Inês dizia a si mesma para aguentar firme, pois João logo a encontraria.O anoitecer no mar chegava extraordinariamente cedo.Inês estava relaxando com os olhos fechados, cuidando de sua energia, quando de repente a porta foi aberta por alguém.Um homem entrou, com uma expressão séria.Inês ficou alerta, se levantando. - O que vocês estão fazendo? - Perguntou ela.O homem, sem muita conversa, a levou para fora.Inês, preocupada com o bebê em sua barriga, sabia que a resistência era inútil, então parou de lutar. O homem a levou para o convés, a forçou a se sentar em uma cadeira e amarrou seus membros.- O que vocês estão... - Antes que pudesse terminar, Inês teve a boca tapada com fita adesiva.No próximo momento, dois homens trouxeram outra mulher.Ao se aproximarem, Inês percebeu que era a Noemia.Eles a tinham capturado também!Noemia foi amarrada em outra cadeira, a poucos metros de Inês.O vento noturno no mar estava forte, uivando sem parar, e Noemia tremia de frio.Inês apertou
Inês foi jogada dentro de uma pequena cabine com pouca luz no convés do navio. Quatro ou cinco homens entraram apressados, tirando as roupas e avançando em sua direção com risadas maliciosas.- Não cheguem perto!Inês continuou recuando, mas suas mãos e pés estavam amarrados, impossibilitando ela de escapar dos toques invasivos.Essa cena era como uma repetição daquela noite infernal de cinco anos atrás, onde o sentimento avassalador de medo a envolvia...Inês encolhia desesperadamente seu corpo, enquanto o medo interminável se espalhava por seus olhos. Ela mordia os lábios com força, um filete de sangue vermelho escorria, acompanhado por lágrimas de desespero nos cantos dos olhos.No entanto, nesse momento, um estrondo ecoou e um homem irrompeu pela porta, chutando os homens que se aproximavam de Inês.- Túlio... Dr. Túlio, você...Os outros homens, surpresos, recuaram. Túlio, com uma expressão sombria, olhou fixamente para eles.- Quem não quer morrer, saia daqui!Os homens se entreo
Dora piscou os olhos, surpresa ao perceber que ele não disse uma palavra para acalmar ela. Ao ela acordar, a primeira coisa que ele fez foi perguntar sobre a Inês.Dora, com lágrimas nos olhos, olhou para Emanuel. - Sr. Emanuel, a pessoa que me sequestrou foi a Inês.Emanuel ficou tenso. - Isso é impossível!Inês não faria algo assim sem motivo! Se ela quisesse lidar com a Dora, com suas habilidades, não precisaria se dar ao trabalho desse sequestro todo.Dora chorou, com a respiração entrecortada. - É verdade, foi ela quem me sequestrou. Ela me deixou à deriva no mar, dizendo que era para eu me virar sozinha... Sr. Emanuel, acredite em mim, eu não estou mentindo...Emanuel interrompeu Dora e falou com firmeza. - Para onde eles foram?- Eu, eu não sei...- Ampliem a área de busca! - Emanuel ordenou imediatamente a seus subordinados.Noemia observou Emanuel se afastar, com as mãos cerradas. O vento no mar era forte e, antes das cinco horas, o céu já estava escuro.Noemia se lembro
Inês foi levada de olhos vendados para um porão. Os capangas de Dedé a fizeram sentar em uma cadeira, amarrando firmemente a parte superior do corpo com cordas no encosto. Em seguida, pegaram algemas e prenderam todos os dedos de suas mãos.A venda nos olhos foi arrancada e a intensa luz fez com que Inês instintivamente fechasse os olhos. - Hahahaha... - A risada sombria de Dedé ecoou. Inês se acostumou à luz e olhou na direção da voz.Dedé se aproximou em uma cadeira de rodas, com um sorriso de satisfação no rosto. - Eu sabia que você me parecia familiar. Acontece que realmente nos conhecemos antes.Inês semicerrou os olhos e respondeu friamente: - É mesmo?- Não se lembra? Sem problemas, me deixe refrescar sua memória. - Dedé pausou, revelando um sorriso maligno. - Há cinco anos, na África do Sul...As pupilas de Inês se contraíram, seu rosto ficou pálido como papel. - O que, lembrou agora? - Você... Foi você... - Inês disse com dificuldade.Dedé ergueu o queixo e continuou:-
