À noite, no Restaurante Amado. Um local tranquilo e elegante especializado em frutos do mar. Isabel chegou atrasada, vestindo um longo vestido verde. Ao empurrar a porta do salão privado, todos os presentes, imersos em conversas enquanto degustavam café, se levantaram instantaneamente. A luz incidia sobre ela, destacando sua pele branca. O vestido longo, com uma fenda alta, expunha suas pernas longas e brancas. Seus cabelos estavam elegantemente presos para trás, ocultando a cicatriz na testa. Todos ficaram instantaneamente impressionados.- Olha, essa não é a Sra. Isabel? - Disse um homem de mais de cinquenta anos.Luiz Camargo, amigo íntimo de Hugo. O jantar privado daquela noite foi organizado por Luiz e todos os presentes eram figuras importantes da indústria.- Quem é Sra. Isabel? Esta é a joia do coração de Hugo! Incrível! - Corrigiu outro homem.Isabel lançou um olhar irônico ao redor da sala cheia de gente.Com graça, ela cumprimentou a todos, dizendo: - Não façam troça d
O homem soltou uma risada arrogante, puxando Isabel para seus braços:- Cem milhões, é só falar, minha querida!Isabel semicerrou os olhos. - Sério? Tão arrogante assim? Posso perguntar de qual família você é? Por que nunca te vi antes? - Isabel olhou para o homem à sua frente com um sorriso.O homem ergueu o rosto, cheio de orgulho. - Sou CEO do Grupo Nascimento, Hélio!Isabel riu sarcasticamente.Hélio Nascimento? Não era aquele filho problemático da família Nascimento? A coisa mais notória que ele já fez foi ser enganado por alguém que fingia ser uma mulher online e perder oito milhões! Um verdadeiro tolo com muito dinheiro!- Por que está rindo? Me desprezando? - Ele olhou para Isabel, seu tom não era amigável. - Se você ficar comigo, posso te dar mais do que cem milhões, posso te dar o mundo!Isabel clicou a língua, achando isso um tanto atraente.- Sr. Nascimento, não estou interessada em você. Por favor, me solte e finja que nunca nos encontramos esta noite. - Isabel falou g
Isabel ficou surpresa por um momento ao perceber que ele realmente havia olhado o vídeo das câmeras de segurança. Mas para ela, isso já não importava mais.Isabel aplicou um curativo, fechou a caixa de remédios e disse:- Pronto.José franziu o cenho, observando seu rosto indiferente e se sentindo incomodado.- Isabel, eu disse que olhei o vídeo. - Ele enfatizou novamente.Isabel olhou para ele e sorriu. - Eu ouvi.José franzia a testa. Apenas um ''eu ouvi''? Ela não precisava de um pedido de desculpas, ou qualquer outra coisa?Percebendo a hesitação e confusão de José, Isabel se levantou para colocar a caixa de remédios de volta no lugar e disse de forma indiferente: - Costumava amar você, me importava com o que você pensava de mim. Agora... - Ela se virou e disse, despreocupada. - Não importa.José lambeu os lábios, um brilho de malícia passou por seus olhos. - Agora não ama mais?- O Sr. Silva é realmente inteligente. Isabel levantou o canto da boca, apoiada descuidadamente no
José saiu do restaurante e do outro lado da linha, Vitor disse: - Sr. José, tem uma coisa...- Diga.- A Srta. Carolina me perguntou sobre sua agenda, eu disse a ela que você está no Restaurante Amado agora. Ela pode...Antes que Vitor terminasse de falar, José viu Carolina esperando por ele na entrada do restaurante.José desligou a ligação. Olhando para a figura frágil de Carolina, ele não podia deixar de pensar, como uma pessoa tão magra e delicada se atreveu a enfrentar aqueles sequestradores? José lembrou das palavras de Enzo."Carolina e Isabel, você só pode escolher uma."Ele tinha que escolher Carolina. Carolina era uma boa pessoa, ele não podia a deixar enfrentar mais pressão.José se aproximou de Carolina. - Carol.Carolina se virou e imediatamente sorriu, como uma criança. - Zé.José abaixou os olhos, com ternura. - Por que não está descansando no hospital e veio aqui?- Zé, sinto muito pelo incidente na casa de campo. Fiquei muito inquieta o dia todo. Eu fui à empresa
