No cartório. Isabel segurava sua identidade e certidão de casamento, enquanto esperava por José. Se recordou do dia em que foram registrar o casamento há três anos, quando a Cidade A estava sob uma chuva torrencial. José inicialmente disse que estava ocupado e chegaria mais tarde. Depois, alegou que a chuva estava muito forte e sugeriu adiar o registro. Ela ficou sozinha na porta do cartório, observando a chuva parar e recomeçar, até que o horário de fechamento se aproximou e finalmente José chegou. Observando os casais saindo e entrando, Isabel não podia deixar de sentir emoção. Quando alguém amava de verdade, mesmo sob uma forte chuva, não ia atrasar um encontro, especialmente em um dia tão importante como o dia do registro.Ele simplesmente não a amava o suficiente e não queria se casar com ela. Isabel ficou entediada, girando em círculos no mesmo lugar, enquanto o relógio marcava nove horas. Ela olhou para cima, mas ainda não viu José.Então, ela pegou o celular e enviou u
Isabel se ajeitou e, segurando gentilmente a mão de Marina, disse: - Vovó, isso tudo é bobagem, não dê ouvidos aos mexericos por aí.Isabel não admitiria o divórcio na presença da Sra. Marina. Se ela interferisse no divórcio, José jamais poderia se casar com o amor de sua vida. José já se detestava o suficiente e Isabel não desejava passar o resto de sua vida sendo desprezada.- Olhem só como estou bonita hoje, como poderia estar a caminho de um divórcio? - Isabel girava no lugar, seu vestido de alças realçava sua elegância.José permanecia calmo, mas começou a duvidar de Isabel. Por que a Sra. Marina apareceria de repente, justo no dia em que Isabel e ele estavam planejando se divorciar? Será que Isabel havia contado à Sra. Marina? Será que ela não queria o divórcio? José franzia a testa, preocupado.- Eu não acredito. Existe um efeito sem causa? Você ainda deve ter pedido o divórcio! - A Sra. Marina não acreditava que isso fosse repentino!Isabel se resignou. - Vovó, nos dias
José franziu a testa, olhando para ela com um olhar calmo, sem qualquer ondulação. Parecia que ele aceitava implicitamente que ela era uma mulher ardilosa e vil. No fundo, Isabel estava furiosa e amargurada. Embora ela não se importasse mais com a impressão que José tinha dela, as repetidas acusações ainda a deixavam se sentindo indigna.Isabel sorriu levemente, dizendo amargamente: - Já que você me vê tão vil, por que não vai dizer diretamente à vovó que estamos nos divorciando?- Você não ousaria... - José deu um passo à frente.A partir das ações da Sra. Marina, ficou claro que ela se importava com o casamento deles. Disse a ela agora que estavam se divorciando seria obviamente provocar problemas para a Sra. Marina? Ele não podia fazer nada que atrapalhasse antes do aniversário dela!Isabel riu, dizendo:- Eu não tenho medo de nada. José, entenda uma coisa. Marina é sua avó, mas não é minha!Ela não contava a Marina sobre o divórcio apenas porque era bem tratada, ela temia que
Hugo nunca costumava falar alto com ela, mas seu tom estava extremamente rígido. Parecia que ela não estava conseguindo o divórcio e eles estavam realmente ansiosos.- Papai, posso não ir? Eu prometo a vocês que vou me divorciar do José. - Isabel baixou o tom.Hugo não respondeu, o que significava que ela não poderia não ir.- Mas ainda não me divorciei do José, ele não se importa? - Isabel fez um bico, magoada.- Ele não se importa! - Hugo respondeu firmemente.Isabel torceu a boca, esse homem não poderia ser como o John, um cabeça-dura, né? Sabendo que o marido dela era o José, ele ainda ousava marcar um encontro com ela? Loucura.- Isabel, você conhece esse rapaz, ele realmente gosta de você. Vocês são compatíveis, você pode ouvir uma vez o papai? - A voz de Hugo suavizou um pouco.Ouvindo ele dizer "você pode ouvir uma vez o papai", Isabel só sentiu que ela estava sendo teimosa demais. Isso era diferente de suplicar a ela? Mas ela realmente não queria ir a um encontro.- Papai
