As buscas realizadas pelos homens de Emanuel num raio de três quilômetros ao redor da mansão não resultaram na localização de Luís.Valentina checou as câmeras de segurança e, estranhamente, a câmera na entrada da mansão não havia capturado imagens de Luís saindo.- Como pode não ter nada? Aqui não tem uma porta dos fundos, será que o garoto saiu pelo buraco para cachorros no quintal?Depois que Inês desapareceu, Noemia e sua mãe se mudaram para a Mansão em Monte Vista.Elas não gostavam de Pipoca, o cachorro de Inês, e planejavam dá-lo para alguém. Valentina, que não queria se separar do cachorro, o levou para sua casa. O buraco no quintal era para Pipoca.- Já checou as câmeras de segurança das redondezas? - Emanuel perguntou a Fabiano.- Sim, já verificamos, mas não encontramos vestígios do menino.- Como isso é possível? - Valentina, meio brincando, meio séria, olhou para seu irmão. - Será que o garoto sabe se tornar invisível?De repente, ela sentiu um arrepio nas costas.Emanue
Emanuel, sentindo a dor da mordida, relaxou sua mão.- Irmão!- Sr. Emanuel!Valentina e Fabiano correram até ele e viram que sua mão estava sangrando devido à mordida do menino.- Esse garotinho... - Valentina levantou os olhos e viu que o menino havia subido na janela. - Garotinho, não faça nada precipitado!Luís estava na janela, segurando firmemente o batente com uma mão, seus olhos estavam vermelhos e cheios de emoção, como se estivesse prestes a pular.Emanuel, com os punhos cerrados, ordenou:- Desça!Luís, com o rosto vermelho, balançou a cabeça teimosamente e se encolheu para fora da janela, com metade do pé já pendurado no ar.Emanuel sentiu um aperto no coração e não ousou dar mais um passo.Valentina, chorando, tentou acalmá-lo suavemente: - Garotinho, por favor, não seja impulsivo. Se você cair, vai se machucar!Emanuel, com o rosto frio como gelo, olhando para Luís, tentou controlar sua raiva e suavizar sua voz:- Luís, desça!Luís piscou, olhando fixamente para ele.Com
O carro preto avançava suavemente pela estrada.Dentro do carro, Inês observava os sinais na estrada e franziu a testa:- Esta não é a estrada para a Vila da Brisa Marinha, não é?Tendo vivido na Cidade J por tanto tempo, Inês conhecia bem as estradas locais. Quando verificou a localização de Luís, ela tinha olhado especificamente a rota. Indo da Mansão em Monte Vista para a Vila da Brisa Marinha, certamente não passariam por aquela estrada.Pedro, com a perna cruzada, concordou casualmente:- Não é, estamos indo para a minha casa. Não quer conversar com um velho conhecido?Inês riu friamente:- Pedro, tanto no passado quanto agora, nunca fomos amigos!Não apenas não eram amigos, mas também eram inimigos. Ângelo havia matado seu avô, Emanuel a fez perder um filho e ainda havia aquele incidente de seis anos atrás... Ela tinha uma grande inimizade com a família Antunes!Pedro ergueu levemente as sobrancelhas, seus olhos astutos por trás dos óculos examinavam Inês:- É um pouco triste
No momento seguinte, cerca de uma dúzia de homens vestidos de preto desceram dos carros e caminharam diretamente em direção a Inês. Inês rapidamente pensou em algo e se virou para entrar novamente no carro de Pedro. Ela preferia ficar com Pedro a ser capturada por Emanuel novamente.- Inês, se você fugir, mando matar Luís.As palavras frias e implacáveis do homem vieram de trás dela. Inês sentiu um calafrio e a mão que estava prestes a abrir a porta do carro congelou no ar.- Você não ousaria!Os guarda-costas abriram caminho automaticamente e Emanuel caminhou lentamente até Inês, lutando para controlar seu impulso de matá-la:- Você acha que há algo neste mundo que eu não ousaria fazer? - Falando, Emanuel tirou o celular, abriu o álbum de fotos e mostrou a foto recém-tirada para Inês.Inês só deu uma olhada e imediatamente seus olhos se encheram de lágrimas. “Luís! Por que ele estava no terraço? Tão perigoso, e se ele caísse?” Só de ver a foto, o coração de Inês já estava em pedaç
