Marina
Quando Theo me deixou em casa, fui direto ao banheiro tomar um banho, não foi nada legal enfrentar seu pai. Que cara odioso! Não podia imaginar o que deve ter sido para eles crescerem com um homem assim. Meu pai sempre foi muito atencioso e me apoiou em tudo o que quis fazer.
Terminei o banho e voltei para o quarto. Edu ainda não tinha voltado. Coloquei meus fones e deitei na cama. Envolvida com a música em meus ouvidos, adormeci.
Senti uma mão quente em meu braço e me virei em sua direção. Estava tendo um sonho tão bom com o Theo, que pensei ter conjurado sua presença. Peguei sua mão e beijei a palma, ele tentou se desvencilhar. Não entendi o porquê, então o puxei pelo braço e o fiz deitar ao meu lado.
Ele caiu desajeitado e tentou pular da cama. Eu o agarrei tentando com que ele ficasse quieto.
— Marina, o que você está fazendo? — Edu gritou.
Puta merda! Abri meus olhos de uma vez só, dei de cara com um Edu de o
TheoUma semana se passou desde a visita do meu pai. Ainda estava chateado por tudo que ele disse, mas tentei aliviar a tensão trabalhando e mostrando que não precisava nada do que vinha da sua parte.Eu e Marina estávamos mais ligados do que nunca. Sempre que dava estávamos agarradinhos e nos amando. Chegou, enfim, o dia da prova de natação. Nós iríamos de van a uma cidade a três horas de distância, tinha um ginásio aquático olímpico onde ocorriam as competições e o melhor era no litoral.Na porta da universidade todos estavam em expectativa da partida, Marina e Cibele já estavam a postos. Aproximei-me e a abracei por trás dando um beijo em sua bochecha. Ela se virou para mim, sorriu e continuou a conversar com Cibele.O professor chegou e entramos no carro, loucos para cair na piscina e ganhar, sentei no último banco
MarinaA área da piscina era incrível, as arquibancadas estavam cheias, a maioria torcia pela universidade local. Mas nosso time era muito bom. Não deviam estar tão certos da vitória.Avistei Theo e Enzo com a equipe masculina. Ele estava pecaminoso com a sunga preta. Eu o devorei com os olhos. Sentindo meu olhar, se virou e sorriu de um jeito safado. Fui para perto da equipe feminina me aquecer e alongar. Os meninos iriam primeiro, depois da prova deles que nós cairíamos.O professor se aproximou e deu instruções. Theo seria o primeiro a pular, ele ia participar nas modalidades livre, 100m borboleta e medley. Todos os competidores estavam a postos em suas plataformas.Theo parecia muito concentrado.O sinal de largada soou e ele caiu. Suas braçadas eram longas e rápidas. A prova era de 100 metros, Theo teria que dar duas voltas e bater na borda, estava na me
TheoVencemos a competição em primeiro lugar, o grupo se encaixava legal, éramos bem entrosados. A equipe feminina ficou em segundo em duas modalidades. Marina estava exultante de felicidade. Para ela, competir sempre foi melhor que ganhar.Combinamos de fazer um pequeno luau na praia para comemorar. Fui para o quarto que estava dividindo com Enzo, tomar um banho e me preparar. Entrei debaixo d’água para tirar o cloro da piscina. Fiz a barba e fui para o quarto me vestir.Coloquei uma calça branca de algodão e uma regata azul. Combinei com Mari de encontrá-la no hall do hotel. Enzo ainda nem tinha voltado. Percebi-o muito perto de Cibele o tempo todo. Mas, como não era da minha conta, nem comentei nada.No salão estava toda a equipe à espera. Marina estava de costas, mas pude perceber que exalava felicidade. Sentindo minha aproximação, ela se virou e me