No dia seguinte, à noite.No restaurante Soho, Isabel chegou ao local do encontro como combinado. Isabel estava parada junto à janela, com os braços cruzados, admirando a paisagem. Ela estava usando um vestido curto branco com um ombro só, muito sensual.- Sra. Isabel? - Uma voz masculina veio de trás.Essa voz era familiar. Isabel se virou e, ao ver o homem, ficou surpresa.- Sr. Daniel? - Isabel estava completamente chocada.Seu encontro às cegas era, na verdade, Daniel? Não era de se admirar que naquela noite seu pai estivesse tão animado depois de ouvir que ela tinha salvado o Sr. Mateus.O homem olhou para ela e sorriu gentilmente, com um ar elegante e nobre.- Sou eu.Ele gentilmente puxou a cadeira para que Isabel se sentasse, indicando o lugar para ela.Isabel não conseguia tirar os olhos dele, estava muito surpresa.- Está surpresa? - Daniel ficou um pouco envergonhado com o olhar insistente.Ele era um pouco mais velho, e para ele, Isabel ainda era uma garotinha.Tendo em
Isabel ouviu e, olhando para a expressão sombria de José, sentiu um lampejo de diversão. Ela levantou levemente os cantos da boca e caminhou na direção de Daniel, segurando gentilmente o braço dele. Isabel inclinou o rosto para cima, sorrindo para Daniel, seus olhos brilhavam com uma luz travessa, sedutora como uma pequena fada, ela perguntou: - Sr. Daniel, agora que até a Carolina disse que combinamos, que tal darmos uma chance um ao outro?Daniel semicerrou os olhos, olhou para José e Carolina. A expressão de José já estava tão escura quanto podia ficar. Daniel parecia entender o que Isabel queria. Então, ele decidiu entrar na brincadeira.Daniel colocou o braço em volta da cintura de Isabel e a trouxe para perto de si, sua voz grave ecoava em seus ouvidos, tão envolvente quanto um violoncelo:- A Sra. Isabel está me aceitando?Isabel assentiu, brincando com a gravata de Daniel com a ponta dos dedos, de maneira sugestiva e delicada.Daniel sorriu levemente e, propositalmente, s
- A família Mello veio visitar pela primeira vez. Bela, por que você está vestida assim? Está faltando fruta, traga mais algumas! Bela, rápido! Esse jeans não está bonito, vá trocar por um vestido!Rafaela estava bem ocupada, a camiseta branca e calça jeans de Isabel também foram alvo de críticas.- Vá agora, ouça sua mãe. - Hugo empurrou Isabel, indicando que ela deveria trocar de roupa.Aquela roupa não combinava em nada com a ocasião mais tarde. Isabel olhou para si mesma no espelho, fazendo uma careta.Não estava bonito? Ela ficava bem em qualquer coisa com esse corpo!Quando Isabel estava prestes a subir para trocar de roupa, ouviu alguém do lado de fora anunciando:- A família Mello chegou, Sra. Rafaela!Rafaela segurou o braço de Isabel. - Não troque, eles já estão aqui.Isabel foi então levada para fora por Rafaela.Por que ela sentia que seus pais estavam tão nervosos? Eles não costumavam receber visitas assim. A visita da família Mello, desta vez, parecia ter um significa
- Não, não, não, desta vez eu insisto em pagar! - Exclamou Isabel.- Então... Já que estamos sem fazer nada, que tal jogar golfe? - Sugeriu Hugo de repente.Mateus concordou imediatamente.- Ótima ideia!- Será que a Bela sabe jogar golfe? - Perguntou Mateus.Isabel balançou a cabeça. Ela sabia fazer muitas coisas, mas golfe não estava entre elas. Esse esporte exigia paciência, e paciência não era exatamente uma das suas virtudes, exceto quando se tratava de perseguir José.Ao ouvir que Isabel não sabia jogar, Mateus ficou muito feliz, dizendo:- Perfeito, o Daniel é o melhor jogador de golfe! Deixe ele te ensinar!Daniel então assentiu para Isabel e disse:- Se você estiver disposta, é claro.Vendo o quanto Hugo estava animado, Isabel não quis estragar o clima e aceitou. O maior campo de golfe da cidade ficava nos arredores. Daniel os levou até lá de carro. No caminho, Hugo e Mateus ficaram conversando animadamente, relembrando os velhos tempos. Isabel estava no banco do passage