- Grand Vin de Château Latour. - Emanuel não bebeu, apenas cheirou o aroma e adivinhou que o vinho vinha de uma vinícola do topo do mundo, Château Latour. Quanto ao ano, devia ter pelo menos vinte anos.- Sr. Emanuel, você está com medo de estar envenenado? - João virou o copo de vinho de uma vez, rindo maliciosamente. - Estou ferido, Inês não me deixa beber. - Emanuel balançou o copo de vinho, falando calmamente.João olhou para Emanuel por um momento, sem perceber onde exatamente ele estava ferido. Mas a frase deixou João se sentir um pouco enciumado.- Você não parece machucado. Inês parece se importar bastante com o ex-marido dela.- Se não há mais nada para tratarmos, eu vou indo. - Emanuel verificou o horário e se levantou. - Já que você veio até aqui, por que não aproveitamos para nos divertimos um pouco? - João se levantou preguiçosamente. - Lá embaixo tem um estande de tiro. Sr. Emanuel, me dê a honra e me mostre suas habilidades.Emanuel olhou para ele, os olhos negros e pr
Um estalo ecoou quando Luís jogou com força o cardápio sobre a mesa, olhando de maneira desagradável para a garçonete. Inês e Lucas ficaram surpresos com a súbita atitude dele. O garoto adorável que estava ali até agora, de repente, estava com raiva.Antes que Inês pudesse dizer algo, viu Luís pegar o celular e digitar rapidamente uma mensagem.Ele entregou o celular para a garçonete, onde claramente estava escrito na língua do País F:“Ce n'est pas mon père (Ele não é meu pai!)”A atendente percebeu imediatamente o erro em suas palavras e se curvou, pedindo desculpas: - Minhas sinceras desculpas, pensei que vocês fossem uma família.Foi então que Inês entendeu. Luís estava chateado porque a garçonete disse que Lucas era seu pai. Mas quando a funcionária pensou que ela era a mãe, ele não se importou. Isso não fazia sentido.Para evitar mais mal-entendidos, Inês falou diretamente: - Somos os tios dele.A garçonete ficou um pouco surpresa, afinal, a mulher na frente dele e a criança p
Luís abraçava carinhosamente seu urso de pelúcia, sentado no colo de Inês. De repente, ele envolveu o pescoço dela e deu um beijo carinhoso nela.Ele mexeu os lábios, sem emitir som algum, mas Inês entendeu. Ele estava dizendo "obrigado".- De nada, Luís. O importante é que você está gostando. - Inês sorriu para ele.Depois de brincar um pouco com Luís, Inês foi ao banheiro. Quando ela voltou, viu alguns meninos um pouco mais velhos o cercando, tentando pegar o urso de pelúcia dele e o chamando de "mudo".Ao perceber a situação, Inês ficou furiosa. Esses moleques atrevidos ousaram incomodar o seu pequeno Luís!- O que vocês estão fazendo? - Inês entrou correndo.Assim que Luís a viu, seu rosto pequeno e frio imediatamente mostrou uma expressão de choro e maus-tratos. Ele correu em direção a Inês com suas pequenas pernas curtas. Inês se agachou, pegando o pequeno como um bolinho de arroz.- Luís, o que aconteceu? Eles te incomodaram, não foi?Luís estava com a cabeça abaixada no colo de
Inês deu dois tapas nela, deixando a mulher tonta.- Você! Como ousa me bater? - A mulher segurava o rosto ardente e gritava.- Eu estou batendo em você, por falar coisas tão cruéis para uma criança. Não é de admirar que tenha criado um filho tão mal-educado! - Inês colocou Luís atrás dela, emanando uma presença imponente, e rebateu com determinação.Ela não podia tocar numa criança, mas ela não hesitava em se opor a um adulto arrogante.Os três pestinhas ficaram assustados pela ação anterior de Inês, recuando e se escondendo atrás da mãe de Nicholas.- Você bateu em alguém e ainda acha que está certa?! Não vá embora, espere por mim! Eu vou chamar a polícia! - A mulher, assustada pelos dois tapas de Inês, não ousava enfrentá-la, então gritava alto que chamaria a polícia.- Tudo bem, chame mesmo! - Inês não tinha medo dela. Ela não pensou em deixar as coisas como estavam naquele dia!Três pestinhas ouviram falar em chamar a polícia e ficaram um pouco nervosos, choramingando enquanto con
