Emanuel olhava fixamente para Inês, um pressentimento sinistro crescendo em seu coração."Será que ela descobriu tudo?"No momento seguinte, ele ouviu a voz embargada de Inês dizendo:- A sua ferida de bala, como você foi envenenado, eu sei de tudo!A espinha de Emanuel ficou rígida, e ele se viu incapaz de falar.Ele pretendia esconder isso dela pelo resto da vida. Mas agora, de alguma maneira, ela descobriu.Emanuel olhou para Inês, para o seu rosto marcado pelas lágrimas, e suspirou interiormente:- Inês, eu não queria te pressionar. Tudo isso, eu fiz por você.Inês, com a cabeça baixa, perguntou:- Por quê? Emanuel, nós já estamos divorciados, por que você...Emanuel suspirou novamente, segurando o rosto dela, e disse:- Inês, se eu soubesse que iria me apaixonar por você, jamais teria me divorciado.Ela arregalou os olhos, incrédula com a resposta que recebeu.Emanuel, com gestos gentis, enxugou as lágrimas de Inês e disse pausadamente:- Inês, a coisa que mais me arrependo nesta
- Mas e daí? Enquanto você não se casar com outra pessoa, tenho o direito de ao menos tentar, Inês. Tenho confiança em mim mesmo, você acabará sendo a minha mulher!Inês ficou sem palavras."Ele rapidamente revelou sua natureza dominadora!"Inês afastou a mão de Emanuel, dizendo:- Emanuel, arrogância não é uma virtude!Ele sorriu levemente e respondeu:- Inês, você ousa dizer que não sente absolutamente nada por mim? Se realmente não sentisse, por que teria ficado? E por que chorou tanto agora há pouco?- Não sou um ser frio, claro que eu tenho sentimentos. Você me salvou e me ajudou a encontrar a flor de jade fosco, essa dívida eu devo pagar! - Inês esfregou os olhos vermelhos. - Quanto ao meu choro, eu estava apenas emocionada, não pense demais.Emanuel fixou o olhar nos olhos de Inês e disse:- Inês, o que você diz não é o que sente!Quanto mais ela explicava, menos Emanuel acreditava nas suas palavras.Os olhos não mentem, e os dela já a tinham traído.O olhar de Emanuel era penet
Inês hesitou por um bom tempo, mas no final atendeu a ligação.- Alô.No momento seguinte, uma voz grave soou do outro lado:- Querida esposa, como você tem passado esses dias?Inês sentiu dor de cabeça ao ouvir como ele se dirigia a ela.- João, eu não sou sua esposa!- Como não é? Nós até realizamos a cerimônia de casamento.Irritada, Inês respondeu rangendo os dentes:- Por favor, fale direito!"Quando foi que eu me casei com ele?"Do outro lado da linha, João resmungou friamente:- Eu sabia que você ia negar! Sem coração!Inês não queria perder tempo discutindo, então foi direto ao ponto:- Por que você me ligou?- Vera disse que você levou o composto A117, é isso mesmo? - A voz de João soava preguiçosa ao telefone.- Sim. - Inês pausou, explicando. - João, eu preciso urgentemente do A117, então...Ela foi interrompida pelo homem:- Não me importa sua urgência, você tem uma semana para me devolver!Inês apertou o telefone firmemente e disse:- João, eu realmente preciso do A117, po
Thiago, que estava de guarda, prontamente respondeu. João se aproximou e ordenou:- Mande alguém para o País A para investigar Inês. Quero saber o que ela está fazendo. Ela sabe o quanto o A117 é importante para mim e ainda assim ousa não devolvê-lo.- Sim, senhor.Thiago sentia-se um tanto resignado, lamentando não ter investigado Inês mais a fundo da última vez.- Patrão, o menino acordou. - A voz de um empregado soou repentinamente atrás dele.João se virou e viu um menininho de cerca de quatro anos, esfregando os olhos enquanto corria para seu quarto.O garotinho estava vestido com um pijama preto e branco, abraçando um ursinho. Seu rostinho ainda carregava sinais de sono, era extremamente adorável.O pequeno correu até o homem, apontou para o celular sobre a mesa e depois para ele, seus olhos escuros como tinta cheios de questionamento.João ergueu as sobrancelhas e perguntou:- O que houve?O garoto moveu os lábios, mas não emitiu som.João, que entendia leitura labial, esboçou u
