Ele estava preparando tudo cuidadosamente, querendo dar a ela o melhor deste mundo. No entanto, ela aparentemente não se importava com nada disso. Sua ternura, seus sentimentos por ele, tudo era falso. Quanto mais ele pensava nisso, mais a raiva nos olhos de Emanuel aumentava.- Alô, Sr. Emanuel? Você está aí? - Perguntou a pessoa do outro lado da linha, já que não ouviu nenhuma resposta.- Não precisa mais. Vamos parar tudo agora. - Respondeu Emanuel, friamente. Casamento e coisas do tipo não eram mais necessários.Sem esperar pela pergunta da outra pessoa, Emanuel desligou o celular.- Sr. Emanuel, que tal comer alguma coisa? - Sugeriu Fabiano.Emanuel deu um gole no café. - Sai daqui. Não estou com fome. - Disse Emanuel. Fabiano hesitou em falar mas acabou não dizendo nada.Nesse momento, o celular de Emanuel tocou novamente.- O que foi? - Atendeu Emanuel com impaciência. - Sr. Emanuel, uma senhorita chegou. Ela disse que se chama Dora e trouxe uma menininha consigo. Ela quer
Nina ouviu as palavras de Noemia e levantou as sobrancelhas, surpresa.“Ela conhece Inês, e ousou trazer a criança para a mansão. O que ela está pensando? Quer tomar o lugar dela?”Nina ficou ainda mais desconfiada do caráter de Noemia. - Você está se referindo à nossa senhora? Ela foi visitar a antiga casa dela alguns dias atrás. - Respondeu Nina com um sorriso sem graça. O termo "senhora" deixava claro o status de Inês naquela casa.- É mesmo? - Disse Noemia, sorrindo levemente, dando um gole em seu chá. Haviam se passaram cinco dias desde que Emanuel deixou a Villa da Brisa e nesse tempo ele não apareceu para ver elas. Ele não atendia suas ligações. Logo, Noemia estava preocupada de que Emanuel a ignorasse eternamete por causa de Inês.Mas, surpreendentemente, Inês já tinha ido embora nos últimos dias.Para Noemia, era uma boa oportunidade.Noemia colocou a xícara de lado e segurou a mão de Rosana.- Minha filha, você precisa ir ao banheiro? - Perguntou Noemia. Rosana estava obs
- Pipoca só atende a senhora e o Sr. Emanuel, se alguém estranho a chama, ela nem liga. - Explicou Nina. O sorriso no rosto de Noemia congelou por um momento, mas logo voltou ao normal. “Essa velha, ousou insinuar que sou uma estranha. Quando eu me tornar a dona da casa, a primeira coisa que farei será demitir ela.”Nesse momento, o som do motor de um carro chegou de fora. Noemia especulou que provavelmente era Emanuel voltando.- Rosana, o papai chegou. - Disse Noemia. Rosana assentiu, pulou imediatamente do sofá e correu para fora.Emanuel saiu do carro e, após dar apenas alguns passos, viu Rosana correndo em sua direção.- Papai! - Gritou Rosana.A pequena menina tinha um sorriso animado no rosto, com uma voz doce e fofa, difícil de resistir. Emanuel parou, e Rosana correu direto para abraçar suas pernas.Rosana olhou para cima, piscando os grandes olhos brilhantes.- Papai, você voltou, estava com muitas saudades. - Disse Rosana. Emanuel se derreteu por dentro e a pegou no colo
No quarto do andar de cima.Uma brisa fria da noite passava, o aroma das flores embriagava.Emanuel estava sentado no sofá da varanda do quarto, com o olhar sombrio fixo nas rosas do jardim.Ainda que muitas rosas tivessem murchado, ainda era possível sentir o aroma forte.Emanuel pegou uma taça de vinho tinto e deu um gole, se sentindo incomodado com tudo que estava acontecendo. Ele pegou o celular e ligou para aquele número que sabia de cor.“Desculpe, o número que você discou está desligado...”O telefone de Inês ainda estava desligado.Emanuel apertou firmemente o celular, suspeitando que, se suas suposições estivessem corretas, Inês provavelmente estava com João agora.Nos últimos dias, ele quis perguntar a João sobre o paradeiro de Inês inúmeras vezes, mas se forçou a se conter.Ele pensou que, depois de raptar o Sr. Gustavo, Inês voltaria obedientemente, mas, para sua surpresa, se passaram dias e ela ainda não havia dado sinal.Desta vez, ele estava sendo surpreendentemente pac
