Emanuel levou Inês para a Vila da Brisa Marinha, onde Valentina morava. Assim que saíram do carro, Inês avistou Luís parado na janela do segundo andar. Ela prendeu a respiração, como se todo o seu sangue tivesse congelado.- Luís!Sem pensar duas vezes, Inês soltou a mão de Emanuel e correu desesperadamente em direção à vila.Do outro lado, Luís, que estava imóvel na janela há quase meia hora, ouviu de repente a voz familiar de sua mãe e seus olhos cheios de cautela brilharam instantaneamente. “Mamãe chegou!” Ele olhou para baixo e viu sua mãe correndo em sua direção. Que alívio, mamãe está bem. Luís fungou, chamando em silêncio: “Mamãe!”Enquanto Luís olhava para baixo, Fabiano se apressou para dentro do quarto, agarrou Luís firmemente e o tirou da janela. Todo o processo durou apenas um ou dois segundos, mas foi suficiente para fazer Inês suar frio.- Luís! Assustada, Inês correu para dentro da casa. - Luís! Onde você está?Ouvindo o chamado de sua mãe, Luís se soltou do abr
Emanuel olhou para o pequeno Luís, desmaiado nos braços de Inês, e soltou irritado a gravata.Surpreendentemente, se sentiu um pouco preocupado com a segurança do garoto.- Emanuel, se algo acontecer ao meu filho, eu não vou te perdoar! - Disse Inês, com firmeza.Após falar duramente, Inês saiu correndo com Luís nos braços.Emanuel murmurou um palavrão e disse a Valentina e Fabiano, ainda atordoados:- O que estão esperando? Vão atrás dela de carro!Valentina reagiu e correu atrás deles.Emanuel chutou a mesa, se esforçando para controlar suas emoções, depois de algum tempo, também saiu.Valentina levou Inês e Luís ao hospital mais próximo.O médico de emergência examinou Luís, concluindo que o desmaio foi causado por um susto excessivo, falta de alimentação e hidratação durante o dia. Felizmente, não havia outros problemas graves. Uma hidratação e descanso adequados seriam suficientes para sua recuperação.Inês, ainda preocupada, verificou o pulso de Luís para se certificar de que e
A empregada rapidamente apanhou o celular do chão e o entregou a Noemia:- Srta. Noemia, seu telefone está tocando.Noemia, torcendo o braço de Rosana com força, a empurrou para longe antes de pegar o telefone. Ao reconhecer a identificação da chamada, ela subiu imediatamente as escadas com o aparelho em mãos.- Rosana, me deixa ver, está bem? - A empregada, comovida, ajudou Rosana a se levantar do chão. Ao observar o braço da menina, percebeu que estava repleto de hematomas roxos.- Como sua mãe pode ser tão cruel! - Exclamou, com os olhos marejados de lágrimas.Rosana cobriu os hematomas com a manga da camisa, falando de maneira fraca:- Tia, estou bem.Ela já estava habituada àquela situação.A empregada suspirou interiormente, lamentando a precoce maturidade da menina.Noemia retornou ao seu quarto e atendeu a chamada.- Alô, senhor.- Inês voltou sozinha? - Indagou a voz de Pedro do outro lado da linha.Noemia franziu levemente a testa:- Hoje, na Mansão de Monte Vista, ela esta
Observando o rostinho pálido de seu filho, Inês subitamente se arrependeu de ter o trazido de volta para o país. Embora os dias no castelo fossem um pouco tediosos, eram seguros e não expunham seu filho a perigos. Valentina deu um leve tapinha no ombro de Inês, confortando ela: - Inês, não se preocupe, o médico acabou de dizer que Luís vai ficar bem.Inês assentiu, mas permaneceu em silêncio. Após todo o estresse da noite, quando Luís terminou de receber soro, já era quase meia-noite. Valentina ficou ao lado de Inês durante todo o tempo, claramente preocupada com Luís. No entanto, ela ainda achava difícil acreditar que Luís fosse filho de Inês, pois nunca tinha ouvido Inês mencioná-lo antes.Valentina olhou para Inês, hesitando várias vezes antes de perguntar sobre Luís. Vendo Inês tão preocupada, decidiu não abordar o assunto. Após um momento de reflexão, Valentina mudou de tópico: - Inês, onde você esteve nos últimos seis meses?Inês sorriu fracamente:- Não fui a lugar nenh
