eu vou ficar com ele. Você não deveria usar mais. Senão, quando sair, as pessoas vão pensar que eu sou você! - Isabel respondeu casualmente, inventando uma desculpa.Clara não fez mais perguntas. Depois de Isabel aplicar a acupuntura em Clara, ela se sentiu revigorada, sem nenhum vestígio de cansaço.Ao sair, Isabel ouviu o gerente do saguão dizer: - É estranho, como essa parte da vigilância sumiu?- O Sr. Jorge nos pediu para encontrar esse cliente, e isso se tornou um problema complicado!- Não sei de onde essa garota veio! Muito estranho!Isabel abaixou a cabeça e olhou para
Ela não queria mesmo xingar José, porque Isabel ainda o amava. Se ela xingasse José, a Isabel ficaria triste. Mas ele veio se colocou nessa situação, basicamente se ofereceu para ser xingado!O rosto bonito do José imediatamente ficou frio, ele baixou a voz: - Clara!Clara não era Isabel, ela nunca tolerou besteiras. Ela encarou José, sem cerimônia disse: - Para que gritar igual a um cachorro.A testa de José se franziu, seus olhos escuros visivelmente cheios de frieza.Outras pessoas no café instantaneamente olharam. O gerente correu para resolver a situação, para evitar que muitas pessoas se aglomerassem em volta do José.Carolina viu a situação, instantaneamente se colocou na frente do José.- Chega! Clara, se você tem algum problema comigo, venha falar comigo! Por que xingar o Zé?- Você acha que eu não tenho coragem de falar com você? - Clara encarou Carolina.Ela achava que era alguma coisa?- Você, uma amante, o que você quer mostrar na frente da esposa?Carolina ao ouvir isso
A família Castro estava repleta de flores e Clara quase comprou todas as rosas da Cidade A para Isabel.Isabel estava no terraço, contemplando as rosas que preenchiam o quintal, perdida em pensamentos: "Com uma amiga tão boa assim, quem precisa de homem?"- O que está acontecendo? - Lá embaixo, Hugo, recém-saído do trabalho, ficou perplexo. - Tem um novo pretendente? Caramba, que intensidade é essa?! Minha querida, com essa mente romântica sua, cuidado para não deixar que alguém te engane apenas com essas rosas de jardim!Hugo levantou a cabeça para lembrar Isabel. Isabel puxou os cantos da boca com pesar. O telefone repentinamente tocou. Isabel se virou e se apoiou no corrimão, era uma ligação de José.Isabel hesitou por alguns segundos e então atendeu. Ela colocou o telefone junto ao ouvido e baixou a cabeça, sua voz era distante e indiferente:- Sr. Silva.- Saia, estou na porta da sua casa. - Ele disse com firmeza, com um tom de comando em sua voz.Isabel ficou surpresa, o quê?Ela
Embora ele tenha chamado Isabel, José sabia que aquelas palavras eram para ele.O significado das palavras de Hugo era claro, os instigando a se divorciarem o mais rápido possível, sem mais delongas.- Entendi, pai. - Respondeu Isabel calmamente.Isabel lançou um olhar para José, indicando que deveriam sair para conversar.José seguiu atrás de Isabel. Ela vestia um largo vestido preto de alças finas, os cabelos soltos caindo sobre seus belos ombros, sua pele branca como a neve, os colarinhos revelando os ossos da clavícula.Seus pulsos e as costas estavam cobertos de gazes brancas, e pensar nessas feridas ainda causava uma sensação de horror em José.- O Sr. Silva é realmente persistente, vindo até aqui. Já disse que não estou com raiva. - Disse Isabel preguiçosamente, enquanto pegava uma rosa e cuidadosamente removia os espinhos do caule.José notou o jardim cheio de rosas quando entrou. Ele perguntou: - São presentes de Daniel?Isabel olhou para ele de soslaio, cheirando suavemente
