O médico mal teve tempo de terminar suas palavras quando a voz de Inês ecoou pela sala.João entrou apressado e a viu deitada na cama, com o rosto pálido, respirando ofegante e encharcada de suor, parecendo ter saído recentemente da água.- João. - Murmurou Inês, estendendo a mão com dificuldade, tentando alcançar ele.João segurou a mão de Inês. - Inês, eu não vou deixar nada acontecer com você! - Assegurou João. Ele lembrava das histórias de seu padrasto sobre a venenosa Rei das Serpentes. Mesmo ela tendo ingerido a Flor de Jade Fosca para conter a toxina, surpreendentemente, a reação venenosa voltou rapidamente.Inês balançou a cabeça, olhando para ele com os olhos cheios de súplica. - Salve meu filho, eu não quero interromper a gravidez. - Pediu Inês. - Srta. Inês, se insistirmos na gravidez, não podemos administrar analgésicos, o que significa que seu corpo ficará em agonia por um longo tempo, o que também é perigoso para o feto. - Aconselhou o médico. Inês sacudiu a cabeça e
Na Cidade J.Matheus foi rápido ao trabalho, indo pessoalmente até a Cidade P na mesma tarde.Devido à idade e posição do Sr. Gustavo, Matheus não teve coragem de confrontar ele diretamente. Então, após alguma hesitação, ele o ludibriou usando a desculpa do incidente com Inês para levar ele até a Cidade J.Ao chegar na Cidade J, Matheus levou o Sr. Gustavo para uma mansão afastada, mantendo ele contra sua a vontade.Gustavo passou a viagem toda preocupado, pensando em Inês. Ao chegar ao local, se sentiu alividado ao descobrir que tudo era apenas uma desculpa inventada por Matheus. Pelo menos, sabia que Inês estava bem.Ele não sabia o que havia acontecido entre Inês e Emanuel, apenas ouvia Matheus dizer que Inês os havia traído. Gustavo, preocupado com o bem-estar de Inês, tentou ligar para ela inúmeras vezes, mas todas as chamadas caíram na caixa postal. Cauã permaneceu ao lado do Sr. Gustavo o tempo todo. Desta vez, ele veio a Cidade J com Sr. Gustavo. Ao descobrir que caíram em um
Ele estava preparando tudo cuidadosamente, querendo dar a ela o melhor deste mundo. No entanto, ela aparentemente não se importava com nada disso. Sua ternura, seus sentimentos por ele, tudo era falso. Quanto mais ele pensava nisso, mais a raiva nos olhos de Emanuel aumentava.- Alô, Sr. Emanuel? Você está aí? - Perguntou a pessoa do outro lado da linha, já que não ouviu nenhuma resposta.- Não precisa mais. Vamos parar tudo agora. - Respondeu Emanuel, friamente. Casamento e coisas do tipo não eram mais necessários.Sem esperar pela pergunta da outra pessoa, Emanuel desligou o celular.- Sr. Emanuel, que tal comer alguma coisa? - Sugeriu Fabiano.Emanuel deu um gole no café. - Sai daqui. Não estou com fome. - Disse Emanuel. Fabiano hesitou em falar mas acabou não dizendo nada.Nesse momento, o celular de Emanuel tocou novamente.- O que foi? - Atendeu Emanuel com impaciência. - Sr. Emanuel, uma senhorita chegou. Ela disse que se chama Dora e trouxe uma menininha consigo. Ela quer
Nina ouviu as palavras de Noemia e levantou as sobrancelhas, surpresa.“Ela conhece Inês, e ousou trazer a criança para a mansão. O que ela está pensando? Quer tomar o lugar dela?”Nina ficou ainda mais desconfiada do caráter de Noemia. - Você está se referindo à nossa senhora? Ela foi visitar a antiga casa dela alguns dias atrás. - Respondeu Nina com um sorriso sem graça. O termo "senhora" deixava claro o status de Inês naquela casa.- É mesmo? - Disse Noemia, sorrindo levemente, dando um gole em seu chá. Haviam se passaram cinco dias desde que Emanuel deixou a Villa da Brisa e nesse tempo ele não apareceu para ver elas. Ele não atendia suas ligações. Logo, Noemia estava preocupada de que Emanuel a ignorasse eternamete por causa de Inês.Mas, surpreendentemente, Inês já tinha ido embora nos últimos dias.Para Noemia, era uma boa oportunidade.Noemia colocou a xícara de lado e segurou a mão de Rosana.- Minha filha, você precisa ir ao banheiro? - Perguntou Noemia. Rosana estava obs