Emanuel levou Inês para a Vila da Brisa Marinha, onde Valentina morava. Assim que saíram do carro, Inês avistou Luís parado na janela do segundo andar. Ela prendeu a respiração, como se todo o seu sangue tivesse congelado.- Luís!Sem pensar duas vezes, Inês soltou a mão de Emanuel e correu desesperadamente em direção à vila.Do outro lado, Luís, que estava imóvel na janela há quase meia hora, ouviu de repente a voz familiar de sua mãe e seus olhos cheios de cautela brilharam instantaneamente. “Mamãe chegou!” Ele olhou para baixo e viu sua mãe correndo em sua direção. Que alívio, mamãe está bem. Luís fungou, chamando em silêncio: “Mamãe!”Enquanto Luís olhava para baixo, Fabiano se apressou para dentro do quarto, agarrou Luís firmemente e o tirou da janela. Todo o processo durou apenas um ou dois segundos, mas foi suficiente para fazer Inês suar frio.- Luís! Assustada, Inês correu para dentro da casa. - Luís! Onde você está?Ouvindo o chamado de sua mãe, Luís se soltou do abr
Emanuel olhou para o pequeno Luís, desmaiado nos braços de Inês, e soltou irritado a gravata.Surpreendentemente, se sentiu um pouco preocupado com a segurança do garoto.- Emanuel, se algo acontecer ao meu filho, eu não vou te perdoar! - Disse Inês, com firmeza.Após falar duramente, Inês saiu correndo com Luís nos braços.Emanuel murmurou um palavrão e disse a Valentina e Fabiano, ainda atordoados:- O que estão esperando? Vão atrás dela de carro!Valentina reagiu e correu atrás deles.Emanuel chutou a mesa, se esforçando para controlar suas emoções, depois de algum tempo, também saiu.Valentina levou Inês e Luís ao hospital mais próximo.O médico de emergência examinou Luís, concluindo que o desmaio foi causado por um susto excessivo, falta de alimentação e hidratação durante o dia. Felizmente, não havia outros problemas graves. Uma hidratação e descanso adequados seriam suficientes para sua recuperação.Inês, ainda preocupada, verificou o pulso de Luís para se certificar de que e
A empregada rapidamente apanhou o celular do chão e o entregou a Noemia:- Srta. Noemia, seu telefone está tocando.Noemia, torcendo o braço de Rosana com força, a empurrou para longe antes de pegar o telefone. Ao reconhecer a identificação da chamada, ela subiu imediatamente as escadas com o aparelho em mãos.- Rosana, me deixa ver, está bem? - A empregada, comovida, ajudou Rosana a se levantar do chão. Ao observar o braço da menina, percebeu que estava repleto de hematomas roxos.- Como sua mãe pode ser tão cruel! - Exclamou, com os olhos marejados de lágrimas.Rosana cobriu os hematomas com a manga da camisa, falando de maneira fraca:- Tia, estou bem.Ela já estava habituada àquela situação.A empregada suspirou interiormente, lamentando a precoce maturidade da menina.Noemia retornou ao seu quarto e atendeu a chamada.- Alô, senhor.- Inês voltou sozinha? - Indagou a voz de Pedro do outro lado da linha.Noemia franziu levemente a testa:- Hoje, na Mansão de Monte Vista, ela esta
Observando o rostinho pálido de seu filho, Inês subitamente se arrependeu de ter o trazido de volta para o país. Embora os dias no castelo fossem um pouco tediosos, eram seguros e não expunham seu filho a perigos. Valentina deu um leve tapinha no ombro de Inês, confortando ela: - Inês, não se preocupe, o médico acabou de dizer que Luís vai ficar bem.Inês assentiu, mas permaneceu em silêncio. Após todo o estresse da noite, quando Luís terminou de receber soro, já era quase meia-noite. Valentina ficou ao lado de Inês durante todo o tempo, claramente preocupada com Luís. No entanto, ela ainda achava difícil acreditar que Luís fosse filho de Inês, pois nunca tinha ouvido Inês mencioná-lo antes.Valentina olhou para Inês, hesitando várias vezes antes de perguntar sobre Luís. Vendo Inês tão preocupada, decidiu não abordar o assunto. Após um momento de reflexão, Valentina mudou de tópico: - Inês, onde você esteve nos últimos seis meses?Inês sorriu fracamente:- Não fui a lugar nenh