País A, Cidade J.Inês passou a noite em claro, e saiu da farmácia apenas ao meio-dia do dia seguinte.Emanuel a estava esperando desde cedo, e ao vê-la sair, apressou-se em levá-la para comer fora.- Você não dormiu a noite toda, depois de comer, você precisa descansar.Inês, enquanto comia, balançou a cabeça e disse:- Não é necessário, eu só preciso de um café. Pretendo ter esse antídoto pronto até o meio dia de amanhã.Emanuel, acariciando sua cabeça, disse:- Não precisa ter tanta pressa.Inês respondeu com um sorriso:- É a primeira vez que vejo alguém envenenado tão despreocupado.Emanuel falou:- Não é que eu não esteja preocupado, mas eu confio em você.Na verdade, ele tinha um desejo secreto de que ela demorasse a desenvolver o antídoto, para que pudesse ficar mais tempo ao seu lado.Emanuel temia que, assim que seu veneno fosse curado, ela o deixasse.Inês o encarou e assentiu:- Emanuel, eu disse que salvaria você, e vou cumprir com minha palavra.Após o almoço, Inês preten
Valentina acenou com a cabeça. De repente, ela se lembrou de algo e perguntou:- Irmão, você não acha que o papai deixaria o Pedro interferir nos negócios da empresa, né?- Isso é difícil de dizer. - Os olhos de Emanuel eram frios. - Afinal, nosso pai sempre foi um tanto imprevisível.Valentina franzia a testa, sem dizer uma palavra....Inês não tinha descansado durante a noite e dormiu profundamente.De repente, um toque de telefone a acordou.Ela pensou que era o despertador, mas ao pegar o celular, percebeu que era uma ligação.Um número estrangeiro.Inês sentou-se e passou a mão nos cabelos, apertando o botão de atender.- Alô. - Não houve resposta do outro lado da linha. - Olá?Inês tentou falar na língua do país M, mas mesmo assim não obteve resposta.Ela olhou para o celular; a ligação ainda estava ativa.Nesse momento, a porta do quarto se abriu.Emanuel entrou e a viu, confusa, sentada na cama com o celular na mão.- Você acabou de acordar?- Sim. - Inês esfregou os olhos e
No castelo sob as montanhas Leenders, no quarto das crianças.Luís estava sentado em frente ao computador, segurando um celular do qual a chamada já tinha sido encerrada. Seu rostinho delicado e angelical estava cheio de mágoa."Eu não disquei errado, não. Eu reuni muita coragem para fazer esta ligação."Luís reiniciou o gravador e tocou a gravação da chamada que acabara de fazer.- Alô. Olá. Olá, quem fala? Ninguém responde, provavelmente foi engano.Luís ouviu aquelas breves frases repetidas vezes.Seu rostinho macio estava cheio de esperança."A voz da mamãe é tão bonita. Ela também deve ser muito bonita. Eu quero tanto ver a mamãe."Pensando nisso, Luís lembrou-se das palavras do "Grande Demônio".Ele não podia ver a mamãe, sua presença a faria sofrer.Luís abraçou o celular, fungou e apertou os lábios firmemente."Mamãe..."...Cidade J.Depois de dois dias, Inês finalmente conseguiu preparar o antídoto para o veneno do Sol Poente usando o composto A117.Ela fez o melhor que pôde
Inês estava prestes a responder quando, de repente, ouviu Emanuel, no quarto, emitir um gemido de dor.- João, estou ocupada agora, nos falamos depois. - Após dizer isso, Inês desligou o telefone.Ela correu de volta para o lado da cama e viu que o corpo de Emanuel estava se contorcendo, então rapidamente segurou seus ombros.- Emanuel, aguente firme um pouco mais.Inês pegou um kit de acupuntura do armário de remédios, preparando-se para aplicar algumas agulhas nele.Nesse momento, o celular dela tocou novamente.Era João outra vez.Inês, impaciente, desligou o celular....Do outro lado do oceano, em um castelo antigo.Um homem, com o rosto sombrio, sentava-se na cadeira do chefe, insistindo em ligar para Inês repetidas vezes.Até que...- Desculpe, o telefone que você ligou está desligado, por favor, tente mais tarde..."Desligado?"João, com os olhos perigosamente sombrios, fixou o olhar na pilha de documentos na mesa, sua expressão tornou-se extremamente sinistra."Muito bem, ela