Foi um grande conselho o que ouvi certa vez, dado a um jovem: "Faça sempre o que tiver medo de fazer".Charlotte Sanchéz. — LEON, PARA! — Da próxima vez que entrar aqui, entre para fazer outra coisa e não para bisbilhotar as minhas coisas — abriu a porta. Me retirei rapidamente do quarto e desci as escadas. Felizmente Leon não havia feito nada pata me machucar, algo que deixou-me surpresa. Assim que cheguei até a sala, encontrei com Thierry. — Oi... você está bem? Parece um pouco nervosa. — Estou sim. O que estava fazendo? — Depois das aulas, fui na biblioteca ler alguns livros. — Entendi... está tudo tão entediante. — Por que não vamos ao parque? — Claro, seria uma boa. Saímos do colégio e seguimos até o jardim. O jardim era o que Leon costumava a me chamar. Ao chegarmos, sentamos no banco . — Este lugar é tão bonito — falei. — Também acho. É fantástico! É um dos lugares que eu mais gosto daqui. — E quais são os outro? — A biblioteca e o refeitório — sorriu.
"Toda maldade é fraqueza." Charlotte Sanchéz. Me retirei do quarto e segui em direção ao exterior do colégio, para tomar um pouco de ar. Sentei-me em um banco e comecei a pensar novamente no que o Leon havia dito. Eu ainda estava com ledo e apreensiva. Thierry Bonnet. Estava na sala de natação, o local estava vazio. Enquanto nadava, pensava na Charlotte, talvez eu estivesse gostando dela de verdade, mas infelizmente ela estava namorando com o Leon. Estava nadando, quando de repente, ouvi barulhos de passos. Olhei ao redor, na tentativa de encontrar alguém, mas não vi nada. Ignorei o barulho e fechei meus olhos, encostado na quina da piscina. Algum tempo depois, senti algo batendo em minha cabeça. Abri meus olhos e olhei novamente ao redor, mas ainda não havia visto ninguém. Coloquei minhas mãos na cabeça e pude sentir o sangue escorrer na minha testa. Charlotte Sanchéz. Levantei-me do banco e retornei para o colégio, mas assim que eu entrei, senti alguém pegar em meu pulso. —
"Eu acho que tenho medo de ser feliz, porque toda vez que consigo ficar feliz, alguma coisa ruim acontece."Charlotte Sanchéz. Na manhã seguinte, havia levantado um pouco chorosa ainda. Estava pensando no Thierry, de como eu me afastaria dele. Eu estava relutante em sair do quarto, não queria reencontrar Leon e principalmente, o Thierry. Se eu o encontrasse, não teria coragem de ser rude e me afastar dele, então decidi ficar no quarto, faltando à aula. Algum tempo mais tarde, comecei a sentir fome, decidindo descer. Retirei-me do quarto e segui em direção ao refeitório. Os corredores estavam vazios, havia uma ou outra pessoa, mas quase ninguém, todos estavam em aula. Ao chegar no refeitório, peguei uma bandeja, colocando alguns alimentos na mesma. Me sentei e rapidamente comecei a comer. Leon Fleury. Cheguei na classe, mas não havia visto a Charlotte. Havia achado intrigante a sua ausência, pois ela nunca falta às aulas. Achei que ela estivesse com Thierry, mas ele havia che
"As vezes pessoas que não imaginamos, guardam segredos com ações obscuras pensando que nunca serão descobertos''.Charlotte Sanchéz. — Leon, é melhor você ir — o empurrei em direção à porta. — Não! Eu não vou ir, preciso ficar com você — respondeu enquanto voltava para o mesmo lugar. — Mas eu não quero você aqui, então por favor, vá embora! — Me desculpa, Charlotte, mas vou ficar, você querendo ou não! — Se você não sair eu saio! — Tudo bem, mas ainda irei voltar! Leon se afastou e se retirou do quarto. Deitei-me na cama aliviada, mas não consegui dormir, ainda tinha medo de que Leon pudesse voltar. Havia ficado acordada até às três da manhã, quando senti sono e dormi. Na manhã seguinte, eu acordei cansada, não havia conseguido descansar e dormi por poucas horas. Levantei-me da cama, seguindo para o banheiro. Assim que saí do mesmo e vesti meu uniforme. Retirei-me do quarto e fui em direção a classe. Entrei e me sentei ao lado do Thierry. Algum tempo mais tarde aula, a c
