A porta do carro se abriu, e a mulher que se autodenominou mãe de Luís desceu, ficando respeitosamente à porta. - Senhor, por favor. - Disse a mulher, alta de ombros largos. Luís fungou, segurando um urso de pelúcia enquanto saía do carro e entrava no outro estacionado ao lado.- Não deu para perceber, né? - Perguntou Thiago, olhando para o casal.- Fique tranquilo, representamos muito bem, garantimos que não deixamos escapar nenhum detalhe. - Respondeu o homem, forte e alto. - Ótimo! - Exclamou Thiago.O casal pegou o dinheiro, entrou no carro e se foi.Thiago se sentou no banco do passageiro e olhou para Luís, que estava esfregando os olhos no banco de trás.- Já chorou bastante? - Perguntou Thiago, impaciente. Luís o encarou, bufando teimosamente. Então, Thiago sorriu suavemente e, notando o urso de pelúcia nos braços de Luís, perguntou. - Quem te deu isso? - Foi a mamãe. - Respondeu Luís movendo os lábios. Thiago concordou levemente com a cabeça e então viu Luís abrir a boca no
Thiago, resignado, sem muitas palavras, saiu correndo à procura de Luís. João franziu a testa e resmungou baixinho, percebendo que ele realmente havia bebido demais. As palavras que ele disse, mal saíram de sua boca e ele já tinha se arrependido. Não demorou muito, e o Thiago voltou carregando Luís, que estava debruçado sobre o ombro de Thiago, chorando quase sem fôlego, com uma expressão miserável.- Vai pegar a caixa de remédios. - Instruiu Thiago.João, ouvindo isso, franziu a testa imediatamente. - O que aconteceu? - Perguntou João, preocupado. - Levou um tombo. - Respondeu Thiago.Então, Thiago se sentou no sofá com Luís nos braços e enrolou a perna dele, a apontando para cima, pois o joelho machucado estava sangrando.- Como você pode ser tão descuidado! - Disse João, pegando a caixa de remédios que o criado trouxe, procurou por iodo e curativos e disse. - Fala umas duas palavras e sai correndo, você está ficando cada vez mais mal educado.Mesmo ao repreender com palavras, J
Inês desligou o telefone, largou o garfo e apressadamente se dirigiu para saída. Confuso, Emanuel a segurou.- Onde você vai? Eu te acompanho... - Disse Emanuel, com um tom de preocupação. - Não precisa, pode ir descansar mais cedo, não precisa me esperar. - Respondeu Inês, um pouco apressada, enquanto se soltava da mão de Emanuel.Emanuel, com uma expressão séria, observou Inês se afastando, envolto em melancolia. No entanto, ele acabou indo atrás dela, preocupado.Inês saiu do hotel e imediatamente entrou em um táxi. Emanuel instruiu o motorista a seguir Inês para descobrir para onde ela estava indo. Vinte minutos depois, o táxi parou em frente à mansão Céu Azul. Emanuel observou Inês descer do táxi e entrar apressada na mansão.- Sr. Emanuel, quer entrar? - Perguntou Fabiano, que estava no banco do passageiro.- Espere um pouco. - Respondeu Emanuel, sem demonstrar emoção, semicerrando os olhos.Mal terminou de falar, seu celular tocou. Era um número desconhecido.Emanuel atende
- O que você quer dizer? - Questionou Inês, com uma expressão fria.- Você acha que não te conheço? Você se justifica tanto, mas sabemos que a razão principal para você ficar é o Emanuel, não é? - Retrucou João, visivelmente irritado. - Não tem nada a ver com ele! - Insistiu Inês.- Inês, você está apaixonada por ele, não está? - Questionou João, pausadamente, com o olhar fixo em Inês. Inês apertou os lábios, sem dizer uma palavra. Então, João, semicerrando os olhos e com um turbilhão de emoções escondidas no fundo do olhar, disse. - Está né? Sua escolha de pessoas não lá essas coisas.João conhecia Inês muito bem. A expressão em seu rosto já revelava seus sentimentos por Emanuel. Na verdade, João já havia percebido quando ela escolheu sair com Emanuel na mansão ontem, que ela estava apaixonada por ele.No entanto, olhando para a expressão de Emanuel hoje, ele não tinha mais tanta certeza dos sentimentos de Inês por ele. - Você não precisa se intrometer nos meus assuntos. - Advertiu
