- Sr. Emanuel, o senhor realmente sabe brincar. Eu conheço a Inês há mais de uma década, nossa relação é tão próxima que um simples olhar basta para entendermos o que se passa entre nós. Como você pode afirmar que somos estranhos? - João deu um gole no vinho tinto, seus olhos azuis frios e desdenhosos focados em Emanuel, carregavam uma mistura de desdém e frieza. - Já você, Sr. Emanuel, se casou com a Inês quando ela estava sofrendo de amnésia e, assim que ela recuperou a memória, vocês se divorciaram imediatamente. Parece que ela não tinha nenhum sentimento por você.Emanuel se sentou, suas elegantes pupilas negras não revelavam qualquer emoção. - Fui eu quem propus o divórcio. - Disse ele.- Nesse caso, por que você está agora atrás dela novamente? - João franzia a testa de forma elegante, rindo friamente. - Há um ditado, se não me engano, que diz que um ex-marido decente deveria agir como se estivesse morto.Emanuel franziu o cenho, se lembrando que Inês também havia dito o mesmo d
- Grand Vin de Château Latour. - Emanuel não bebeu, apenas cheirou o aroma e adivinhou que o vinho vinha de uma vinícola do topo do mundo, Château Latour. Quanto ao ano, devia ter pelo menos vinte anos.- Sr. Emanuel, você está com medo de estar envenenado? - João virou o copo de vinho de uma vez, rindo maliciosamente. - Estou ferido, Inês não me deixa beber. - Emanuel balançou o copo de vinho, falando calmamente.João olhou para Emanuel por um momento, sem perceber onde exatamente ele estava ferido. Mas a frase deixou João se sentir um pouco enciumado.- Você não parece machucado. Inês parece se importar bastante com o ex-marido dela.- Se não há mais nada para tratarmos, eu vou indo. - Emanuel verificou o horário e se levantou. - Já que você veio até aqui, por que não aproveitamos para nos divertimos um pouco? - João se levantou preguiçosamente. - Lá embaixo tem um estande de tiro. Sr. Emanuel, me dê a honra e me mostre suas habilidades.Emanuel olhou para ele, os olhos negros e pr
Um estalo ecoou quando Luís jogou com força o cardápio sobre a mesa, olhando de maneira desagradável para a garçonete. Inês e Lucas ficaram surpresos com a súbita atitude dele. O garoto adorável que estava ali até agora, de repente, estava com raiva.Antes que Inês pudesse dizer algo, viu Luís pegar o celular e digitar rapidamente uma mensagem.Ele entregou o celular para a garçonete, onde claramente estava escrito na língua do País F:“Ce n'est pas mon père (Ele não é meu pai!)”A atendente percebeu imediatamente o erro em suas palavras e se curvou, pedindo desculpas: - Minhas sinceras desculpas, pensei que vocês fossem uma família.Foi então que Inês entendeu. Luís estava chateado porque a garçonete disse que Lucas era seu pai. Mas quando a funcionária pensou que ela era a mãe, ele não se importou. Isso não fazia sentido.Para evitar mais mal-entendidos, Inês falou diretamente: - Somos os tios dele.A garçonete ficou um pouco surpresa, afinal, a mulher na frente dele e a criança p
Luís abraçava carinhosamente seu urso de pelúcia, sentado no colo de Inês. De repente, ele envolveu o pescoço dela e deu um beijo carinhoso nela.Ele mexeu os lábios, sem emitir som algum, mas Inês entendeu. Ele estava dizendo "obrigado".- De nada, Luís. O importante é que você está gostando. - Inês sorriu para ele.Depois de brincar um pouco com Luís, Inês foi ao banheiro. Quando ela voltou, viu alguns meninos um pouco mais velhos o cercando, tentando pegar o urso de pelúcia dele e o chamando de "mudo".Ao perceber a situação, Inês ficou furiosa. Esses moleques atrevidos ousaram incomodar o seu pequeno Luís!- O que vocês estão fazendo? - Inês entrou correndo.Assim que Luís a viu, seu rosto pequeno e frio imediatamente mostrou uma expressão de choro e maus-tratos. Ele correu em direção a Inês com suas pequenas pernas curtas. Inês se agachou, pegando o pequeno como um bolinho de arroz.- Luís, o que aconteceu? Eles te incomodaram, não foi?Luís estava com a cabeça abaixada no colo de