MarinaQuando cheguei ao quarto e vi que Cibele não estava, tive uma ideia meio louca e excitante. Enviei um torpedo para o Theo e, depois que ele respondeu, fui me preparar. Será que ele ia gostar?Tinha pouco tempo, então fiz apenas o básico, procurei uma música sensual e baixei a luz, vesti uma lingerie sexy por baixo do vestido e aguardei. Na mesma hora que ele bateu na porta, meu coração acelerou. Coloquei a mão na maçaneta e respirei fundo.Abri e sorri, não disse nada porque estava muito nervosa. Theo me deu um beijo na boca e entrou, estava indo para a mesa, mas peguei sua mão e o puxei em direção ao quarto. Coloquei-o sentado na cama e me afastei. Ele ficou me olhando, curioso.Aproximei-me da caixinha de som e apertei o play. A batida sexy da música começou, escolhi entre várias Buttons, da Pussycat Dolls. Nem me
TheoA noite passada foi a melhor de todos os tempos, eu fiquei louco quando Marina começou a tirar a roupa e dançar. Tive que me segurar para não pular em cima dela. Quando fez o lap dance eu não pude aguentar. Tive que fazê-la minha e mostrar de todas as maneiras que ela me pertencia.Mas acordar ao seu lado era sublime. Ela tinha uma expressão tão serena em seu rosto, que meu peito se encheu de orgulho de ser o responsável por essa expressão satisfeita. Ela se mexeu em seu sonho e sorriu, passei o dedo por seus lábios e troquei por minha boca. Mesmo dormindo, ela enlaçou meu pescoço e correspondeu com toda empolgação.Desci a mão por seu corpo maravilhoso e provoquei seu sexo; ela abriu os olhos prontamente, que já estavam vidrados de prazer. Continuei a beijá-la enquanto a acariciava com os dedos. Ela quebrou no exato m
MarinaDepois da manhã agitada de arrumar as coisas, caminhamos para a van. Estava sentada ao lado de Theo quando vi Cibele entrando, Enzo estava atrás dela com cara de tacho.Ela me olhou e sorriu sem graça. Vendo a confusão em meu rosto, ela balançou a cabeça e disse:— Depois te falo.Assenti. Olhei para o Theo, que estava distraído prestando atenção no comportamento do Enzo. Ele sentou ao nosso lado, ao invés do assento que ocupou na vinda. Theo virou para ele e ficaram conversando.Quando o carro começou a andar coloquei meu fones e admirei a paisagem. Nesse lugar maravilhoso foi onde tive a mais absoluta certeza de quem era e a quem pertencia.A viagem era longa e acabei adormecendo, chegamos à cidade exaustos. Aguardei Cibele do lado de fora.— Agora conta, Ci. Quero ir embora.— Eu dormi com o Enzo.
TheoNão podia acreditar que ela disse isso. Ter me mudado para casa ao lado da sua foi a única coisa boa que meu pai fez. E ela falou que o que tivemos foi um erro?Caí de joelhos na calçada e abaixei a cabeça. Não podia suportar a visão de ver o amor da minha vida partindo para longe de mim. Minha vida sem ela seria nada. Não suportaria levantar a cada dia e saber que não a veria em breve, que não poderia encontrá-la e beijar até o amanhecer.Estava num desespero profundo. Levantei os olhos para o céu e gritei do fundo dos meus pulmões. Minha dor era muito grande. Não me importava com as pessoas que passavam e ficavam olhando.Vi Tatiana e Edu vindo em minha direção. Eles estavam assustados.— Theo, levanta do chão. — Tati tentou me levantar em vão.— Ela se foi, Tati. Nã
MarinaMeu telefone não parava de tocar, Edu estava atrás de mim como um louco, devia estar querendo defender o Theo. Homens, sempre se juntavam nessas merdas. Cansei de tanto chorar em casa e parti para a piscina. A água sempre me relaxava.Troquei-me no vestiário e fui para borda. Pulei e me acalmei instantaneamente, enquanto a água passava por meu corpo, levava minha raiva embora. Então, só ficou a dor. Muita dor. Minhas lágrimas se misturavam com a água, então nem me importei em chorar tudo que tinha vontade.Depois de mais ou menos umas quatrocentas voltas, decidi sair, pois já estava bem mais calma. Subi a escada e a razão de todo o meu sofrimento estava ali sentada numa cadeira com as pernas cruzadas. Carol me olhava com um brilho louco nos olhos.— O que você quer agora, Carol?Ela deu uma risadinha sinistra e levantou.&mdas