João deu uma pausa.- Além disso, ela não quer mais nada com você. - Disse João, em um tom convencido. - Não quer mais nada comigo? Só se ela estiver sonhando! - Retrucou Emanuel, com uma veia pulsando na testa.Deixando de lado os assuntos emocionais, só pelo fato dela ter roubado os arquivos confidenciais de X era motivo suficiente para ele não deixar barato.- Emanuel, não se esqueça da nossa aposta. Apenas aceite que perdeu. Então, você deve cumprir o combinado e nunca mais aparecer diante dela. Quanto à rivalidade entre X e a Seita Invisível, temos muito tempo para resolver. Vamos levar isso devagar! - Disse João. - Você acha que fazer a Inês roubar aqueles arquivos confidenciais vai abalar as bases de X? - Disse Emanuel, rindo friamente.João não se deixou intimidar. - Não custa tentar. Emanuel, nossa competição está apenas começando. - Disse João. Depois de ponderar, João continuou. - Na verdade, você está certo. O objetivo da Inês ao se aproximar de você era roubar informaçõ
No País F, João desligou o celular e imediatamente chamou Thiago.- O avô da Inês foi capturado pelo Emanuel. Envie algumas pessoas para a Cidade J para efetuar o resgate. - Orientou João. Thiago, ao ouvir, teve uma sutil mudança de expressão no rosto.O Sr. Gustavo era o único parente de sangue da Inês neste mundo. Se algo acontecesse com ele, Inês nunca se perdoaria.- Emanuel pegou o Sr. Gustavo para forçar a Inês a se reveler? - Perguntou Thiago.- Claro! Ou você acha que ele está cuidando do aposentadoria dele? - Respondeu João. Thiago ficou sem palavras.- Mas por que ele está fazendo isso? Inês e ele... - Perguntou Thiago, após hesitar por um momento. Thiago estava prestes a dizer algo quando de repente refletiu e perguntou. - Emanuel não acha que os documentos confidenciais de X foram roubados pela Inês, né?João sorriu ironicamente. Ele instruiu Vera a trazer Inês de volta assim que conseguisse, apenas para levantar suspeitas sobre ela para o Emanuel.Aparentemente ele tinha
O veneno do Rei das Serpentes estava agindo, fazendo Inês sofrer por um dia inteiro. Então, João usou o método de veneno contra veneno para aliviar temporariamente a dor de Inês mas isso a deixou em um coma prolongado.A cada duas horas, o médico media a pressão arterial e a temperatura de Inês e a cada vinte e quatro horas, uma injeção para manter a gravidez era aplicada em sua barriga.Thiago entrou, conversou com o médico e enfatizou que hoje era um dia crucial, pedindo uma vigilância intensiva da situação de Inês.Vera olhou para o rosto pálido de Inês, preocupada. - Thiago, Inês está inconsciente há três dias, será que está tudo bem mesmo? - Perguntou Vera. - Fique tranquila, João não permitirá que algo aconteça com ela. - Respondeu Thiago. - Inês, você precisa ser forte para superar isso. - Disse Vera, segurando as mãos delicadas de Inês. Vera olhou para a barriga de Inês e suspirou interiormente. Na verdade, ela não conseguia entender por que Inês estava se esforçando tanto
Ao João sair, Vera entrou logo depois. - Inês, como você está? - Perguntou Vera.Vera olhou para o rosto cansado de Inês, e sentiu um pouco de arrependimento. Se não fosse por ela ter trazido Inês desmaiada, ela não teria sido atacada pelo veneno.- Estou bem. - Disse Inês, balançando a cabeça. - Desculpe. - Lamentou Vera, parada diante de Inês, abaixando a cabeça, se sentindo culpada demais para encarar ela. Ela prometeu que, quando Inês acordasse, deixasse ela lidar com a situação do jeito dela.Inês sorriu com um toque de autodepreciação. - Não precisa se desculpar. Se não fosse por vocês, eu teria continuado sendo usada por Emanuel como uma tola. - Disse Inês. Vera olhou para Inês, querendo dizer algo, mas se conteve. Ela também já havia sido traída e usada pelo seu amor, então sabia o quanto isso doía.- Inês, aquele traste do Emanuel não te merece. Um dia, você encontrará alguém que se dedique completamente a você. - Disse Vera.Inês encarou Vera e de repente sorriu.Essas e