- Pipoca só atende a senhora e o Sr. Emanuel, se alguém estranho a chama, ela nem liga. - Explicou Nina. O sorriso no rosto de Noemia congelou por um momento, mas logo voltou ao normal. “Essa velha, ousou insinuar que sou uma estranha. Quando eu me tornar a dona da casa, a primeira coisa que farei será demitir ela.”Nesse momento, o som do motor de um carro chegou de fora. Noemia especulou que provavelmente era Emanuel voltando.- Rosana, o papai chegou. - Disse Noemia. Rosana assentiu, pulou imediatamente do sofá e correu para fora.Emanuel saiu do carro e, após dar apenas alguns passos, viu Rosana correndo em sua direção.- Papai! - Gritou Rosana.A pequena menina tinha um sorriso animado no rosto, com uma voz doce e fofa, difícil de resistir. Emanuel parou, e Rosana correu direto para abraçar suas pernas.Rosana olhou para cima, piscando os grandes olhos brilhantes.- Papai, você voltou, estava com muitas saudades. - Disse Rosana. Emanuel se derreteu por dentro e a pegou no colo
No quarto do andar de cima.Uma brisa fria da noite passava, o aroma das flores embriagava.Emanuel estava sentado no sofá da varanda do quarto, com o olhar sombrio fixo nas rosas do jardim.Ainda que muitas rosas tivessem murchado, ainda era possível sentir o aroma forte.Emanuel pegou uma taça de vinho tinto e deu um gole, se sentindo incomodado com tudo que estava acontecendo. Ele pegou o celular e ligou para aquele número que sabia de cor.“Desculpe, o número que você discou está desligado...”O telefone de Inês ainda estava desligado.Emanuel apertou firmemente o celular, suspeitando que, se suas suposições estivessem corretas, Inês provavelmente estava com João agora.Nos últimos dias, ele quis perguntar a João sobre o paradeiro de Inês inúmeras vezes, mas se forçou a se conter.Ele pensou que, depois de raptar o Sr. Gustavo, Inês voltaria obedientemente, mas, para sua surpresa, se passaram dias e ela ainda não havia dado sinal.Desta vez, ele estava sendo surpreendentemente pac
João deu uma pausa.- Além disso, ela não quer mais nada com você. - Disse João, em um tom convencido. - Não quer mais nada comigo? Só se ela estiver sonhando! - Retrucou Emanuel, com uma veia pulsando na testa.Deixando de lado os assuntos emocionais, só pelo fato dela ter roubado os arquivos confidenciais de X era motivo suficiente para ele não deixar barato.- Emanuel, não se esqueça da nossa aposta. Apenas aceite que perdeu. Então, você deve cumprir o combinado e nunca mais aparecer diante dela. Quanto à rivalidade entre X e a Seita Invisível, temos muito tempo para resolver. Vamos levar isso devagar! - Disse João. - Você acha que fazer a Inês roubar aqueles arquivos confidenciais vai abalar as bases de X? - Disse Emanuel, rindo friamente.João não se deixou intimidar. - Não custa tentar. Emanuel, nossa competição está apenas começando. - Disse João. Depois de ponderar, João continuou. - Na verdade, você está certo. O objetivo da Inês ao se aproximar de você era roubar informaçõ
No País F, João desligou o celular e imediatamente chamou Thiago.- O avô da Inês foi capturado pelo Emanuel. Envie algumas pessoas para a Cidade J para efetuar o resgate. - Orientou João. Thiago, ao ouvir, teve uma sutil mudança de expressão no rosto.O Sr. Gustavo era o único parente de sangue da Inês neste mundo. Se algo acontecesse com ele, Inês nunca se perdoaria.- Emanuel pegou o Sr. Gustavo para forçar a Inês a se reveler? - Perguntou Thiago.- Claro! Ou você acha que ele está cuidando do aposentadoria dele? - Respondeu João. Thiago ficou sem palavras.- Mas por que ele está fazendo isso? Inês e ele... - Perguntou Thiago, após hesitar por um momento. Thiago estava prestes a dizer algo quando de repente refletiu e perguntou. - Emanuel não acha que os documentos confidenciais de X foram roubados pela Inês, né?João sorriu ironicamente. Ele instruiu Vera a trazer Inês de volta assim que conseguisse, apenas para levantar suspeitas sobre ela para o Emanuel.Aparentemente ele tinha