Inês deu dois tapas nela, deixando a mulher tonta.- Você! Como ousa me bater? - A mulher segurava o rosto ardente e gritava.- Eu estou batendo em você, por falar coisas tão cruéis para uma criança. Não é de admirar que tenha criado um filho tão mal-educado! - Inês colocou Luís atrás dela, emanando uma presença imponente, e rebateu com determinação.Ela não podia tocar numa criança, mas ela não hesitava em se opor a um adulto arrogante.Os três pestinhas ficaram assustados pela ação anterior de Inês, recuando e se escondendo atrás da mãe de Nicholas.- Você bateu em alguém e ainda acha que está certa?! Não vá embora, espere por mim! Eu vou chamar a polícia! - A mulher, assustada pelos dois tapas de Inês, não ousava enfrentá-la, então gritava alto que chamaria a polícia.- Tudo bem, chame mesmo! - Inês não tinha medo dela. Ela não pensou em deixar as coisas como estavam naquele dia!Três pestinhas ouviram falar em chamar a polícia e ficaram um pouco nervosos, choramingando enquanto con
Inês e Lucas não estavam com fome, só pediram algo para beber, mas em pouco tempo, o garçom havia trazido dois combos.- Luís, é muita comida, você vai dar conta de comer tudo? - Inês olhou para Luís com surpresa.Luís olhou para a comida diante dele, respirou fundo e assentiu. Comer devagar significava mais tempo para ficar com a mamãe.- Você realmente está com fome, criança! - Lucas, com um olhar de admiração, disse.- Você não sabe de nada, comer é uma bênção! - Inês o encarou e retrucou.Enquanto ele pudesse comer, a quantidade não importava.- Luís, pode comer, não passe vontade, não precisa de cerimônias. - Inês bagunçou os cabelos de Luís e disse.Luís assentiu e começou a sua jornada de comida.De repente, Inês lembrou de algo e disse para Lucas: - Ligue para a recepção do hotel e pergunte se tem algum hóspede procurando por um filho perdido.- Ok. - Lucas saiu para fazer a ligação.Em pouco tempo, ele voltou segurando o celular.- Srta. Inês, no hotel realmente tem um casal
A porta do carro se abriu, e a mulher que se autodenominou mãe de Luís desceu, ficando respeitosamente à porta. - Senhor, por favor. - Disse a mulher, alta de ombros largos. Luís fungou, segurando um urso de pelúcia enquanto saía do carro e entrava no outro estacionado ao lado.- Não deu para perceber, né? - Perguntou Thiago, olhando para o casal.- Fique tranquilo, representamos muito bem, garantimos que não deixamos escapar nenhum detalhe. - Respondeu o homem, forte e alto. - Ótimo! - Exclamou Thiago.O casal pegou o dinheiro, entrou no carro e se foi.Thiago se sentou no banco do passageiro e olhou para Luís, que estava esfregando os olhos no banco de trás.- Já chorou bastante? - Perguntou Thiago, impaciente. Luís o encarou, bufando teimosamente. Então, Thiago sorriu suavemente e, notando o urso de pelúcia nos braços de Luís, perguntou. - Quem te deu isso? - Foi a mamãe. - Respondeu Luís movendo os lábios. Thiago concordou levemente com a cabeça e então viu Luís abrir a boca no
Thiago, resignado, sem muitas palavras, saiu correndo à procura de Luís. João franziu a testa e resmungou baixinho, percebendo que ele realmente havia bebido demais. As palavras que ele disse, mal saíram de sua boca e ele já tinha se arrependido. Não demorou muito, e o Thiago voltou carregando Luís, que estava debruçado sobre o ombro de Thiago, chorando quase sem fôlego, com uma expressão miserável.- Vai pegar a caixa de remédios. - Instruiu Thiago.João, ouvindo isso, franziu a testa imediatamente. - O que aconteceu? - Perguntou João, preocupado. - Levou um tombo. - Respondeu Thiago.Então, Thiago se sentou no sofá com Luís nos braços e enrolou a perna dele, a apontando para cima, pois o joelho machucado estava sangrando.- Como você pode ser tão descuidado! - Disse João, pegando a caixa de remédios que o criado trouxe, procurou por iodo e curativos e disse. - Fala umas duas palavras e sai correndo, você está ficando cada vez mais mal educado.Mesmo ao repreender com palavras, J