- Pipoca só atende a senhora e o Sr. Emanuel, se alguém estranho a chama, ela nem liga. - Explicou Nina. O sorriso no rosto de Noemia congelou por um momento, mas logo voltou ao normal. “Essa velha, ousou insinuar que sou uma estranha. Quando eu me tornar a dona da casa, a primeira coisa que farei será demitir ela.”Nesse momento, o som do motor de um carro chegou de fora. Noemia especulou que provavelmente era Emanuel voltando.- Rosana, o papai chegou. - Disse Noemia. Rosana assentiu, pulou imediatamente do sofá e correu para fora.Emanuel saiu do carro e, após dar apenas alguns passos, viu Rosana correndo em sua direção.- Papai! - Gritou Rosana.A pequena menina tinha um sorriso animado no rosto, com uma voz doce e fofa, difícil de resistir. Emanuel parou, e Rosana correu direto para abraçar suas pernas.Rosana olhou para cima, piscando os grandes olhos brilhantes.- Papai, você voltou, estava com muitas saudades. - Disse Rosana. Emanuel se derreteu por dentro e a pegou no colo
No quarto do andar de cima.Uma brisa fria da noite passava, o aroma das flores embriagava.Emanuel estava sentado no sofá da varanda do quarto, com o olhar sombrio fixo nas rosas do jardim.Ainda que muitas rosas tivessem murchado, ainda era possível sentir o aroma forte.Emanuel pegou uma taça de vinho tinto e deu um gole, se sentindo incomodado com tudo que estava acontecendo. Ele pegou o celular e ligou para aquele número que sabia de cor.“Desculpe, o número que você discou está desligado...”O telefone de Inês ainda estava desligado.Emanuel apertou firmemente o celular, suspeitando que, se suas suposições estivessem corretas, Inês provavelmente estava com João agora.Nos últimos dias, ele quis perguntar a João sobre o paradeiro de Inês inúmeras vezes, mas se forçou a se conter.Ele pensou que, depois de raptar o Sr. Gustavo, Inês voltaria obedientemente, mas, para sua surpresa, se passaram dias e ela ainda não havia dado sinal.Desta vez, ele estava sendo surpreendentemente pac
João deu uma pausa.- Além disso, ela não quer mais nada com você. - Disse João, em um tom convencido. - Não quer mais nada comigo? Só se ela estiver sonhando! - Retrucou Emanuel, com uma veia pulsando na testa.Deixando de lado os assuntos emocionais, só pelo fato dela ter roubado os arquivos confidenciais de X era motivo suficiente para ele não deixar barato.- Emanuel, não se esqueça da nossa aposta. Apenas aceite que perdeu. Então, você deve cumprir o combinado e nunca mais aparecer diante dela. Quanto à rivalidade entre X e a Seita Invisível, temos muito tempo para resolver. Vamos levar isso devagar! - Disse João. - Você acha que fazer a Inês roubar aqueles arquivos confidenciais vai abalar as bases de X? - Disse Emanuel, rindo friamente.João não se deixou intimidar. - Não custa tentar. Emanuel, nossa competição está apenas começando. - Disse João. Depois de ponderar, João continuou. - Na verdade, você está certo. O objetivo da Inês ao se aproximar de você era roubar informaçõ
No País F, João desligou o celular e imediatamente chamou Thiago.- O avô da Inês foi capturado pelo Emanuel. Envie algumas pessoas para a Cidade J para efetuar o resgate. - Orientou João. Thiago, ao ouvir, teve uma sutil mudança de expressão no rosto.O Sr. Gustavo era o único parente de sangue da Inês neste mundo. Se algo acontecesse com ele, Inês nunca se perdoaria.- Emanuel pegou o Sr. Gustavo para forçar a Inês a se reveler? - Perguntou Thiago.- Claro! Ou você acha que ele está cuidando do aposentadoria dele? - Respondeu João. Thiago ficou sem palavras.- Mas por que ele está fazendo isso? Inês e ele... - Perguntou Thiago, após hesitar por um momento. Thiago estava prestes a dizer algo quando de repente refletiu e perguntou. - Emanuel não acha que os documentos confidenciais de X foram roubados pela Inês, né?João sorriu ironicamente. Ele instruiu Vera a trazer Inês de volta assim que conseguisse, apenas para levantar suspeitas sobre ela para o Emanuel.Aparentemente ele tinha