Quem era aquela criança de aparência tão agradável? Inês não conteve em olhar uma segunda vez. A criança talvez tenha percebido o olhar dela, o menininho virou a cabeça e olhou para ela. Os olhares se encontraram, ambos ficaram surpresos. O coração de Inês deu um aperto, como se algo a tivesse tocado profundamente. Ela encarou os olhos do menino, ela não sabia por que, mas de repente, ela achou aqueles olhos tão familiares. Como se já os tivesse visto antes. Lucas olhou para o menino e fez um som com a boca:- Os olhos desse garotinho são um pouco parecidos com os do Sr. Emanuel.Lucas disse, e Inês de repente caiu em si. Não era de se admirar que ela achasse os olhos tão familiares, olhando mais de perto, esses olhos realmente tinham alguma semelhança com os de Emanuel.O menino estava sozinho, sem nenhum adulto por perto. Inês pensou por um momento, foi até ele e se agachou ao lado dele.- Pequeno, por que você está sozinho aqui? Onde estão seus pais? - Inês perguntou.Olhando para
Luís assentiu.- Tudo bem, vamos lá, mas é meio longe. - Inês olhou para Lucas e disse. - Lucas, pode ir até a lojinha ali do lado e pegar uns biscoitos, pãezinhos e alguma bebida, por favor?O restaurante ficava um pouco distante de onde estavam, provavelmente quase uma hora de carro. Inês preocupada que Luís não fosse aguentar a fome no caminho, ela preparou algumas guloseimas para ele.- Ok, vocês vão para o carro, eu já volto. - Lucas concordou com a cabeça, abriu a porta do carro. Inês segurou Luís e entrou no carro. No momento seguinte, Luís a surpreendeu com um beijo no rosto.Então, ele ergueu o celular para que Inês pudesse ver as mensagens que ele acabara de digitar: "Obrigado, tia. Você é muito linda, gostei muito de você."Depois dessa frase, ele enviou um emoji fofo de abraço.- De nada, eu também gosto muito de você. - Ao ver aquilo, o coração de Inês derreteu. Ela afagou a cabeça de Luís. Ela não conseguia explicar exatamente por quê, mas desde o primeiro momento em qu
- Sr. Emanuel, o senhor realmente sabe brincar. Eu conheço a Inês há mais de uma década, nossa relação é tão próxima que um simples olhar basta para entendermos o que se passa entre nós. Como você pode afirmar que somos estranhos? - João deu um gole no vinho tinto, seus olhos azuis frios e desdenhosos focados em Emanuel, carregavam uma mistura de desdém e frieza. - Já você, Sr. Emanuel, se casou com a Inês quando ela estava sofrendo de amnésia e, assim que ela recuperou a memória, vocês se divorciaram imediatamente. Parece que ela não tinha nenhum sentimento por você.Emanuel se sentou, suas elegantes pupilas negras não revelavam qualquer emoção. - Fui eu quem propus o divórcio. - Disse ele.- Nesse caso, por que você está agora atrás dela novamente? - João franzia a testa de forma elegante, rindo friamente. - Há um ditado, se não me engano, que diz que um ex-marido decente deveria agir como se estivesse morto.Emanuel franziu o cenho, se lembrando que Inês também havia dito o mesmo d
- Grand Vin de Château Latour. - Emanuel não bebeu, apenas cheirou o aroma e adivinhou que o vinho vinha de uma vinícola do topo do mundo, Château Latour. Quanto ao ano, devia ter pelo menos vinte anos.- Sr. Emanuel, você está com medo de estar envenenado? - João virou o copo de vinho de uma vez, rindo maliciosamente. - Estou ferido, Inês não me deixa beber. - Emanuel balançou o copo de vinho, falando calmamente.João olhou para Emanuel por um momento, sem perceber onde exatamente ele estava ferido. Mas a frase deixou João se sentir um pouco enciumado.- Você não parece machucado. Inês parece se importar bastante com o ex-marido dela.- Se não há mais nada para tratarmos, eu vou indo. - Emanuel verificou o horário e se levantou. - Já que você veio até aqui, por que não aproveitamos para nos divertimos um pouco? - João se levantou preguiçosamente. - Lá embaixo tem um estande de tiro. Sr. Emanuel, me dê a honra e me mostre suas habilidades.Emanuel olhou para ele, os olhos negros e pr