No cartório. Isabel segurava sua identidade e certidão de casamento, enquanto esperava por José. Se recordou do dia em que foram registrar o casamento há três anos, quando a Cidade A estava sob uma chuva torrencial. José inicialmente disse que estava ocupado e chegaria mais tarde. Depois, alegou que a chuva estava muito forte e sugeriu adiar o registro. Ela ficou sozinha na porta do cartório, observando a chuva parar e recomeçar, até que o horário de fechamento se aproximou e finalmente José chegou. Observando os casais saindo e entrando, Isabel não podia deixar de sentir emoção. Quando alguém amava de verdade, mesmo sob uma forte chuva, não ia atrasar um encontro, especialmente em um dia tão importante como o dia do registro.Ele simplesmente não a amava o suficiente e não queria se casar com ela. Isabel ficou entediada, girando em círculos no mesmo lugar, enquanto o relógio marcava nove horas. Ela olhou para cima, mas ainda não viu José.Então, ela pegou o celular e enviou u
Isabel se ajeitou e, segurando gentilmente a mão de Marina, disse: - Vovó, isso tudo é bobagem, não dê ouvidos aos mexericos por aí.Isabel não admitiria o divórcio na presença da Sra. Marina. Se ela interferisse no divórcio, José jamais poderia se casar com o amor de sua vida. José já se detestava o suficiente e Isabel não desejava passar o resto de sua vida sendo desprezada.- Olhem só como estou bonita hoje, como poderia estar a caminho de um divórcio? - Isabel girava no lugar, seu vestido de alças realçava sua elegância.José permanecia calmo, mas começou a duvidar de Isabel. Por que a Sra. Marina apareceria de repente, justo no dia em que Isabel e ele estavam planejando se divorciar? Será que Isabel havia contado à Sra. Marina? Será que ela não queria o divórcio? José franzia a testa, preocupado.- Eu não acredito. Existe um efeito sem causa? Você ainda deve ter pedido o divórcio! - A Sra. Marina não acreditava que isso fosse repentino!Isabel se resignou. - Vovó, nos dias
José franziu a testa, olhando para ela com um olhar calmo, sem qualquer ondulação. Parecia que ele aceitava implicitamente que ela era uma mulher ardilosa e vil. No fundo, Isabel estava furiosa e amargurada. Embora ela não se importasse mais com a impressão que José tinha dela, as repetidas acusações ainda a deixavam se sentindo indigna.Isabel sorriu levemente, dizendo amargamente: - Já que você me vê tão vil, por que não vai dizer diretamente à vovó que estamos nos divorciando?- Você não ousaria... - José deu um passo à frente.A partir das ações da Sra. Marina, ficou claro que ela se importava com o casamento deles. Disse a ela agora que estavam se divorciando seria obviamente provocar problemas para a Sra. Marina? Ele não podia fazer nada que atrapalhasse antes do aniversário dela!Isabel riu, dizendo:- Eu não tenho medo de nada. José, entenda uma coisa. Marina é sua avó, mas não é minha!Ela não contava a Marina sobre o divórcio apenas porque era bem tratada, ela temia que
Hugo nunca costumava falar alto com ela, mas seu tom estava extremamente rígido. Parecia que ela não estava conseguindo o divórcio e eles estavam realmente ansiosos.- Papai, posso não ir? Eu prometo a vocês que vou me divorciar do José. - Isabel baixou o tom.Hugo não respondeu, o que significava que ela não poderia não ir.- Mas ainda não me divorciei do José, ele não se importa? - Isabel fez um bico, magoada.- Ele não se importa! - Hugo respondeu firmemente.Isabel torceu a boca, esse homem não poderia ser como o John, um cabeça-dura, né? Sabendo que o marido dela era o José, ele ainda ousava marcar um encontro com ela? Loucura.- Isabel, você conhece esse rapaz, ele realmente gosta de você. Vocês são compatíveis, você pode ouvir uma vez o papai? - A voz de Hugo suavizou um pouco.Ouvindo ele dizer "você pode ouvir uma vez o papai", Isabel só sentiu que ela estava sendo teimosa demais. Isso era diferente de suplicar a ela? Mas ela realmente não queria ir a um encontro.- Papai