- Um amigo me pediu para apresentar uma namorada para ele, e eu pensei em mostrar suas fotos. - Disse Thiago.Para evitar suspeitas de Inês, Thiago escolheu uma selfie dela no álbum e a enviou também para o seu próprio celular.- Não, eu... - Murmurou Inês, desconfortável.- Fica tranquila, só estou dando um jeito nele. - Interrompeu Thiago, entregando o celular a Inês. Ao ouvir isso, Inês se acalmou e pegou o celular.- Que amigo é esse, eu o conheço? - Perguntou Inês, curiosa.- Não conhece. - Respondeu Thiago, desviando o olhar.- Então eu vou indo, me liga se precisar de alguma coisa. - Disse Inês, sem insistir no assunto. Thiago a acompanhou até a saída, chegando no quintal, Inês de repente parou e virou para olhar para a janela do quarto no terceiro andar da mansão, franzindo levemente a testa.- O que foi? - Perguntou Thiago.- Nada, apenas sinto que alguém está me observando lá. - Respondeu Inês, arrumando o cabelo.- Não tem ninguém morando naquele prédio. - Tranquilizou Thi
Emanuel estava tenso, intrigado com a inesperada ansiedade de Inês diante de um aparente assunto trivial. A clara presença de João em seu coração não passava desapercebida. - O problema foi resolvido? - Perguntou Emanuel, encarando Inês.- Mais ou menos, amanhã não preciso vir. - Respondeu Inês.- Então vamos voltar ao país amanhã? - Perguntou Emanuel.- Vamos. - Assentiu Inês.Não havia mais razão para permanecer naquele lugar.- Espere um momento. - Disse Inês, lembrando de algo. Ela agarrou a gola da camisa de Emanuel e se aproximou para cheirar seu pescoço.- Inês... - Murmurou Emanuel, tenso com o que Inês estava fazendo.Emanuel fixou seu olhar em Inês, que estava ali, tão próxima. Sua garganta, exposta ao ar, se moveu duas vezes, e seus olhos escureceram.- Emanuel, que bebida você tomou hoje? - Perguntou Inês.- Grand Vin de Chatour Latour. - Respondeu Emanuel, arqueando a sobrancelha.Inês assentiu, refletindo sobre o que ele disse. Por que o cheiro de álcool em João era tão
- Ah... Entendi. - Murmurou Emanuel. Depois de falar duas frases curtas, Emanuel desligou o telefone e pediu para que Fabiano preparasse o carro. Fabiano, ao lado, ficou momentaneamente surpreso, mas respondeu prontamente e saiu do quarto.- O que aconteceu? - Perguntou Inês, se levantando.- Tenho algo urgente para resolver. Descanse bem, amanhã eu te acompanho de volta para Cidade P para vermos seu avô. - Disse Emanuel e, sem esperar a resposta de Inês, pegou o casaco e saiu apressado.Observando as costas de Emanuel, Inês de repente sentiu que essa cena era familiar. Não era apenas uma sensação familiar, era uma familiaridade que não podia ser mais profunda.O interlocutor ao telefone provavelmente informou Emanuel sobre Dora. Caso contrário, por que ele estaria tão apressado? Provavelmente, havia novidades sobre Dora novamente.Então, Inês pegou seu próprio casaco e o seguiu para fora. Ela queria ver quem era Dora, para ocupar tanto os pensamentos de Emanuel.Emanuel saiu do hote
Passos se afastando, a porta se fechando, e ao redor, um silêncio profundo tomou conta do ambiente. Inês se deitou na cama, sua consciência foi ficando confusa aos poucos. Nessa situação, ela sabia mais do que qualquer um o que estava prestes a acontecer.Um sentimento de tristeza tomou conta do coração de Inês. Por que essas coisas sempre aconteceram com ela? Ela preferiria ser morta a passar por essa humilhação novamente. As lembranças da noite de cinco anos atrás invadiram sua mente, e Inês se encolheu de medo, tremendo por todo o corpo.- Não... Não... - Sussurrou Inês, aflita. Quem veio em seu socorro? Emanuel, Emanuel, onde você está? Por favor, que alguém a salvasse....Enquanto isso, no convés de um luxuoso cruzeiro, uma festa ao ar livre estava em andamento. Um homem corpulento estava sentado em um sofá em forma de U, cercado por belas mulheres. Do outro lado, um homem de feições duras e atraentes estava sentado.- Se não fosse pelo Sr. Matheus me contar, eu nem saberia q