Inês e Lucas não estavam com fome, só pediram algo para beber, mas em pouco tempo, o garçom havia trazido dois combos.- Luís, é muita comida, você vai dar conta de comer tudo? - Inês olhou para Luís com surpresa.Luís olhou para a comida diante dele, respirou fundo e assentiu. Comer devagar significava mais tempo para ficar com a mamãe.- Você realmente está com fome, criança! - Lucas, com um olhar de admiração, disse.- Você não sabe de nada, comer é uma bênção! - Inês o encarou e retrucou.Enquanto ele pudesse comer, a quantidade não importava.- Luís, pode comer, não passe vontade, não precisa de cerimônias. - Inês bagunçou os cabelos de Luís e disse.Luís assentiu e começou a sua jornada de comida.De repente, Inês lembrou de algo e disse para Lucas: - Ligue para a recepção do hotel e pergunte se tem algum hóspede procurando por um filho perdido.- Ok. - Lucas saiu para fazer a ligação.Em pouco tempo, ele voltou segurando o celular.- Srta. Inês, no hotel realmente tem um casal
A porta do carro se abriu, e a mulher que se autodenominou mãe de Luís desceu, ficando respeitosamente à porta. - Senhor, por favor. - Disse a mulher, alta de ombros largos. Luís fungou, segurando um urso de pelúcia enquanto saía do carro e entrava no outro estacionado ao lado.- Não deu para perceber, né? - Perguntou Thiago, olhando para o casal.- Fique tranquilo, representamos muito bem, garantimos que não deixamos escapar nenhum detalhe. - Respondeu o homem, forte e alto. - Ótimo! - Exclamou Thiago.O casal pegou o dinheiro, entrou no carro e se foi.Thiago se sentou no banco do passageiro e olhou para Luís, que estava esfregando os olhos no banco de trás.- Já chorou bastante? - Perguntou Thiago, impaciente. Luís o encarou, bufando teimosamente. Então, Thiago sorriu suavemente e, notando o urso de pelúcia nos braços de Luís, perguntou. - Quem te deu isso? - Foi a mamãe. - Respondeu Luís movendo os lábios. Thiago concordou levemente com a cabeça e então viu Luís abrir a boca no
Thiago, resignado, sem muitas palavras, saiu correndo à procura de Luís. João franziu a testa e resmungou baixinho, percebendo que ele realmente havia bebido demais. As palavras que ele disse, mal saíram de sua boca e ele já tinha se arrependido. Não demorou muito, e o Thiago voltou carregando Luís, que estava debruçado sobre o ombro de Thiago, chorando quase sem fôlego, com uma expressão miserável.- Vai pegar a caixa de remédios. - Instruiu Thiago.João, ouvindo isso, franziu a testa imediatamente. - O que aconteceu? - Perguntou João, preocupado. - Levou um tombo. - Respondeu Thiago.Então, Thiago se sentou no sofá com Luís nos braços e enrolou a perna dele, a apontando para cima, pois o joelho machucado estava sangrando.- Como você pode ser tão descuidado! - Disse João, pegando a caixa de remédios que o criado trouxe, procurou por iodo e curativos e disse. - Fala umas duas palavras e sai correndo, você está ficando cada vez mais mal educado.Mesmo ao repreender com palavras, J
Inês desligou o telefone, largou o garfo e apressadamente se dirigiu para saída. Confuso, Emanuel a segurou.- Onde você vai? Eu te acompanho... - Disse Emanuel, com um tom de preocupação. - Não precisa, pode ir descansar mais cedo, não precisa me esperar. - Respondeu Inês, um pouco apressada, enquanto se soltava da mão de Emanuel.Emanuel, com uma expressão séria, observou Inês se afastando, envolto em melancolia. No entanto, ele acabou indo atrás dela, preocupado.Inês saiu do hotel e imediatamente entrou em um táxi. Emanuel instruiu o motorista a seguir Inês para descobrir para onde ela estava indo. Vinte minutos depois, o táxi parou em frente à mansão Céu Azul. Emanuel observou Inês descer do táxi e entrar apressada na mansão.- Sr. Emanuel, quer entrar? - Perguntou Fabiano, que estava no banco do passageiro.- Espere um pouco. - Respondeu Emanuel, sem demonstrar emoção, semicerrando os olhos.Mal terminou de falar, seu celular tocou. Era um número desconhecido.Emanuel atende