Ao ouvir Inês falar daquela forma, Emanuel ficou curioso sobre o mestre dela:- Como era seu mestre?A resposta dela foi simples e direta:- Ele faleceu.Emanuel, surpreso, disse:- Meus pêsames.- Não tem problema, meu mestre era idoso, morreu de causas naturais. Quando ele faleceu, ele não levou nenhum arrependimento, partiu com um sorriso nos lábios.- Como seu irmão morreu? - Emanuel perguntou de repente.Ele sabia que os pais de Inês haviam morrido em um acidente aéreo, mas as circunstâncias da morte de seu irmão nunca foram divulgadas pela família Ribeiro, era um verdadeiro mistério.Muitas pessoas nem mesmo sabiam desse irmão mais velho de Inês.Ela pensou por um momento e começou a falar:- Só sei que ele ficou doente, mas não me lembro exatamente qual era a doença. - Naquela época, Inês ainda era jovem e não se lembrava de muitos detalhes. - Se meu ainda irmão estivesse vivo, com certeza ele estaria à frente da família Ribeiro agora, e eu poderia fazer o que quisesse, como Val
- Não!Inês acordou assustada com um pesadelo, e se levantou bruscamente, com as costas cobertas de suor frio.- Inês!Emanuel correu para o quarto apressadamente, e a encontrou sentada na cama com o olhar vazio, o rosto pálido e o peito subindo e descendo violentamente.Ele se apressou em abraçá-la, e perguntou com uma voz urgente e preocupada:- O que houve, foi um pesadelo? Está se sentindo mal?Inês voltou a si, e enterrou o rosto no pescoço de Emanuel, respirando fundo.O aroma familiar do homem lhe deu uma sensação de segurança.Inês abraçou sua cintura, e falou com voz abafada:- Emanuel, eu tive um pesadelo terrível.Ela sonhou novamente com aquele incidente de cinco anos atrás.Era horrível.Emanuel acariciava suas costas, acompanhando calmamente sua respiração.- Não tenha medo, já passou, tudo o que acontece nos sonhos é falso, não é a realidade.Inês fechou os olhos, tentando conter as lágrimas.Emanuel massageava a nuca dela, com uma voz suave:- Inês, eu sempre estarei ao
Inês estava confusa.- Félix? Ethan?Ambos os nomes lhe eram estranhos.- Félix é o homem que você acertou na cabeça, e quanto a Ethan... - Explicou Emanuel com um brilho ameaçador nos olhos. - Foram as pessoas dele que te sequestraram e te trouxeram para cá.Inês ficou surpresa:- Você conhece esse tal de Félix?Emanuel acenou com a cabeça.Agora Inês entendia por que o homem que ela havia atingido fugiu antes que Emanuel chegasse.Fabiano lançou um olhar para Emanuel e explicou em seu lugar:- Ethan queria fazer negócios com Sr. Emanuel. A chave do quarto era originalmente para Sr. Emanuel, mas como ele não a quis, Félix a pegou.- Entendi. - Inês disse, erguendo as sobrancelhas com um olhar zombeteiro em direção a Emanuel. - Esse pessoal tem um jeito bem especial de agradar o Sr. Emanuel. Sedução? Tentativa de suborno? Se algum dia eu precisar de um favor seu, talvez eu tente isso também.Inês estava apenas brincando, mas Emanuel a olhou seriamente.- Pode tentar. - Resmungou ele. -
"Namorado?" Inês olhou confusa para Emanuel. "Desde quando ele é o meu namorado?"Maria olhou surpresa para Emanuel, pensando em como aquele homem lhe parecia familiar.- Então é o Sr. Emanuel, é uma honra, sou Maria da família Silva. - Diante de um empresário tão importante, Maria se apressou em cumprimentá-lo."Ele é da família mais importante da Cidade J. Nunca imaginei que Inês e o Sr. Emanuel fossem namorados."Inês se soltou da mão de Emanuel, lhe lançou um olhar frio e disse a Maria:- Não escute as bobagens dele, nós não estamos namorando.Maria piscou, olhando curiosa para os dois."Eu estou vendo coisas? O Sr. Emanuel levou um fora e ainda sorriu para ela. O jeito que ele olha para ela é tão carinhoso."Maria, curiosa, estava prestes a perguntar mais sobre o relacionamento deles quando ouviu Inês dizer:- Ele é meu ex-marido!- Ex-marido! - Exclamou Maria.Ela se lembrou de repente que o Sr. Emanuel era casado, mas havia rumores de que ele já estava divorciado."Inês é a ex
