Isabel franziu a testa, seu rosto bonito e delicado estava prestes a se enrugar por completo.- Isabel, você bebeu demais. - Disse a voz do homem, clara e serena.Isabel estava confusa. Ela ergueu o rosto, tentando enxergar o homem à sua frente. Mas a maquiagem borrada, os cílios caídos e a iluminação fraca a impediam de ver seu rosto claramente.Tudo estava desfocado, muito desfocado.Assim como os sentimentos dele por ela, nunca foram claros.José olhou para os olhos dela, contornados de preto, com um olhar complexo."Como você conseguiu se colocar nessa situação?"- Eu vou te levar para casa. - José segurou o pulso de Isabel, querendo levá-la embora.Isabel empurrou a mão dele e balançou a cabeça:- Não, ainda não me diverti o suficiente!- Você bebeu demais! - Ele franziu a testa, finalmente com um tom de preocupação na voz.- Eu não bebi! Estou completamente sóbria! - Isabel gritou.O rosto de José foi ficando cada vez mais frio, vendo Isabel se misturar novamente à multidão.Por
"Ele nunca deu a menor consideração a Isabel! Agora, aqui estava fingindo ser um bom marido! E esse Enzo! Que piada! Não há uma pessoa decente entre eles!" - Saia do meu caminho. - Clara empurrou Enzo, com um temperamento explosivo. Enzo ficou surpreso: - Srta. Clara, você não é assim na internet, né? A famosa estrela Clara, deslumbrante e compreensiva. Onde estava a compreensão? Ela parecia uma bomba prestes a explodir! - Você mesmo disse, isso é só na internet. - Clara respondeu sem rodeios. Enzo concordou: - Tem razão! Estrelas são diferentes no palco e fora dele. - Srta. Clara, onde você mora? Eu te levo para casa. - Enzo sorriu, todo animado. Clara, irritada, respondeu: - Eu tenho mãos e pés, por que precisaria de você para me levar para casa? - Ordem de José, tenho que obedecer. Além disso, você é uma boa amiga da esposa de José, então devo levá-la em segurança para casa. - Enzo cruzou os braços, mantendo o sorriso. Clara teve que parar de andar, pront
- Como funcionário de serviço, você deve ser respeitoso. Por que está me xingando? Isabel jogou o cabelo para trás, reclamando com ele enquanto vomitava. José achou a situação até engraçada. Ela estava tão enjoada, mas ainda encontrava tempo para lhe dar uma lição de moral sobre como trabalhar no setor de serviços. Isabel estava tão mal que não conseguia prestar atenção em mais nada. Seu cabelo continuava caindo sobre as orelhas e isso a estava irritando. Tentando arrumar o cabelo, parecia que estava brigando consigo mesma. - Amanhã eu vou cortar todo esse cabelo! Que raiva! José olhou para Isabel e, inexplicavelmente, sorriu. Suspirando, ele se aproximou e gentilmente puxou o cabelo dela para trás, segurando ele com paciência. Isabel levantou os olhos vermelhos, elogiando José: - Você é esperto, está indo muito bem neste trabalho. Dentro de José, uma pequena voz gritava em protesto: Quem é que está bem neste trabalho? - Continue vomitando! - Ele deu um leve toque
Ele se aproximou de Isabel, querendo ajudá-la a colocar o cinto de segurança. Mas, no momento em que se aproximou, Isabel agarrou a gravata dele. José parou por um instante, vendo o rosto intrigante de Isabel invadir sua visão. Ela era bonita? Com aquelas olheiras profundas, não parecia. Ela era feia? Aqueles olhos avermelhados a faziam parecer extremamente vulnerável. José pressionou os lábios, ouvindo ela perguntar com um tom provocante: - Você realmente não sente nada por mim? "Você realmente não sente nada por mim?" Os olhos de José seguiram lentamente do olhar dela para seus lábios rubros. Descendo mais, ele notou que seu estilo de vestir ultimamente era bem ousado, com pouca roupa. Seu corpo estava quase todo à mostra. A garganta de José se contraiu enquanto ele se aproximava involuntariamente dos lábios dela. O tempo parecia parar, e quando ele estava prestes a beijá-la, o rosto de Carolina surgiu em sua mente. José parou abruptamente, virando a cabeça de l
