Inês foi levada de olhos vendados para um porão. Os capangas de Dedé a fizeram sentar em uma cadeira, amarrando firmemente a parte superior do corpo com cordas no encosto. Em seguida, pegaram algemas e prenderam todos os dedos de suas mãos.A venda nos olhos foi arrancada e a intensa luz fez com que Inês instintivamente fechasse os olhos. - Hahahaha... - A risada sombria de Dedé ecoou. Inês se acostumou à luz e olhou na direção da voz.Dedé se aproximou em uma cadeira de rodas, com um sorriso de satisfação no rosto. - Eu sabia que você me parecia familiar. Acontece que realmente nos conhecemos antes.Inês semicerrou os olhos e respondeu friamente: - É mesmo?- Não se lembra? Sem problemas, me deixe refrescar sua memória. - Dedé pausou, revelando um sorriso maligno. - Há cinco anos, na África do Sul...As pupilas de Inês se contraíram, seu rosto ficou pálido como papel. - O que, lembrou agora? - Você... Foi você... - Inês disse com dificuldade.Dedé ergueu o queixo e continuou:-
Inês não conseguia se controlar, seu corpo tremia incessantemente, a dor intensa atacava cada célula de seu corpo.- Ah...Menos de um minuto depois, Inês parecia ter sido retirada da água, completamente suada, com o rosto corado pela dor, parecendo um trapo.Que dor...O homem que havia injetado algo em Inês abriu outra caixa, tirando uma pequena garrafa de líquido azul.Túlio viu claramente o que o homem segurava e gritou desesperadamente:- Pare! Pare agora! Dedé!Aquilo era uma droga proibida que se fosse injetada no corpo, amplificava a dor dez vezes. Até as velhas feridas do corpo seriam despertadas e qualquer ferida aberta ficaria com uma cicatriz permanente. Nem mesmo um homem de ferro suportaria tal sofrimento.Além disso, Inês estava grávida.- Dedé, faça seus homens pararem! Você vai matar ela assim. Se ela morrer, a serpente também morrerá. Pense bem! - Túlio gritou.Esse lunático!Se soubesse que Dedé faria isso com Inês, Túlio nunca teria revelado sobre o Rei das Serpente
O som da explosão ecoou abruptamente. A mansão de quatro andares desabou estrondosamente, com chamas subindo aos céus.A súbita reviravolta deixou Thiago pálido, que sem tempo para se preocupar com Dedé, correu em direção à mansão em chamas.“João ainda está lá dentro, ele...”Entre as chamas, João emergiu correndo da mansão.Embora ferido no braço, sua vida não corria perigo.João gritou:- Rápido, salvem as pessoas! Havia mais dos seus lá dentro.- João! - Thiago correu até ele, ainda assustado.- Dedé disse que Inês está no porão.Sem dizer nada, João destravou a arma com um clique e se dirigiu a Dedé.- Fale, onde está Inês?!João conteve o impulso de atirar em Dedé, a arma pressionada firmemente contra sua têmpora, com uma fúria ardente no coração e os olhos vermelhos de raiva.Dedé ergueu a cabeça para olhar para João, seus olhos estreitos estavam levemente cerrados:- Eu disse, no porão!- Não havia ninguém no porão!Foi o primeiro lugar que ele foi ao entrar na mansão.No por
João parou seus passos e olhou para Inês, deitada na sala de cirurgia.- Como ela está? - Perguntou.Antônio olhou para o relógio e respondeu: - Você tem mais três minutos para se trocar.João se virou e saiu às pressas.Dois minutos depois, João, vestindo trajes cirúrgicos, retornou à sala de cirurgia.Se aproximou de Inês, tremendo, e seu olhar caiu sobre as feridas nos pulsos dela, seus olhos quase explodiram de raiva."Maldito seja, ele ousou a ferir assim!"- Inês, eu não vou deixar nada acontecer com você.Enquanto isso.De repente, Emanuel cuspiu sangue e desmaiou. O médico no barco foi incapaz de diagnosticar sua condição e, sem alternativa, ele foi enviado de volta para a Cidade J.No caso de Inês, Matheus e Bryan também não se atreveram a demorar. Após enviar Emanuel, seguiram imediatamente para a Ilha Hillary.Quando chegaram, a mansão de Dedé já estava reduzida a cinzas.Bryan e seus homens vasculharam a ilha por um dia e uma noite, mas não encontraram vestígios de Inês o
