Barb Bowie foi até o banheiro e se trancou em uma cabine, chorando. A porta da cabine ao lado se abriu e alguém saiu, olhando ao redor, se certificando que não havia mais ninguém, antes de fechar a porta do banheiro.
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Esmée tentou contar a umas seis pessoas diferentes que tinha uma garota morta na escadaria, mas ninguém acreditou, pensando que se tratasse de algum trote, até que Esmée encontrou Morgan. Ele estava parado em um canto, observando os outros se divertirem. Esmée suspirou se aproximou dele.
— Morgan, você tem de vir comigo! Tem uma garota muito ferida na escada. Eu juro!— Que garota? — Perguntou Morgan prestando a atenção em Esmée.— Não consegui ver direito, mas acho que era a prima da Layla. — Falou Esmée.— Vamos! — Disse Morgan pegando a mão de Esmée.&nb
Alguns dias se passaram, mas Layla não se sentiu melhor por isso. Ninguém imaginava a falta que Rosie fazia em sua vida, todas as brincadeiras, risos e abraços. Rosie não fora só sua prima, mas também sua melhor amiga. Como esquecê-la? Impossível.Elliot fez o possível para animar Layla um pouquinho que fosse, mas foi em vão, então, deixou de tentá-la fazer sorrir e passou apenas a abraçá-la, demonstrando assim que sempre estaria ali para apoiá-la incondicionalmente.Nem Zara nem Eulalie provocaram Layla, não foi por pena, mas porque tinham consciência que perder alguém tão próximo era uma das piores coisas do mundo, elas jamais seriam amigas, mas respeitaram a dor da garota porque para tudo havia um limite... Bem, pelo menos para Eulalie havia limites.Eulalie não deixou de desconfiar que Zara, talvez, tivesse algum envolvimento na morte de Barb Bowie. Eulalie estava assustada porque durante toda a sua vida pensara ter conhecido Zara, mas depois do que acontecera a Bella,
— O que está fazendo aqui, Eliana? Sabe que a polícia está atrás de você porque matou um homem, não sabe?! — Disse Lawrence.Eliana riu e disse:— Pois é, mãe… Como você, gosto de remover as pedras em meu caminho, mas não é sobre mim exatamente que vim falar, mas da minha irmã. Por que você mentiu para ela que eu estava morta? Como pode ser tão cruel assim? Ela sofreu por causa da sua mentira e eu também, mas você não se importa, não é?!— O que você queria que eu dissesse a ela? Que a irmã dela matou o pai dela? — Perguntou Lawrence.— É! — Respondeu Eliana com raiva. — Ela tinha o direito de saber a verdade, saber o tipo de monstros que são você e o papai!— Eu sei que me culpa por não ter acreditado em você, mas como poderia ter certeza se não era só uma fantasia sua? Eliana, você é doente. — Falou Lawrence.— Não! Eu não sou, mas para você e para o papai sempre foi conveniente convencer a todos do contrário, não é?! — Falou Eliana.— Por que você acha que a
Na manhã seguinte no colégio, Zara estava indo para sua próxima aula, acompanhada por Eulalie, Pauline e Hannah quando Elliot veio e pegou Zara pelo braço, dizendo que os dois precisavam conversar. Elliot só soltou sua prima quando ficaram a sós em um corredor vazio.— O que você está tramando, sua doente?— Eu não sei do que está falando! — Zara o empurrou.— Ah, você jura que não sabe do que estou falando? Talvez, isso refresque sua memória… — pegou o envelope no bolso de sua jaqueta e o entregou a Zara.— O que é isso? — Perguntou Zara e não esperou por uma resposta, abrindo o envelope. Juntou alguns recortes e percebeu que era uma foto do casal feliz. Revirou os olhos enojada e devolveu o envelope a Elliot.— Por que pensa que fui eu quem tirou essa foto? Fala sério? Não perderia meu tempo com essa bobagem. Consigo ser mais criativa que isso.— Eu aposto que sim. Confesse que foi você quem ligou para a Layla e a ameaçou? Deveria ser envergonhar. Ela acabou de perde
Ronda foi até o quarto de Morgan. O rapaz lia um livro, sentado em frente à janela.— O que você aprontou dessa vez? Por que Kerli Norman me ligou, marcando uma reunião para conversar sobre Esmée e você? Não me diga que está saindo com aquela pirralha… Olha a sua idade, Morgan? Esmée é uma criança ainda! Devia se envergonhar porque consegue algo melhor. Céus! Você é lindo, educado e rico. Por que se rebaixar?Morgan deixou seu livro de lado e se levantou, calmo.— Eu não sei o que pode ser, mãe, mas te garanto que Esmée e eu somos apenas amigos e nada além disso. Não há com o que se preocupar.— Para o seu próprio bem, espero que seja verdade. Detestaria descobrir que você engravidou uma menina que poderia ser sua irmã. — Falou Ronda se virando para ir.Morgan suspirou, irritado, mas preferiu não responder a sua mãe, voltando à sua leitura.  