A atmosfera no carro estava carregada de uma tensão provocativa. Os dedos de Isabel, sem querer, arranharam o pescoço de José, deixando marcas visíveis de suas unhas. No instante em que suas roupas estavam prestes a ser rasgadas, o toque do celular de José quebrou o silêncio dentro do carro. O movimento do homem parou abruptamente, seus dedos ainda pousados no fecho do sutiã de Isabel. O som do toque era tão nítido que trazia um despertar imediato. Isabel levantou os olhos, seus olhos rubros encontrando o olhar reprimido e enigmático de José. Ela apertou os lábios, sentindo um gosto metálico de sangue. Viu na tela do celular de José o nome que tanto chamava atenção: "Carol". Carolina estava ligando. Isabel franziu o cenho, sua mente se clareando aos poucos. Ela não pôde evitar de provocar José:- Isso que estamos fazendo, conta como traição?José hesitou por um momento. Ele olhou para Isabel com uma frieza nos olhos, e deu um sorriso sarcástico:- Nós somos marido e mulher.- E voc
Isabel fez um beicinho. Embora não tivesse ouvido a conversa anterior, sabia que estava sendo repreendida.Na noite passada, ela voltou para casa completamente bêbada, e seus pais certamente cuidaram dela a noite toda.Isabel entrou na sala de estar. Hugo a viu imediatamente.Ele deu um resmungo frio e, depois de se certificar de que Isabel estava bem, pegou sua pasta e foi trabalhar.- Papai, cuidado no caminho! - Isabel lembrou, tentando agradá-lo.Hugo saiu sem nem olhar para trás, Isabel torceu a boca e olhou para sua mãe, Rafaela franziu a testa e disse:- Bela, trabalhe direito. Por que se embriagar daquele jeito? Aqui está um remédio para a ressaca, beba e vá logo trabalhar! - Rafaela ordenou.- Entendi, mãe. - Isabel acenou obedientemente.Rafaela suspirou, deu um leve toque na cabeça de Isabel e também foi trabalhar.Isabel se deitou no sofá, com a mente enevoada e uma sensação indescritível no coração.De repente, ela se lembrou da expressão gananciosa e repulsiva de Ricardo
Durante toda a manhã, Isabel esteve absorvendo a experiência de Aurora e aprendendo.De fato, como Aurora havia mencionado, havia todo tipo de pacientes.Alguns tinham lágrimas nos olhos, implorando para que Aurora os salvasse, outros estavam com as sobrancelhas franzidas, exibiam uma teimosia de "não acredito em você". E o mais irritante nem eram os pacientes, mas os acompanhantes.Como o homem à sua frente.- Que doença essa mulher tem para gastar tanto dinheiro? Eu já não tenho mais dinheiro para tratá-la! Só quero saber uma coisa: você consegue curá-la ou não?Diante delas estava um homem de meia-idade maltrapilho, com cerca de cinquenta anos, exalando uma aura indescritivelmente grosseira.Ao seu lado, estava sentada uma mulher de trinta e poucos anos, bonita e delicada, mas visivelmente tímida.- Doutora, eu gostaria de saber se minha doença... ainda tem cura? - Sua voz era extremamente baixa, como se pudesse ser levada pelo vento.- Nem consegue ter um filho! Que tratamento nada
Ela tinha acabado de começar a trabalhar no hospital quando encontrou esse casal. Seu coração mole a fez ajudar a mulher, mas o homem descobriu e se aproveitou disso, começando a extorqui-la, exigindo que ela comprasse carro e casa, e sustentasse o casal para o resto da vida!Eles falaram com firmeza: "Você não é rica? Então deve fazer o bem até o fim!"Desde então, Aurora ficou com medo dessas pessoas mal-intencionadas.- Eu entendi, Aurora. - Respondeu Isabel seriamente.- Certo, vá tirar uma soneca. - Aurora tirou os óculos e esfregou as têmporas, visivelmente cansada.Isabel se aproximou e disse:- Aurora, me deixe massagear você.Aurora inicialmente quis recusar, mas ao sentir as mãos de Isabel, percebeu que era realmente agradável. Não conseguiu dizer não.Aurora se perguntava o que tinha feito para merecer a filha da família Castro lhe fazendo uma massagem.- Você aprendeu a fazer massagem? - Perguntou Aurora a Isabel.Isabel balançou a cabeça.Aurora sorriu de forma constrangid