Emanuel, sentindo a dor da mordida, relaxou sua mão.- Irmão!- Sr. Emanuel!Valentina e Fabiano correram até ele e viram que sua mão estava sangrando devido à mordida do menino.- Esse garotinho... - Valentina levantou os olhos e viu que o menino havia subido na janela. - Garotinho, não faça nada precipitado!Luís estava na janela, segurando firmemente o batente com uma mão, seus olhos estavam vermelhos e cheios de emoção, como se estivesse prestes a pular.Emanuel, com os punhos cerrados, ordenou:- Desça!Luís, com o rosto vermelho, balançou a cabeça teimosamente e se encolheu para fora da janela, com metade do pé já pendurado no ar.Emanuel sentiu um aperto no coração e não ousou dar mais um passo.Valentina, chorando, tentou acalmá-lo suavemente: - Garotinho, por favor, não seja impulsivo. Se você cair, vai se machucar!Emanuel, com o rosto frio como gelo, olhando para Luís, tentou controlar sua raiva e suavizar sua voz:- Luís, desça!Luís piscou, olhando fixamente para ele.Com
O carro preto avançava suavemente pela estrada.Dentro do carro, Inês observava os sinais na estrada e franziu a testa:- Esta não é a estrada para a Vila da Brisa Marinha, não é?Tendo vivido na Cidade J por tanto tempo, Inês conhecia bem as estradas locais. Quando verificou a localização de Luís, ela tinha olhado especificamente a rota. Indo da Mansão em Monte Vista para a Vila da Brisa Marinha, certamente não passariam por aquela estrada.Pedro, com a perna cruzada, concordou casualmente:- Não é, estamos indo para a minha casa. Não quer conversar com um velho conhecido?Inês riu friamente:- Pedro, tanto no passado quanto agora, nunca fomos amigos!Não apenas não eram amigos, mas também eram inimigos. Ângelo havia matado seu avô, Emanuel a fez perder um filho e ainda havia aquele incidente de seis anos atrás... Ela tinha uma grande inimizade com a família Antunes!Pedro ergueu levemente as sobrancelhas, seus olhos astutos por trás dos óculos examinavam Inês:- É um pouco triste
No momento seguinte, cerca de uma dúzia de homens vestidos de preto desceram dos carros e caminharam diretamente em direção a Inês. Inês rapidamente pensou em algo e se virou para entrar novamente no carro de Pedro. Ela preferia ficar com Pedro a ser capturada por Emanuel novamente.- Inês, se você fugir, mando matar Luís.As palavras frias e implacáveis do homem vieram de trás dela. Inês sentiu um calafrio e a mão que estava prestes a abrir a porta do carro congelou no ar.- Você não ousaria!Os guarda-costas abriram caminho automaticamente e Emanuel caminhou lentamente até Inês, lutando para controlar seu impulso de matá-la:- Você acha que há algo neste mundo que eu não ousaria fazer? - Falando, Emanuel tirou o celular, abriu o álbum de fotos e mostrou a foto recém-tirada para Inês.Inês só deu uma olhada e imediatamente seus olhos se encheram de lágrimas. “Luís! Por que ele estava no terraço? Tão perigoso, e se ele caísse?” Só de ver a foto, o coração de Inês já estava em pedaç
Emanuel levou Inês para a Vila da Brisa Marinha, onde Valentina morava. Assim que saíram do carro, Inês avistou Luís parado na janela do segundo andar. Ela prendeu a respiração, como se todo o seu sangue tivesse congelado.- Luís!Sem pensar duas vezes, Inês soltou a mão de Emanuel e correu desesperadamente em direção à vila.Do outro lado, Luís, que estava imóvel na janela há quase meia hora, ouviu de repente a voz familiar de sua mãe e seus olhos cheios de cautela brilharam instantaneamente. “Mamãe chegou!” Ele olhou para baixo e viu sua mãe correndo em sua direção. Que alívio, mamãe está bem. Luís fungou, chamando em silêncio: “Mamãe!”Enquanto Luís olhava para baixo, Fabiano se apressou para dentro do quarto, agarrou Luís firmemente e o tirou da janela. Todo o processo durou apenas um ou dois segundos, mas foi suficiente para fazer Inês suar frio.- Luís! Assustada, Inês correu para dentro da casa. - Luís! Onde você está?Ouvindo o chamado de sua mãe, Luís se soltou do abr