- Não precisa, eu consigo ir sozinha! - Isabel recusou Daniel.- Melhor eu te acompanhar, está combinado assim. - Daniel não deu a Isabel outra chance de recusar e encerrou a ligação.Isabel suspirou. Ela largou o celular e só então percebeu que ainda estava sendo segurada pelas mãos de José.- Sr. Silva, segurar minha mão assim não é educado. - Ela lembrou amigavelmente a José.Eles já eram ex-marido e ex-mulher, por que ele continuava tocando nela desse jeito, como se fossem o quê?Se a Carolina visse isso, com certeza ficaria chateada.- Você está realmente pensando em ficar com o Daniel? - José perguntou irritado.- Cuide da sua vida, o que eu faço não é da sua conta. - Isabel disse, afastando a mão de José com desprezo.O que fazer quando o ex-marido falava demais? Urgentemente aguardando resposta!- Isabel, ele não é uma boa pessoa! - José tentou a advertir gentilmente.Isabel riu e disse:- Eu já amei a pessoa pior do mundo, por que eu teria medo de que Daniel não seja uma boa p
Ela começou a estudar com a avó, talvez porque seu estilo médico tivesse algumas semelhanças com o dela. Afinal, Isabel foi moldada desde pequena pela avó.Natacha ouviu meio confusa, uma discípula mulher?Ela nunca teve discípulos em toda a sua vida! A única que ela queria ter como discípula era Isabel, mas Isabel não aceitou, não queria aprender medicina com ela!Isso realmente a irritava.- Jorge, eu nunca tive discípulos, você esqueceu? - Natacha perguntou com a cara fechada.Jorge ficou em silêncio por um momento, então se lembrou disso.- Então... - Jorge levantou a cabeça e não pôde deixar de olhar para Isabel.- Boa noite, Sr. Jorge. - Isabel sorriu finalmente teve a chance de cumprimentar o homem.Jorge olhou para Isabel e pensou, essa Isabel... Era muito parecida com aquela garota daquele hoje.Será que a pessoa que o ajudou naquele dia era a Isabel? Embora todos dissessem que Isabel era inútil na medicina, ele sabia que Isabel não era simples!Apenas, a voz de Isabel e daque
- José, o que você está fazendo aqui? - Isabel lançou um olhar interrogativo para o homem à sua frente, seus olhos repletos de questionamentos.José permaneceu impassível. - Você não está feliz em me ver?Pela mudança na expressão de Isabel, não apenas ela não estava feliz, mas também estava bastante chateada. Ela parecia mais desapontada por ver ele do que por não ver Daniel?Nesse momento, Rafaela perguntou de dentro da casa: - Bela, o que está acontecendo?- Não é nada, o Daniel chegou, então eu estou indo! - Isabel respondeu, então segurou o braço de José e o arrastou para fora.José franziu o cenho, observando o rosto bonito de Isabel, que mentia sem corar, e questionou: - Eu sou o Daniel?- Se você não tem medo do meu pai te expulsar com uma vassoura, fique à vontade para dizer quem você é! - Isabel retrucou com desdém.Hugo realmente seria capaz de fazer algo assim?Isabel só soltou José depois de empurrar ele para fora do portão, então perguntou: - O que você quer agora?-
Isabel ergueu a cabeça e avistou o carro de Daniel. Ele estava sentado dentro, os observava em silêncio.Logo depois, Daniel saiu do carro e se aproximou deles. Isabel deu dois passos para o lado, mantendo distância de José.Essa simples ação de recusar a ajuda dele, doeu o coração de José.- Bela, estou atrasado? - Daniel brincou.- Não.Ele não estava atrasado, foi José quem se adiantou.- Posso te acompanhar ao hospital para fazer o check-up? - Ele perguntou.Isabel assentiu com a cabeça, decisivamente. - Sim.Dizendo isso, ela se preparou para ir com Daniel. José segurou novamente o pulso de Isabel, com mais força desta vez. Sob a sombra das árvores, a luz da manhã penetrava entre os galhos e caía levemente sobre os três.José baixou a cabeça, olhando para o pulso trêmulo de Isabel e sentiu um aperto na garganta. Sua voz era baixa e calma:- Você tem certeza de que quer ir com ele.Isabel olhou para José. Ele levantou os olhos exatamente naquele momento e seus olhares se encontrar