- Sr. Emanuel, não se estresse. Amanhã, eu vou lá dar uma olhada e te mando algumas fotos para confirmar, assim você não precisa fazer uma viagem à toa. - Disse Félix.Ao longo dos anos, toda vez que ouvia alguma notícia sobre Dora, Emanuel ia pessoalmente conferir. Isso aconteceu dezenas de vezes, mas, no final, só encontrava decepção.- Melhor. - Disse Emanuel.- Sr. Emanuel, pode confiar. Eu conheço bem a área escura, ninguém se atreve a fazer bagunça na minha frente. Assim que tivermos notícias, eu te aviso imediatamente. - Assegurou Félix, ao ver Emanuel franzindo a testa. - Sem problemas, obrigado. - Disse Emanuel, batendo os copos com ele.- Fique tranquilo. Afinal, eu também não saio perdendo, considerando que dependo das suas rotas de transporte para aquele carregamento.Mesmo sem uma parceria formal, Félix ainda queria ganhar a recompensa.Emanuel virou o copo de uma vez.- Eu tenho um compromisso, vou indo. - Disse Emanuel, olhando para o relógio. Inês ainda estava no hote
Além disso, se já estavam divorciados, como é que ele voltou a se apaixonar por ela?- Sr. Emanuel, eu perdi alguma coisa? - Félix olhou para ele confuso e perguntou.- Teremos oportunidade, eu a apresento a você mais tarde.- Falando nisso, ainda não conheci sua ex-esposa, estou curioso. - Félix não era fofoqueiro, apenas assentiu.- Vamos lá, resolva logo aquela mulher do norte da Nia. - Emanuel entrou no carro.- Sem problema. - Disse Félix, acenando com a chave do quarto. E murmurou. - A noite é curta, então vou aproveitar a vida.Ao se despedir de Emanuel, Félix pegou a chave do quarto e, todo animado, foi relaxadamente em direção ao departamento de acomodações do navio.A chave do quarto que ele segurava dava acesso à suíte presidencial mais luxuosa no andar mais alto.Chegando lá, Félix mandou seus subordinados esperarem do lado de fora e entrou sozinho.Assim que entrou, sentiu o perfume das rosas, havia pétalas espalhadas pelo chão e velas aromáticas na mesa, criando uma atmos
No caminho de volta para o hotel, Emanuel estava pensativo. "Amanhã vou com a Inês para Cidade P visitar o avô dela, preciso preparar algum presente. Se o Gustavo souber do meu passado com a Inês, provavelmente não vai gostar de mim. Preciso preparar uma desculpa com antecedência."Emanuel pegou o celular e mandou uma mensagem para Matheus, pedindo ajuda para descobrir os gostos do avô de Inês. Matheus respondeu: - Claro, Sr. Emanuel. Inês já está te levando para conhecer a família, parece que a reconciliação está próxima.Emanuel olhou para a tela do celular, franzindo a testa, sem responder. Ele sabia que a reconciliação não seria fácil. Ele tinha certeza de que Inês sentia algo por ele, mas que o que ela sentia por João era mais intenso.Emanuel, no momento, não esperava que ela voltasse para ele. Ele só queria que ela não rejeitasse seu amor, que não o afastasse, isso já seria suficiente.Ele suspirou e apertou as têmporas.De repente, seu celular tocou, mas a mensagem dessa vez
Félix ficou petrificado por um momento. Por fim, ele criou coragem para perguntar:- É a Inês Ribeiro?Fabiano arrancou o celular da mão dele, apagou a foto e devolveu o celular.- Você não tocou nela, tocou?Félix balançou a cabeça, suas pernas tremiam de medo ao falar:- Não, eu não toquei!"Que coincidência."Aquela bela mulher era a pessoa que o Sr. Emanuel estava interessado.E ele tinha acabado de mandar uma mensagem para o Sr. Emanuel dizendo que morreria feliz nos braços dela aquela noite."Agora estou realmente condenado."Félix se tocou e rapidamente ordenou aos seus homens:- Eu tenho que achar o Ethan! Achem ele!...Emanuel entrou no quarto e imediatamente viu a pequena mulher encolhida num canto, abraçando os joelhos.Inês mantinha os olhos fechados, tremendo, com os cabelos emaranhados e molhados de suor colados ao rosto. Sua pele exibia um tom de vermelho anormal.Ela segurava um caco de vidro ensanguentado, e o sangue escorria da palma da mão, pingando no tapete.O cor