País F.Montanhas Leenders, a neve estava caindo intensamente.O antigo castelo ao pé da montanha estava coberto pela neve branca e densa, apresentando uma aparência deslumbrante, prateada.Um pequenino, envolto numa capa de caxemira, saiu da casa e correu com suas pequenas pernas em direção ao jardim de inverno do castelo.Ao entrar, começou a colher flores, segurando uma cesta.Rosas, hortênsias, tulipas, miosótis...Em pouco tempo, a cesta do pequenino estava repleta de flores coloridas e vibrantes.Correndo de volta com a cesta, ele tropeçou e caiu no caminho.A cesta rolou pelo chão e as flores se espalharam na neve.O pequenino se levantou rapidamente, sem se importar com o joelho machucado, e se apressou em recolher as flores.- Luís! - Thiago saiu da casa e pegou Luís no colo.Luís apontou para as flores no chão, tentando sair dos braços dele.Thiago acariciou sua cabeça e pediu aos empregados que recolhessem as flores, enquanto levava Luís para dentro de casa.- Como você saiu
Thiago franziu a testa: - Ele é muito teimoso. Já usamos todos os métodos possíveis, mas ele ainda se recusa a falar.João, parado diante da janela, estendeu a mão para pegar alguns flocos de neve que caíam, com um sorriso sanguinário nos lábios.Quanto mais ele se recusava a falar, mais significativo era o segredo por trás disso.João se dirigiu pessoalmente ao porão.O clima frio e nevado do inverno tornava o já úmido porão ainda mais frio e sombrio.O vento gelado soprava pela janela de ferro, fazendo até os móveis sentirem frio.O som dos passos de suas botas no chão ecoava como sinos da morte.Dedé estava com os braços presos verticalmente por uma corrente de ferro, com os pés descalços e as pernas ensanguentadas. Ele mantinha a cabeça baixa e os cabelos congelados cobriam a maior parte do seu rosto.João olhou sem expressão para Dedé à sua frente: - Ainda se recusa a falar?Esse velho realmente aguentava muito. Estava completamente além das suas expectativas.Todos os dedos de
Sob a voz sedutora de Paul, Dedé começou a relaxar e lentamente abriu os olhos.- Isso mesmo, não tenha medo. Eu vou te libertar, te afastar de toda dor. Agora, me conte tudo o que você sabe...Dedé olhava fixamente para Paul com um olhar vazio, repetindo suas palavras: - Tudo o que eu sei...- Sim, o ataque que você desencadeou no País N há cinco anos, quem mais estava envolvido além de você...- Há cinco anos, no País N, a família Antunes, quer dizer, eu e o Sr. Antunes...O inverno no País F durou muito tempo.No próximo março, com a neve derretendo e a primavera se aproximando. As Montanhas Leenders ganhavam vida.Na primavera, pequenos animais frequentemente se aventuravam no castelo em busca de comida.As flores silvestres nas montanhas floresciam mais radiantes do que as da estufa do castelo.O aroma era intoxicante, atraindo abelhas e borboletas.O castelo, silencioso durante todo o inverno, não se tornava mais animado com a chegada da primavera. Continuava a ser um lugar de s
Inês olhou para Vera, abriu a boca e, com voz rouca, disse:- Vera...Vera, emocionada, com lágrimas escorrendo pelo rosto, imediatamente tocou a campainha para chamar a enfermeira e mandou alguém avisar João e os outros.Rapidamente, médicos e enfermeiras entraram no quarto.Inês, deitada na cama, se deixou ser examinada por eles.Antes mesmo de os médicos terminarem a avaliação, João, Thiago e Paul chegaram.Após examinar Inês, o médico relatou a João: - A Srta. Inês está com todos os índices vitais normalizados, mas, como acabou de acordar, ainda está um pouco fraca. Nos próximos dois dias, é melhor permanecer na cama para se recuperar. Afinal, ficou deitada por muito tempo e vai levar um tempo até se recuperar completamente...“Ela se recuperou de ferimentos tão graves, é realmente um milagre!” O médico pensou consigo mesmo.No início, ele e outros médicos acreditavam que Inês poderia permanecer em estado vegetativo para sempre.Inesperadamente, em apenas meio ano, ela acordou mil