O veneno do Rei das Serpentes estava agindo, fazendo Inês sofrer por um dia inteiro. Então, João usou o método de veneno contra veneno para aliviar temporariamente a dor de Inês mas isso a deixou em um coma prolongado.A cada duas horas, o médico media a pressão arterial e a temperatura de Inês e a cada vinte e quatro horas, uma injeção para manter a gravidez era aplicada em sua barriga.Thiago entrou, conversou com o médico e enfatizou que hoje era um dia crucial, pedindo uma vigilância intensiva da situação de Inês.Vera olhou para o rosto pálido de Inês, preocupada. - Thiago, Inês está inconsciente há três dias, será que está tudo bem mesmo? - Perguntou Vera. - Fique tranquila, João não permitirá que algo aconteça com ela. - Respondeu Thiago. - Inês, você precisa ser forte para superar isso. - Disse Vera, segurando as mãos delicadas de Inês. Vera olhou para a barriga de Inês e suspirou interiormente. Na verdade, ela não conseguia entender por que Inês estava se esforçando tanto
Ao João sair, Vera entrou logo depois. - Inês, como você está? - Perguntou Vera.Vera olhou para o rosto cansado de Inês, e sentiu um pouco de arrependimento. Se não fosse por ela ter trazido Inês desmaiada, ela não teria sido atacada pelo veneno.- Estou bem. - Disse Inês, balançando a cabeça. - Desculpe. - Lamentou Vera, parada diante de Inês, abaixando a cabeça, se sentindo culpada demais para encarar ela. Ela prometeu que, quando Inês acordasse, deixasse ela lidar com a situação do jeito dela.Inês sorriu com um toque de autodepreciação. - Não precisa se desculpar. Se não fosse por vocês, eu teria continuado sendo usada por Emanuel como uma tola. - Disse Inês. Vera olhou para Inês, querendo dizer algo, mas se conteve. Ela também já havia sido traída e usada pelo seu amor, então sabia o quanto isso doía.- Inês, aquele traste do Emanuel não te merece. Um dia, você encontrará alguém que se dedique completamente a você. - Disse Vera.Inês encarou Vera e de repente sorriu.Essas e
- Sr. Emanuel. - Ecoou uma voz feminina. Inês levantou a cabeça e viu Dora.Assim que o viu, Emanuel largou a tesoura sem hesitar e foi em direção a ela.- Emanuel! - Gritou Inês, não querendo que ele partisse.Emanuel apenas lançou um olhar de relance para ela, abraçou os ombros de Dora e a deixou, decidido.A explosão aconteceu e, em meio as chamas, ela via Emanuel e Dora se casando na igreja da Quinta de E&I.- Emanuel! - Acordou Inês, gritando e respirando pesadamente, com suor frio na testa.Que sonho assustador.A primeira metade foi baseada em eventos reais, será que isso sugeria que a segunda metade também se concretizaria?Emanuel iria se casar com Dora?De repente, Inês pegou o celular e o ligou.Havia dezenas de chamadas não atendidas no celular, a maioria delas de Emanuel.Inês olhou para o número que ela tinha salvo como "Querido" e, com os dedos trêmulos, fez uma ligação de volta.O celular tocou, mas ninguém atendeu.Nesta hora, na Cidade J, já era de manhã.Inês tomou
Emanuel entrou e, de imediato, viu Noemia segurando seu celular.- Sr. Emanuel, seu celular tocou há pouco, eu... - Disse Noemia, escondendo a ansiedade em seus olhos. Antes que ela terminasse, o celular de Emanuel começou a tocar. Noemia ficou aliviada e entregou o celular para ele, dizendo. - Sr. Emanuel, a ligação chegou de novo.Emanuel atendeu e era Matheus do outro lado.- Alô. - Disse Matheus. No instante seguinte, ele disse. - Sr. Emanuel, acabei de receber uma informação. Rahman chegou a Cidade J, e ele trouxe alguns capangas consigo.- Além dele, tem mais alguém? - Perguntou Emanuel, franzindo a testa. - Não, só ele. - Respondeu Matheus. Emanuel apertou o queixo. - Mande alguém ficar de olho nele! - Ordenou Emanuel. - Ok. - Assentiu Matheus. - Alguma movimentação recente do lado do Sr. Gustavo? - Perguntou Emanuel.- Estamos monitorando constantemente. Nada de anormal. O Sr. Gustavo também está muito calmo. - Respondeu Matheus. Matheus realmente admirava o avô de Inês.