- Um amigo me pediu para apresentar uma namorada para ele, e eu pensei em mostrar suas fotos. - Disse Thiago.Para evitar suspeitas de Inês, Thiago escolheu uma selfie dela no álbum e a enviou também para o seu próprio celular.- Não, eu... - Murmurou Inês, desconfortável.- Fica tranquila, só estou dando um jeito nele. - Interrompeu Thiago, entregando o celular a Inês. Ao ouvir isso, Inês se acalmou e pegou o celular.- Que amigo é esse, eu o conheço? - Perguntou Inês, curiosa.- Não conhece. - Respondeu Thiago, desviando o olhar.- Então eu vou indo, me liga se precisar de alguma coisa. - Disse Inês, sem insistir no assunto. Thiago a acompanhou até a saída, chegando no quintal, Inês de repente parou e virou para olhar para a janela do quarto no terceiro andar da mansão, franzindo levemente a testa.- O que foi? - Perguntou Thiago.- Nada, apenas sinto que alguém está me observando lá. - Respondeu Inês, arrumando o cabelo.- Não tem ninguém morando naquele prédio. - Tranquilizou Thi
Emanuel estava tenso, intrigado com a inesperada ansiedade de Inês diante de um aparente assunto trivial. A clara presença de João em seu coração não passava desapercebida. - O problema foi resolvido? - Perguntou Emanuel, encarando Inês.- Mais ou menos, amanhã não preciso vir. - Respondeu Inês.- Então vamos voltar ao país amanhã? - Perguntou Emanuel.- Vamos. - Assentiu Inês.Não havia mais razão para permanecer naquele lugar.- Espere um momento. - Disse Inês, lembrando de algo. Ela agarrou a gola da camisa de Emanuel e se aproximou para cheirar seu pescoço.- Inês... - Murmurou Emanuel, tenso com o que Inês estava fazendo.Emanuel fixou seu olhar em Inês, que estava ali, tão próxima. Sua garganta, exposta ao ar, se moveu duas vezes, e seus olhos escureceram.- Emanuel, que bebida você tomou hoje? - Perguntou Inês.- Grand Vin de Chatour Latour. - Respondeu Emanuel, arqueando a sobrancelha.Inês assentiu, refletindo sobre o que ele disse. Por que o cheiro de álcool em João era tão
- Ah... Entendi. - Murmurou Emanuel. Depois de falar duas frases curtas, Emanuel desligou o telefone e pediu para que Fabiano preparasse o carro. Fabiano, ao lado, ficou momentaneamente surpreso, mas respondeu prontamente e saiu do quarto.- O que aconteceu? - Perguntou Inês, se levantando.- Tenho algo urgente para resolver. Descanse bem, amanhã eu te acompanho de volta para Cidade P para vermos seu avô. - Disse Emanuel e, sem esperar a resposta de Inês, pegou o casaco e saiu apressado.Observando as costas de Emanuel, Inês de repente sentiu que essa cena era familiar. Não era apenas uma sensação familiar, era uma familiaridade que não podia ser mais profunda.O interlocutor ao telefone provavelmente informou Emanuel sobre Dora. Caso contrário, por que ele estaria tão apressado? Provavelmente, havia novidades sobre Dora novamente.Então, Inês pegou seu próprio casaco e o seguiu para fora. Ela queria ver quem era Dora, para ocupar tanto os pensamentos de Emanuel.Emanuel saiu do hote
Passos se afastando, a porta se fechando, e ao redor, um silêncio profundo tomou conta do ambiente. Inês se deitou na cama, sua consciência foi ficando confusa aos poucos. Nessa situação, ela sabia mais do que qualquer um o que estava prestes a acontecer.Um sentimento de tristeza tomou conta do coração de Inês. Por que essas coisas sempre aconteceram com ela? Ela preferiria ser morta a passar por essa humilhação novamente. As lembranças da noite de cinco anos atrás invadiram sua mente, e Inês se encolheu de medo, tremendo por todo o corpo.- Não... Não... - Sussurrou Inês, aflita. Quem veio em seu socorro? Emanuel, Emanuel, onde você está? Por favor, que alguém a salvasse....Enquanto isso, no convés de um luxuoso cruzeiro, uma festa ao ar livre estava em andamento. Um homem corpulento estava sentado em um sofá em forma de U, cercado por belas mulheres. Do outro lado, um homem de feições duras e atraentes estava sentado.- Se não fosse pelo Sr. Matheus me contar, eu nem saberia q