Além disso, se já estavam divorciados, como é que ele voltou a se apaixonar por ela?- Sr. Emanuel, eu perdi alguma coisa? - Félix olhou para ele confuso e perguntou.- Teremos oportunidade, eu a apresento a você mais tarde.- Falando nisso, ainda não conheci sua ex-esposa, estou curioso. - Félix não era fofoqueiro, apenas assentiu.- Vamos lá, resolva logo aquela mulher do norte da Nia. - Emanuel entrou no carro.- Sem problema. - Disse Félix, acenando com a chave do quarto. E murmurou. - A noite é curta, então vou aproveitar a vida.Ao se despedir de Emanuel, Félix pegou a chave do quarto e, todo animado, foi relaxadamente em direção ao departamento de acomodações do navio.A chave do quarto que ele segurava dava acesso à suíte presidencial mais luxuosa no andar mais alto.Chegando lá, Félix mandou seus subordinados esperarem do lado de fora e entrou sozinho.Assim que entrou, sentiu o perfume das rosas, havia pétalas espalhadas pelo chão e velas aromáticas na mesa, criando uma atmos
No caminho de volta para o hotel, Emanuel estava pensativo. "Amanhã vou com a Inês para Cidade P visitar o avô dela, preciso preparar algum presente. Se o Gustavo souber do meu passado com a Inês, provavelmente não vai gostar de mim. Preciso preparar uma desculpa com antecedência."Emanuel pegou o celular e mandou uma mensagem para Matheus, pedindo ajuda para descobrir os gostos do avô de Inês. Matheus respondeu: - Claro, Sr. Emanuel. Inês já está te levando para conhecer a família, parece que a reconciliação está próxima.Emanuel olhou para a tela do celular, franzindo a testa, sem responder. Ele sabia que a reconciliação não seria fácil. Ele tinha certeza de que Inês sentia algo por ele, mas que o que ela sentia por João era mais intenso.Emanuel, no momento, não esperava que ela voltasse para ele. Ele só queria que ela não rejeitasse seu amor, que não o afastasse, isso já seria suficiente.Ele suspirou e apertou as têmporas.De repente, seu celular tocou, mas a mensagem dessa vez
Félix ficou petrificado por um momento. Por fim, ele criou coragem para perguntar:- É a Inês Ribeiro?Fabiano arrancou o celular da mão dele, apagou a foto e devolveu o celular.- Você não tocou nela, tocou?Félix balançou a cabeça, suas pernas tremiam de medo ao falar:- Não, eu não toquei!"Que coincidência."Aquela bela mulher era a pessoa que o Sr. Emanuel estava interessado.E ele tinha acabado de mandar uma mensagem para o Sr. Emanuel dizendo que morreria feliz nos braços dela aquela noite."Agora estou realmente condenado."Félix se tocou e rapidamente ordenou aos seus homens:- Eu tenho que achar o Ethan! Achem ele!...Emanuel entrou no quarto e imediatamente viu a pequena mulher encolhida num canto, abraçando os joelhos.Inês mantinha os olhos fechados, tremendo, com os cabelos emaranhados e molhados de suor colados ao rosto. Sua pele exibia um tom de vermelho anormal.Ela segurava um caco de vidro ensanguentado, e o sangue escorria da palma da mão, pingando no tapete.O cor
Inês enterrou o rosto no peito de Emanuel, respirando ofegante.Seu corpo estava completamente tenso devido ao medo, mas agora, nos braços dele, ela podia finalmente relaxar. Todos os seus músculos doíam.Emanuel abraçou os ombros dela, percebendo que a temperatura dela estava anormal."Maldição!"Ele pensou que ela havia sido apenas drogada, mas percebeu que também havia sido exposta a um afrodisíaco.Inês levantou a cabeça, seus olhos cheios de súplica olhando para Emanuel.- Emanuel, eu não quero...Mesmo que o homem mo quarto fosse Emanuel, em quem confiava e gostava, ela não queria.Ela temia que aquilo trouxesse memórias ruins.Emanuel, com carinho, acariciou a cabeça dela e disse:- Tudo bem, eu te levo para o banheiro, vamos tomar um banho de água fria, isso vai te fazer sentir melhor.Inês assentiu fracamente, com lágrimas girando em seus olhos.No banheiro, havia uma grande banheira. Emanuel a encheu de água e colocou Inês dentro.Ele temporariamente enrolou a mão ferida de I