Quando a senhora Maxwell foi até o quarto de seu filho avisá-lo que o jantar estava pronto não o encontrou. Kirby havia saído e deixado um bilhete em sua cama:“Vou para a casa do Morgan, volto já”.— Ah, que ótimo! — Falou a senhora Maxwell zangada e amassou o bilhete. † † †Ronda entrou no quarto de Morgan para falar com ele sobre Esmée, mas não o encontrou apenas um bilhete na escrivaninha:“Não me espere para o jantar, tenho de resolver algo importante”.— O que está tramando agora? Estou me cansando de limpar sua bagunça. — Ronda suspirou. † † †— Estou preocupada com o John, porque até agora ele não voltou e faz horas que ele saiu da casa da Layla, pelo menos foi o q
Quando Ronda recebeu a notícia da morte de Margot, ficou muito nervosa e tentou localizar Morgan, mas pareceu que o infeliz simplesmente sumiu da face da terra, pois ninguém o tinha visto sequer deixar o condomínio e seus amigos não faziam a mínima ideia de onde ele poderia estar. Para piorar, Lana Maxwell veio buscar Kirby e se exaltou quando Ronda lhe disse que Kirby nem chegara a pôr os pés em sua casa. Lana disse que, talvez, seus filhos estivessem na casa de Margot ou de Elliot.— Margot está morta! — Falou Ronda e confessou que temia por Morgan, pois o serial killer parecia ter algo em especial contra os estudantes de Barstow School.Lana leu nas entrelinhas e, diferente de Ronda, não se deu ao trabalho de mascarar sua suspeita:— Kirby e Morgan podem ter algo a ver com isso.Ronda a encarou, impassível.— Não sei se agimos certo ao sermos condescendentes com eles. Talvez, eles se sintam intocáveis e isso os motive a agirem sem nenhum receio. — Falou Lana.—
Layla estava na cama, tentando se convencer que Jonathan não podia de jeito nenhum ser um psicopata quando ouviu uma batida na porta de seu quarto.— Entra.A porta se abriu e por ela passou Earl, mas porque ele estava vestido como Kirby, Layla o confundiu.— O que está fazendo aqui?— Guarda as pedras. Sou eu… — Falou Earl tirando a touca e encostou a porta.— Ah! Earl? Desculpe-me? — Disse Layla sem graça.Earl veio até onde ela estava e a abraçou. Ficaram nesse abraço por um tempo até ele recuar e a encarar, aborrecido.— Sinto muito por sua mãe. Dadas as circunstâncias, nem sei se deveria ou não falar com você sobre o que acho que descobri, mas… Só confio em você porque tenho certeza que seria incapaz de fazer mal a quem quer que fosse.— Está me assustando!— Assustado estou eu com tudo isso. Lembra quando disse que Morgan não era uma boa pessoa?Layla assentiu com a cabeça, sentindo seu estômago revirar. Morgan era esquisito o bastante para ser o
Layla ignorou os outros ao seu redor que não paravam de tagarelar coisas aleatórias e se aproximou de Morgan que estava parado em um canto, a observando sem nem piscar.— Qual é a sua, Morgan? — Perguntou Layla, irritada.— Como assim? Eu não entendo o que diz. — Mas ele entendia perfeitamente.— Acha que não reparo na forma como está sempre olhando para mim e nas indiretas? O que pretende com isso? — Ela inquiriu.— Oh, você repara? — Ele chegou mais perto, de forma que seus rostos ficaram bem próximos. Elliot estava há poucos metros de distância, discutindo com os gêmeos, mas Morgan não se importava. Gostava da sensação de perigo. — Então, é por isso que está sempre me provocando?— O quê? — Layla riu, nervosa. — Está louco? Eu? Provocando você? Até parece…— Você pode negar o quanto quiser, mas sei que o que sinto é recíproco. — Falou Morgan.— Na sua cabeça, só se for. — Layla quis empurrá-lo, mas ele segurou o pulso dela.— Você sente algo por mim, senão