Inês não conseguia se controlar, seu corpo tremia incessantemente, a dor intensa atacava cada célula de seu corpo.- Ah...Menos de um minuto depois, Inês parecia ter sido retirada da água, completamente suada, com o rosto corado pela dor, parecendo um trapo.Que dor...O homem que havia injetado algo em Inês abriu outra caixa, tirando uma pequena garrafa de líquido azul.Túlio viu claramente o que o homem segurava e gritou desesperadamente:- Pare! Pare agora! Dedé!Aquilo era uma droga proibida que se fosse injetada no corpo, amplificava a dor dez vezes. Até as velhas feridas do corpo seriam despertadas e qualquer ferida aberta ficaria com uma cicatriz permanente. Nem mesmo um homem de ferro suportaria tal sofrimento.Além disso, Inês estava grávida.- Dedé, faça seus homens pararem! Você vai matar ela assim. Se ela morrer, a serpente também morrerá. Pense bem! - Túlio gritou.Esse lunático!Se soubesse que Dedé faria isso com Inês, Túlio nunca teria revelado sobre o Rei das Serpente
O som da explosão ecoou abruptamente. A mansão de quatro andares desabou estrondosamente, com chamas subindo aos céus.A súbita reviravolta deixou Thiago pálido, que sem tempo para se preocupar com Dedé, correu em direção à mansão em chamas.“João ainda está lá dentro, ele...”Entre as chamas, João emergiu correndo da mansão.Embora ferido no braço, sua vida não corria perigo.João gritou:- Rápido, salvem as pessoas! Havia mais dos seus lá dentro.- João! - Thiago correu até ele, ainda assustado.- Dedé disse que Inês está no porão.Sem dizer nada, João destravou a arma com um clique e se dirigiu a Dedé.- Fale, onde está Inês?!João conteve o impulso de atirar em Dedé, a arma pressionada firmemente contra sua têmpora, com uma fúria ardente no coração e os olhos vermelhos de raiva.Dedé ergueu a cabeça para olhar para João, seus olhos estreitos estavam levemente cerrados:- Eu disse, no porão!- Não havia ninguém no porão!Foi o primeiro lugar que ele foi ao entrar na mansão.No por
João parou seus passos e olhou para Inês, deitada na sala de cirurgia.- Como ela está? - Perguntou.Antônio olhou para o relógio e respondeu: - Você tem mais três minutos para se trocar.João se virou e saiu às pressas.Dois minutos depois, João, vestindo trajes cirúrgicos, retornou à sala de cirurgia.Se aproximou de Inês, tremendo, e seu olhar caiu sobre as feridas nos pulsos dela, seus olhos quase explodiram de raiva."Maldito seja, ele ousou a ferir assim!"- Inês, eu não vou deixar nada acontecer com você.Enquanto isso.De repente, Emanuel cuspiu sangue e desmaiou. O médico no barco foi incapaz de diagnosticar sua condição e, sem alternativa, ele foi enviado de volta para a Cidade J.No caso de Inês, Matheus e Bryan também não se atreveram a demorar. Após enviar Emanuel, seguiram imediatamente para a Ilha Hillary.Quando chegaram, a mansão de Dedé já estava reduzida a cinzas.Bryan e seus homens vasculharam a ilha por um dia e uma noite, mas não encontraram vestígios de Inês o
País F.Montanhas Leenders, a neve estava caindo intensamente.O antigo castelo ao pé da montanha estava coberto pela neve branca e densa, apresentando uma aparência deslumbrante, prateada.Um pequenino, envolto numa capa de caxemira, saiu da casa e correu com suas pequenas pernas em direção ao jardim de inverno do castelo.Ao entrar, começou a colher flores, segurando uma cesta.Rosas, hortênsias, tulipas, miosótis...Em pouco tempo, a cesta do pequenino estava repleta de flores coloridas e vibrantes.Correndo de volta com a cesta, ele tropeçou e caiu no caminho.A cesta rolou pelo chão e as flores se espalharam na neve.O pequenino se levantou rapidamente, sem se importar com o joelho machucado, e se apressou em recolher as flores.- Luís! - Thiago saiu da casa e pegou Luís no colo.Luís apontou para as flores no chão, tentando sair dos braços dele.Thiago acariciou sua cabeça e pediu aos empregados que recolhessem as flores, enquanto levava Luís para dentro de casa.- Como você saiu