Um estalo ecoou quando Luís jogou com força o cardápio sobre a mesa, olhando de maneira desagradável para a garçonete. Inês e Lucas ficaram surpresos com a súbita atitude dele. O garoto adorável que estava ali até agora, de repente, estava com raiva.Antes que Inês pudesse dizer algo, viu Luís pegar o celular e digitar rapidamente uma mensagem.Ele entregou o celular para a garçonete, onde claramente estava escrito na língua do País F:“Ce n'est pas mon père (Ele não é meu pai!)”A atendente percebeu imediatamente o erro em suas palavras e se curvou, pedindo desculpas: - Minhas sinceras desculpas, pensei que vocês fossem uma família.Foi então que Inês entendeu. Luís estava chateado porque a garçonete disse que Lucas era seu pai. Mas quando a funcionária pensou que ela era a mãe, ele não se importou. Isso não fazia sentido.Para evitar mais mal-entendidos, Inês falou diretamente: - Somos os tios dele.A garçonete ficou um pouco surpresa, afinal, a mulher na frente dele e a criança p
Luís abraçava carinhosamente seu urso de pelúcia, sentado no colo de Inês. De repente, ele envolveu o pescoço dela e deu um beijo carinhoso nela.Ele mexeu os lábios, sem emitir som algum, mas Inês entendeu. Ele estava dizendo "obrigado".- De nada, Luís. O importante é que você está gostando. - Inês sorriu para ele.Depois de brincar um pouco com Luís, Inês foi ao banheiro. Quando ela voltou, viu alguns meninos um pouco mais velhos o cercando, tentando pegar o urso de pelúcia dele e o chamando de "mudo".Ao perceber a situação, Inês ficou furiosa. Esses moleques atrevidos ousaram incomodar o seu pequeno Luís!- O que vocês estão fazendo? - Inês entrou correndo.Assim que Luís a viu, seu rosto pequeno e frio imediatamente mostrou uma expressão de choro e maus-tratos. Ele correu em direção a Inês com suas pequenas pernas curtas. Inês se agachou, pegando o pequeno como um bolinho de arroz.- Luís, o que aconteceu? Eles te incomodaram, não foi?Luís estava com a cabeça abaixada no colo de
Inês deu dois tapas nela, deixando a mulher tonta.- Você! Como ousa me bater? - A mulher segurava o rosto ardente e gritava.- Eu estou batendo em você, por falar coisas tão cruéis para uma criança. Não é de admirar que tenha criado um filho tão mal-educado! - Inês colocou Luís atrás dela, emanando uma presença imponente, e rebateu com determinação.Ela não podia tocar numa criança, mas ela não hesitava em se opor a um adulto arrogante.Os três pestinhas ficaram assustados pela ação anterior de Inês, recuando e se escondendo atrás da mãe de Nicholas.- Você bateu em alguém e ainda acha que está certa?! Não vá embora, espere por mim! Eu vou chamar a polícia! - A mulher, assustada pelos dois tapas de Inês, não ousava enfrentá-la, então gritava alto que chamaria a polícia.- Tudo bem, chame mesmo! - Inês não tinha medo dela. Ela não pensou em deixar as coisas como estavam naquele dia!Três pestinhas ouviram falar em chamar a polícia e ficaram um pouco nervosos, choramingando enquanto con
Inês e Lucas não estavam com fome, só pediram algo para beber, mas em pouco tempo, o garçom havia trazido dois combos.- Luís, é muita comida, você vai dar conta de comer tudo? - Inês olhou para Luís com surpresa.Luís olhou para a comida diante dele, respirou fundo e assentiu. Comer devagar significava mais tempo para ficar com a mamãe.- Você realmente está com fome, criança! - Lucas, com um olhar de admiração, disse.- Você não sabe de nada, comer é uma bênção! - Inês o encarou e retrucou.Enquanto ele pudesse comer, a quantidade não importava.- Luís, pode comer, não passe vontade, não precisa de cerimônias. - Inês bagunçou os cabelos de Luís e disse.Luís assentiu e começou a sua jornada de comida.De repente, Inês lembrou de algo e disse para Lucas: - Ligue para a recepção do hotel e pergunte se tem algum hóspede procurando por um filho perdido.- Ok. - Lucas saiu para fazer a ligação.Em pouco tempo, ele voltou segurando o celular.- Srta. Inês, no hotel realmente tem um casal