- Carolina, eu vim falar com você não para falar sobre José. - Isabel colocou a xícara de café sobre a mesa, olhando para Carolina. - Mas sim sobre a Sra. Marina.- Aquela velha, o que há para falar sobre ela? - Carolina a odiava!Isabel franziu a testa, com uma expressão de desagrado:- Minha avó sempre deu muita importância à reputação. A posição da família Silva na Cidade A não precisa que eu explique, certo? Você sabe o quanto isso vai trazer problemas para a família Silva?Carolina não se importava com essas questões. Desde que pudesse se casar com José, ela faria qualquer coisa.- Se você quer se casar com José e entrar na família Silva, eu aconselho a tratar a Sra. Marina com mais respeito. - Isabel avisou Carolina.Carolina riu friamente ao ouvir as palavras de Isabel, se lembrando de tudo que Isabel havia feito pela família Silva ao longo dos anos.Ela respondeu com sarcasmo:- Isabel, você acha que eu vou agir como você, se tornando uma serva da família Silva só para me casar
O carro parou bruscamente, Carolina respirava com dificuldade, o rosto pálido de susto.- Desça do carro. - José lançou um olhar frio para Carolina, sua voz era extremamente gelada.Carolina mordeu os lábios:- Zé... Eu sei que errei.- Eu disse para você descer do carro! - Ele olhou para Carolina com frieza, uma simples frase que era impossível de ser recusada.- Mas essa é uma rodovia! Você vai me deixar aqui? - Carolina sentiu os olhos se encherem de lágrimas.- Srta. Carolina não é muito capaz? Uma simples rodovia vai ser um desafio para a Srta. Carolina? - José estreitou os olhos e continuou falando - Carolina, se lembre. Você pode me usar, pode colocar a família Silva em apuros. Mas se algo acontecer com minha avó, eu não vou te perdoar. Mesmo que você tenha me salvado.José apontou para Carolina, falando com um tom de seriedade que nunca havia usado antes com ela.Carolina sentiu como se tivesse levado um golpe na cabeça:- A avó é tão importante assim?- O que você acha? - José
As gotas de chuva batiam na janela, o som insistente e monótono enchia o ambiente de inquietação.- Vou sair um pouco. - José se levantou, pegando o casaco ao sair.- Mal se sentou e já vai sair. - Matheus o repreendeu.Na entrada do hospital, Isabel olhou para a chuva torrencial e suspirou resignada. Por mais que tivesse se apressado, não conseguiu evitar a tempestade.- Ultimamente, na Cidade A está sempre chovendo.- Chover tudo bem, mas com trovões e relâmpagos o tempo todo é assustador. - Comentou uma enfermeira de plantão ao lado.Isabel olhou para o céu e massageou os ombros.Um relâmpago iluminou o céu e Isabel, instintivamente, fechou os olhos. Logo, um trovão ecoou no céu.Isabel queria superar seu medo, mas deu dois passos para trás, tremendo.Ela respirou fundo, abriu os olhos. Com as mãos protegendo a cabeça, correu para a chuva.A chuva logo a encharcou e o vento uivava em seus ouvidos.As gotas de chuva caíam em seu rosto, e aquela sensação de desespero a fez lembrar do
Durante três anos, ele inúmeras vezes abandonou Isabel para ir atrás de Carolina.Ela passou de “Eu sou sua esposa, deveria se importar comigo” para a atual frase: “Carolina está te procurando”.Pensando nisso, José de repente fez uma inversão de marcha.Isabel o observou:- Para onde está indo?- De volta à mansão. - Sua voz era sombria, carregada de uma teimosia inexplicável.- José, me leve para casa. - Isabel ordenou seriamente.- Você vai passar a noite comigo. - Ele respondeu friamente.- Eu pulo do carro ou você me leva para casa? - Isabel olhou friamente para José, seu olhar ameaçador e decidido, sem qualquer hesitação.José virou a cabeça para olhá-la.Os olhos de Isabel estavam cheios de seriedade, como se ela realmente fosse pular do carro no próximo segundo.O que havia acontecido não permitia mais que eles continuassem assim.Se afastar de José fazia parte dos planos de Isabel.A velocidade do carro diminuiu.Finalmente, ele parou na beira da estrada.As gotas de chuva bat