Emanuel olhou para o pequeno Luís, desmaiado nos braços de Inês, e soltou irritado a gravata.Surpreendentemente, se sentiu um pouco preocupado com a segurança do garoto.- Emanuel, se algo acontecer ao meu filho, eu não vou te perdoar! - Disse Inês, com firmeza.Após falar duramente, Inês saiu correndo com Luís nos braços.Emanuel murmurou um palavrão e disse a Valentina e Fabiano, ainda atordoados:- O que estão esperando? Vão atrás dela de carro!Valentina reagiu e correu atrás deles.Emanuel chutou a mesa, se esforçando para controlar suas emoções, depois de algum tempo, também saiu.Valentina levou Inês e Luís ao hospital mais próximo.O médico de emergência examinou Luís, concluindo que o desmaio foi causado por um susto excessivo, falta de alimentação e hidratação durante o dia. Felizmente, não havia outros problemas graves. Uma hidratação e descanso adequados seriam suficientes para sua recuperação.Inês, ainda preocupada, verificou o pulso de Luís para se certificar de que e
A empregada rapidamente apanhou o celular do chão e o entregou a Noemia:- Srta. Noemia, seu telefone está tocando.Noemia, torcendo o braço de Rosana com força, a empurrou para longe antes de pegar o telefone. Ao reconhecer a identificação da chamada, ela subiu imediatamente as escadas com o aparelho em mãos.- Rosana, me deixa ver, está bem? - A empregada, comovida, ajudou Rosana a se levantar do chão. Ao observar o braço da menina, percebeu que estava repleto de hematomas roxos.- Como sua mãe pode ser tão cruel! - Exclamou, com os olhos marejados de lágrimas.Rosana cobriu os hematomas com a manga da camisa, falando de maneira fraca:- Tia, estou bem.Ela já estava habituada àquela situação.A empregada suspirou interiormente, lamentando a precoce maturidade da menina.Noemia retornou ao seu quarto e atendeu a chamada.- Alô, senhor.- Inês voltou sozinha? - Indagou a voz de Pedro do outro lado da linha.Noemia franziu levemente a testa:- Hoje, na Mansão de Monte Vista, ela esta
Observando o rostinho pálido de seu filho, Inês subitamente se arrependeu de ter o trazido de volta para o país. Embora os dias no castelo fossem um pouco tediosos, eram seguros e não expunham seu filho a perigos. Valentina deu um leve tapinha no ombro de Inês, confortando ela: - Inês, não se preocupe, o médico acabou de dizer que Luís vai ficar bem.Inês assentiu, mas permaneceu em silêncio. Após todo o estresse da noite, quando Luís terminou de receber soro, já era quase meia-noite. Valentina ficou ao lado de Inês durante todo o tempo, claramente preocupada com Luís. No entanto, ela ainda achava difícil acreditar que Luís fosse filho de Inês, pois nunca tinha ouvido Inês mencioná-lo antes.Valentina olhou para Inês, hesitando várias vezes antes de perguntar sobre Luís. Vendo Inês tão preocupada, decidiu não abordar o assunto. Após um momento de reflexão, Valentina mudou de tópico: - Inês, onde você esteve nos últimos seis meses?Inês sorriu fracamente:- Não fui a lugar nenh
Inês caminhou até Emanuel, com os olhos frios, sem demonstrar qualquer emoção.- Emanuel, eu lhe digo, Luís é minha vida. Se você ousar machucá-lo novamente, nunca lhe perdoarei!Luís era seu único parente, ela sacrificaria qualquer coisa para protegê-lo.Emanuel olhou para Inês, seus olhos escuros estavam cobertos por uma camada de sombras:- Ele é a sua vida?Foi só nesse momento que Emanuel percebeu o quanto Inês valorizava Luís.Emanuel segurou o queixo de Inês, falando lentamente:- Inês, me diga, Luís é filho de quem?- Ele é meu filho.Diante da pergunta de Emanuel, Inês respondeu sem hesitação. Ele descobriria mais cedo ou mais tarde, ela nunca pensou em esconder isso de ninguém.A expressão de Emanuel mudou rapidamente, aumentando a força em sua mão:- Seu?Ela não havia dito que Luís era uma criança perdida que encontrou por acaso no País F? Por achar ele fofo, até tirou uma foto com ele.Emanuel se lembrou de ter visto Inês olhando para a foto de Luís à noite antes de dormir