Emanuel respirou fundo para conter a agitação em seu coração e acelerou seus movimentos. Quando ele finalmente terminou de enfaixar o ferimento na palma da mão dela, ele se levantou e perguntou:- Você está se sentindo melhor? Quer se levantar? Ficar muito tempo em água fria é ruim para o corpo.Inês balançou a cabeça, embora sentisse que sua força havia se recuperado um pouco, ela ainda se sentia desconfortável.- Vou ficar mais um pouco na água, você pode ir.- Eu fico com você.Emanuel agora não podia suportar a ideia de deixá-la fora de sua vista nem por um momento.Inês respirou fundo e disse:- Não consigo me acostumar com você me olhando assim.Emanuel não respondeu. Ele fixou seu olhar em Inês, permaneceu em silêncio por alguns segundos e depois se virou.- Não olharei para você, mas me chame se sentir algum desconforto.Inês observou as costas largas e retas dele, sentindo uma mistura de emoções. Tudo estava tranquilo ao redor deles, e por um momento, o silêncio tomou conta, p
O vaso de flores se quebrou aos pés de Emanuel, produzindo um barulho ensurdecedor.A voz exasperada de Inês ecoou atrás dele.Emanuel, ouvindo isso, mudou sua expressão drasticamente. "Inês me entendeu mal."Virando-se, ele viu Inês encostada na borda da banheira, mordendo os lábios, com lágrimas escorrendo pelo rosto.- Inês...Ao vê-la chorar, ele se desesperou.- Sai daqui! Vá embora!Inês, furiosa e impaciente, pegou o frasco de sabonete líquido mais próximo e atirou nele."Como ele pode amar outra mulher e ainda assim falar comigo tão apaixonadamente? Se ele não consegue esquecer a Dora, por que veio me procurar?"Inês não conseguia entender, seus sentimentos a consumiam.Emanuel não se esquivou. Ele caminhou até ela e agarrou suas mãos.- Inês, eu nunca disse nada que não fosse verdade para você! Meus sentimentos são verdadeiros!Inês o encarou, sorrindo sarcasticamente:- Sério? Então o Sr. Emanuel realmente me ama muito, não é? - Emanuel, com dor no coração, tentou enxugar su
Inês deu uma risada forçada e disse:- Então, como agradecimento por ela ter salvado a sua vida, você ia se casar com ela? É isso?Emanuel torceu a boca e respondeu:- Mais ou menos isso.- E agora? Você ainda quer se casar com ela?- Há muitas formas de agradecer. Quando eu encontrar a Dora, vou retribuir sua ajuda de outra forma. - Emanuel segurou o rosto de Inês e a beijou nas têmporas. - A única pessoa com quem quero me casar agora é você. O título de Sra. Antunes só pode ser seu. Eu não quero nenhuma mulher que não seja você, entende?Inês baixou os olhos, sem dizer nada.Ela se preocupou tanto tempo, só para descobrir que Dora era apenas uma rival imaginária.Dora não era a amante de Emanuel, mas sim sua salvadora.Emanuel encostou sua testa na de Inês, falando com um tom de voz um tanto resignado:- Se soubesse que você se importava tanto, teria te explicado antes.Inês resmungou baixo, ainda um pouco chateada.- Antes, sempre que o nome de Dora surgia, você priorizava ela antes
- Na verdade você não precisa se preocupar comigo, eu quero ficar sozinha por um tempo.Emanuel olhou para ela e disse:- Você não tem medo?Inês riu e respondeu:- Agora não tenho mais.Antes de ver Emanuel, ela realmente estava assustada.Ela até se preparou para enfrentar quem quer que a tocasse, estava decidida a lutar até o fim.Mas no final, Emanuel chegou.Ao ouvir a voz dele, Inês sentiu como se tivesse sido transportada do inferno ao paraíso instantaneamente.Com ele por perto, ela se sentia completamente segura, não tinha medo de nada.Porque sabia que, não importava o que acontecesse, ele a protegeria.Emanuel não sabia o que Inês estava pensando. Ele se sentou ao lado dela, permitindo que ela apoiasse a cabeça em suas pernas, massageando gentilmente seu couro cabeludo para ajudá-la a relaxar.Depois de um tempo, ele finalmente falou:- Mas Inês, eu tenho medo.Inês olhou para ele com surpresa e perguntou:- Medo de quê?- De algo acontecer com você. - Emanuel fixou seu olha