No caminho, Emanuel recebeu uma ligação da Cidade J.Enquanto falava ao telefone, ele abriu o laptop e começou a verificar o mercado de ações.Só quando o carro parou em frente à Mansão Ribeiro que Emanuel disse para a pessoa do outro lado da linha que conversariam mais tarde e desligou.- Chegamos. - Anunciou Inês. - Se tem algo urgente em Cidade J, você pode voltar. Não precisa se preocupar comigo.- Realmente tem algo urgente, mas não preciso voltar pessoalmente para resolver. Uma videoconferência com minha equipe vai servir.Inês assentiu.Emanuel afagou a cabeça dela e disse:- Pode ir.Inês saiu do carro, acenou para ele e disse:- Tchau.Ela sentiu um leve pesar ao se despedir.- Te ligo mais tarde. - Falou ele.Inês não respondeu e entrou na casa.Ao entrar, viu o vice-presidente da empresa e outro líder de departamento se preparando para sair. Ela descobriu que eles estavam ali para relatar a situação da empresa ao seu avô.Como ela estava ausente da empresa recentemente, eles
Inês estava de pé diante do avô, com os lábios apertados, sem dizer uma palavra.Gustavo a fitava com um tom um tanto severo, e finalmente disse:- Não esqueça quem você é, como herdeira dessa família, você não pode ser tão emocional, senão, como posso confiar em você para assumir o grande legado da família Ribeiro?- Avô, eu entendo. - Disse Inês em voz baixa.Gustavo olhou para ela e soltou um suspiro, dizendo:- Inês, não me culpe por ser rigoroso com você, estou fazendo isso pelo seu bem. O mundo dos negócios é como um campo de batalha, e nessa batalhas, os sentimentos te deixam vulnerável. Apesar da família Ribeiro ser grande e poderosa, temos poucos membros. Há muitos que cobiçam a nossa fortuna. Agora só tenho você, a família Ribeiro depende de você... - Ao final, a voz de Gustavo se tornava mais baixa.Inês se ajoelhou ao lado do avô, segurando as mãos enrugadas dele, e disse:- Avô, fique tranquilo, comigo aqui, a família Ribeiro não vai desabar, não me permitir fraquejar. Voc
- Não. - Respondeu Emanuel.Inês franziu a testa:- Você deveria pedir logo algo para comer, já está bem tarde.Ela se sabia que o estômago dele não era muito bom, ficar com fome por muito tempo não faria bem.- Tá bom.Inês pegou o celular, e as palavras de seu avô vieram à sua mente, deixando-a melancólica.- Emanuel.Ele rapidamente respondeu:- Estou aqui.Inês abriu a boca, mas não sabia o que dizer.- Não é nada.Emanuel percebeu que o tom dela estava um pouco baixo.- Aconteceu alguma coisa? Você está triste?- Não. - Inês fingiu um bocejo. - Só estou com sono, vou dormir agora, você também deveria descansar depois de comer, boa noite.Depois de dizer isso, Inês desligou o telefone.Assim que ela guardou o celular, ouviu alguém bater à porta.Inês se levantou para abrir e viu que era Cauã.- Chefe, posso entrar? Tenho algo para falar com você.- Entre. - Inês assentiu.Cauã entrou e fechou a porta atrás de si.- Chefe, durante a sua ausência, aconteceu uma coisa estranha.Inês f
Inês ficou surpresa. "Como Emanuel sabe que a luz do meu quarto está acesa?"Ela correu para a varanda e então viu Emanuel parado ao lado do carro, com um telefone na mão e a outra no bolso, olhando para ela.O coração de Inês batia forte, e ela disse:- Por que você veio?- Há muitas razões. - Emanuel olhava para Inês, que estava na varanda, com um olhar terno nos olhos. - Queria te ver antes de dormir, desejar boa noite pessoalmente, ter certeza de que está tudo bem com você. As razões são muitas, mas resumindo em uma frase, Inês, estou com saudades de você.Poucas horas após a separação, Emanuel sentia uma imensa saudade dela.Especialmente depois de ouvir a voz dela, triste ao telefone, ele não conseguiu resistir ao desejo de vê-la.Inês olhava para Emanuel ao longe, sentindo um doce calor no coração.Ela também sentia muita saudade dele.- Você já jantou? - Perguntou ela.- Ainda não.- Então espere um momento.Inês desligou o telefone e rapidamente voltou para dentro de casa.El