"Monstros e fantasmas são reais. Eles são a manifestação dos sentimentos obscuros de nossas almas."Charlotte Sanchéz. Estava sentindo-me angustiada, precisava conversar com alguém, desabafar, mas tudo o que havia-me acontecido, acho que não melhoraria nem se eu falasse com alguém. Levantei- me da cama e me retirei do quarto, descendo as escadas. Eu precisava tomar um ar, mas estava à procura de um lugar solitário, que não houvesse pessoas. Caminhei em diversos cômodos, mas ainda não havia encontrado um local bom. O último lugar foi atrás do colégio, havendo uma treliça na parede. As subi e cheguei até o terraço. Caminhei até a beirada do telhado e sentei-me, olhando ao redor da escola. Estar ali, havia tranquilizado-me e poder sentir a brisa do vento batendo em meu rosto, estava sendo um dos melhores momentos. Algum tempo mais tarde, ouvi Leon me chamar. Olhei para trás assustada, torcendo para que ele não se aproximasse. — Charlotte, o que está fazendo? — indagou Leon preocu
'É incrível e inacreditável como um sorriso consegue esconder sentimentos mais obscuros, em que a própria tristeza não consegue camuflar!!'Charlotte Sanchéz. Levantei-me da cama e fui ao banheiro. Ao sair do mesmo, direcionei-me ao guarda-roupa. Peguei meu uniforme e o vesti. O uniforme era um conjunto de uma saia, na qual a mesma ia até um pouco acima dos joelhos, Na parte de cima usávamos uma blusa de manga comprida, ambas azuis escuras. Para completar, uma gravata. Hoje nós não teríamos a primeira aula, por conta da reunião com os professores. Retirei-me do quarto e segui em direção ao refeitório. Ao chegar, entrei e peguei uma bandeja, colocando os alimentos. Caminhei até a mesa onde Polo e Christian estavam. Mas assim que estava caminhando em direção a eles, Ligia colocou o pé na minha frente e acabei tropeçando. Lígia era uma das garotas com quem os garotos desejavam dormir. Ela era loira, seus olhos eram verdes, magra e sua estatura mediana. — Ops, foi sem querer — Lígi
"Olhos obscuros te observam"Charlotte Sanchéz. Assim que Leon subiu para o seu quarto, decidi ir ao jardim. Me retirei da sala e segui ao local. Ao chegar, sentei-me num tronco e comecei a reler o poema. Às vezes eu pensava em como seria a minha vida se meus pais não tivessem me colocado no internato. Talvez teria sido bom, mas minha mãe teria reencontrado a Sr.Fleury e nós teríamos jantado em sua casa, e provavelmente, eu teria conhecido Leon... talvez não eu pudesse mudar o futuro. Leon Fleury. Após eu entrar em meu quarto, deitei-me na cama e reli o poema. O poema fazia-me pensar na Charlotte e cada vez que eu pensava nela, eu me sentia bem. Levantei-me e me retirei do quarto, seguindo para o dormitório da Charlotte. Queria lhe fazer companhia e revê-la. Assim que cheguei ao quarto, bati na porta, mas Charlotte não atendeu-me. Bati novamente, mas sem sucesso. Em seguida, abri a porta e não a vi. Saí de seu quarto zangado em sua busca. Rapidamente desci as escadas, tentand
"A vida é em muitas vezes obscura mas, os olhos de Deus (estrelas) nos fazem todos os dias lembrar que existem pessoas maravilhosas que estão esperando somente a oportunidade de nos fazer feliz."Thierry Bonnet. Estava na biblioteca, mas não consegui me concentrar no livro, a minha mente sempre voltava na Charlotte. Eu sentia falta dela, mas com o ciúmes do Leon, ficava complicado conversar com ela. Amanhã, sábado, seria o aniversário da Charlotte, ela completaria dezessete anos. Eu queria surpreendê-la com um presente, mas infelizmente, eu não a conhecia tão bem. Leon Fleury. Eu estava no quarto, deitado e repentinamente, lembrei-me do aniversário de Charlotte. Eu precisava pensar em um presente para dar a ela, algo especial que a fizesse gostar. Charlotte Sanchéz. Eu havia retornado ao jardim. Deitei-me no gramado e olhei para o céu, refletindo sobre as coisas. Algum tempo depois, eu havia lembrado do meu aniversário. Amanhã eu estaria completando dezessete anos e eu tinha