José desceu do carro, encontrando o olhar de Isabel.Isabel balançava a carteira de identidade e a certidão de casamento em sua mão.José apertou os lábios. Vestia um terno preto, limpo e impecável, extremamente elegante. No entanto, seus olhos, com alguns vasos sanguíneos vermelhos, não tinham o vigor de sempre e pareciam cansados.- Você... - Ele começou a falar devagar.- Vamos. - Isabel interrompeu, caminhando decididamente para dentro, sem hesitar.José franziu a testa, seu coração estava num turbilhão de emoções.Seus passos eram lentos, sempre atrás de Isabel.Isabel estava no mesmo estado de espírito de quando foram buscar a certidão de casamento, feliz e ansiosa, com medo de que ele mudasse de ideia.Mas ele não estava mais com o mesmo sentimento de quando buscaram a certidão de casamento.Naquela época, ele estava relutante, nada colaborativo durante todo o processo. Na foto da certidão de casamento, seu rosto estava visivelmente sombrio. Ficava claro que ele havia sido força
José olhava para o nome de Isabel, seu olhar carregado de emoções conflitantes.Ele ergueu a cabeça para olhar Isabel. Entre eles parecia ter surgido uma barreira invisível e ele não conseguia mais enxergá-la claramente.José tirou uma caneta do bolso. Ele pressionou a solicitação de divórcio sobre a mesa, se sentindo sufocado pela atmosfera pesada que parecia prestes a engoli-lo.Ele, que sempre quis o divórcio, agora que finalmente havia chegado o dia, se sentia o mais infeliz.José apertou firmemente a caneta, franzindo as sobrancelhas e abaixando a cabeça:- Isabel, você tem certeza?Parecia que ele estava dando a ela uma chance de recuar, uma oportunidade.Ele esperava que Isabel dissesse que não estava disposta, que ela insistiria em fazê-lo se apaixonar por ela.Mas, José não ouviu isso.Isabel respondeu de forma direta:- Tenho certeza.José sentiu a raiva subir instantaneamente em seu peito. Ele não sabia por quê, mas estava inexplicavelmente irritado.No segundo seguinte, Jos
- Hmm. - Isabel prendeu o cabelo, pegando ele de qualquer jeito com uma presilha, e colocou os óculos de sol no topo da cabeça. Seu rosto delicado e bonito realmente chamava muita atenção.Isabel estava prestes a escolher o que comer, quando de repente pensou em algo e perguntou a José:- Ex-marido, hoje é você quem paga?José segurou a testa com uma das mãos:- Sim.Isabel não hesitou e pediu todos os pratos especiais do cardápio.- Agora é sua vez. - Isabel empurrou o cardápio para José.José, olhando para o celular, respondeu friamente:- Não era para pedir comida de criança para mim?- Eu estava brincando. - Isabel riu.Ele lançou um olhar para Isabel:- Eu como de tudo.Isabel pediu alguns pratos que não eram apimentados para ele e finalizou o pedido.Enquanto esperavam a comida, José continuava olhando para o celular.Isabel, sentada na frente dele, não parava de observá-lo.Talvez o olhar dela fosse intenso demais, porque José levantou a cabeça.Havia uma expressão de incompreen
Isabel olhou nos olhos dele, querendo contar que foi para salvá-lo que ela não se atrevia mais a nadar. Porém, ao ouvir a resposta dele, ela apenas sorriu com resignação e engoliu todas as palavras que queria dizer.Ela abaixou a cabeça e começou a comer em silêncio.A comida estava muito apimentada.José a observava, sentindo que ela tinha algo a dizer, mas no fim ela permaneceu em silêncio.De repente, o celular de José tocou. Ao ver quem estava ligando, ele imediatamente rejeitou a chamada. No entanto, logo depois, o telefone voltou a tocar. Após rejeitar várias vezes, ele colocou o celular no modo silencioso.Isabel não pôde deixar de olhar para ele, se lembrando da notícia que viu no celular enquanto esperava o documento de identidade... Carolina estava na chuva na rodovia na noite anterior.- Você e a Carolina brigaram? - Isabel não queria ser fofoqueira, mas perguntou por mera curiosidade.- Sim. - Ele respondeu calmamente.- Não seja sempre tão temperamental, Carolina ainda é u