Inês caminhou até Emanuel, com os olhos frios, sem demonstrar qualquer emoção.- Emanuel, eu lhe digo, Luís é minha vida. Se você ousar machucá-lo novamente, nunca lhe perdoarei!Luís era seu único parente, ela sacrificaria qualquer coisa para protegê-lo.Emanuel olhou para Inês, seus olhos escuros estavam cobertos por uma camada de sombras:- Ele é a sua vida?Foi só nesse momento que Emanuel percebeu o quanto Inês valorizava Luís.Emanuel segurou o queixo de Inês, falando lentamente:- Inês, me diga, Luís é filho de quem?- Ele é meu filho.Diante da pergunta de Emanuel, Inês respondeu sem hesitação. Ele descobriria mais cedo ou mais tarde, ela nunca pensou em esconder isso de ninguém.A expressão de Emanuel mudou rapidamente, aumentando a força em sua mão:- Seu?Ela não havia dito que Luís era uma criança perdida que encontrou por acaso no País F? Por achar ele fofo, até tirou uma foto com ele.Emanuel se lembrou de ter visto Inês olhando para a foto de Luís à noite antes de dormir
Ninguém se atrevia a lhe causar tanta dor!Inês forçou a abertura da mão de Emanuel, deu um passo para trás e se encostou no tronco frio da árvore.Afinal, quem estava brincando com quem?Ele sempre dizia que a amava, mas, por causa de Dora, colocava ela repetidamente em perigo.Inês estava exausta, olhou para Emanuel com um sorriso indiferente:- Se não quer ser enganado por mim, então não apareça mais diante de mim.Ele a salvou duas vezes e também foi gravemente ferido ao ajudá-la a obter a Flor de Jade Fosca.Mas ele matou seu avô, fez com que ela perdesse um filho e também participou do ataque terrorista de cinco anos atrás...Essas complicações de causa e efeito eram demais para desembaraçar. Inês estava exausta, não queria mais se envolver com ele.Deixar um ao outro em paz talvez fosse o melhor para ambos.Inês fixou o olhar no rosto definido de Emanuel:- Emanuel, nosso rancor termina aqui. Eu não quero mais te ver nesta vida.Ela buscaria vingança contra Ângelo pela morte de
Emanuel conhecia o código da porta do apartamento de Inês, mas hesitou inicialmente em abri-la diretamente, preocupado que a surpresa pudesse assustá-los.Contudo, quando Luís abriu a porta e o viu, sem dizer uma palavra, fechou ela quase batendo em seu nariz.“Esse menino merece uma lição!”Emanuel, enfurecido, digitou o código e entrou.Ao ver Emanuel, Inês sentiu um aperto no coração e, instintivamente, protegeu Luís, o posicionando atrás de si.- Emanuel, por que você veio aqui?Foi um descuido não ter mudado o código da porta.Luís espiou por trás de sua mãe, encarando o homem à sua frente com olhos cheios de hostilidade.Emanuel fixou o olhar em Inês:- Preciso que você venha comigo ao hospital.Inês se surpreendeu, se lembrando subitamente da razão pela qual ele havia saído às pressas na noite anterior, um sorriso frio surgiu em seus lábios.Ela afagou a cabeça de Luís, dizendo:- Querido, vá dormir um pouco, mamãe logo estará com você."Mamãe."Luís segurou a mão de sua mãe, co
- Sim!Inês observou a mão que ainda estava sendo segurada por ele e sorriu friamente:- O Sr. Emanuel não sabe que quem pede deve ter a postura de quem pede?Emanuel soltou a mão de Inês:- Desde que esteja disposta a doar sangue para Dora, as condições são suas para definir!Mesmo já tendo vivido por mais de vinte anos, Emanuel estava pedindo algo a alguém de maneira tão humilde pela primeira vez.Inês moveu o pulso que havia sido machucado por ele e um sorriso amargo surgiu no canto de sua boca:- O Sr. Emanuel é realmente generoso.Ela sabia há muito tempo que, para salvar Dora, ele estaria disposto a fazer qualquer coisa.Inês bateu palmas e se sentou no sofá, cruzando as pernas de maneira relaxada:- Posso considerar doar sangue para ela, desde que eu obtenha a periferia norte.- Está bem, é sua.A "periferia norte" era um projeto que o Grupo Ribeiro tinha conquistado, mas se ela o queria, ele o cederia a ela.Fabiano olhava para Emanuel, surpreso.Ao ver Emanuel concordar sem he