Theo
A noite passada foi a melhor de todos os tempos, eu fiquei louco quando Marina começou a tirar a roupa e dançar. Tive que me segurar para não pular em cima dela. Quando fez o lap dance eu não pude aguentar. Tive que fazê-la minha e mostrar de todas as maneiras que ela me pertencia.
Mas acordar ao seu lado era sublime. Ela tinha uma expressão tão serena em seu rosto, que meu peito se encheu de orgulho de ser o responsável por essa expressão satisfeita. Ela se mexeu em seu sonho e sorriu, passei o dedo por seus lábios e troquei por minha boca. Mesmo dormindo, ela enlaçou meu pescoço e correspondeu com toda empolgação.
Desci a mão por seu corpo maravilhoso e provoquei seu sexo; ela abriu os olhos prontamente, que já estavam vidrados de prazer. Continuei a beijá-la enquanto a acariciava com os dedos. Ela quebrou no exato m
MarinaDepois da manhã agitada de arrumar as coisas, caminhamos para a van. Estava sentada ao lado de Theo quando vi Cibele entrando, Enzo estava atrás dela com cara de tacho.Ela me olhou e sorriu sem graça. Vendo a confusão em meu rosto, ela balançou a cabeça e disse:— Depois te falo.Assenti. Olhei para o Theo, que estava distraído prestando atenção no comportamento do Enzo. Ele sentou ao nosso lado, ao invés do assento que ocupou na vinda. Theo virou para ele e ficaram conversando.Quando o carro começou a andar coloquei meu fones e admirei a paisagem. Nesse lugar maravilhoso foi onde tive a mais absoluta certeza de quem era e a quem pertencia.A viagem era longa e acabei adormecendo, chegamos à cidade exaustos. Aguardei Cibele do lado de fora.— Agora conta, Ci. Quero ir embora.— Eu dormi com o Enzo.
TheoNão podia acreditar que ela disse isso. Ter me mudado para casa ao lado da sua foi a única coisa boa que meu pai fez. E ela falou que o que tivemos foi um erro?Caí de joelhos na calçada e abaixei a cabeça. Não podia suportar a visão de ver o amor da minha vida partindo para longe de mim. Minha vida sem ela seria nada. Não suportaria levantar a cada dia e saber que não a veria em breve, que não poderia encontrá-la e beijar até o amanhecer.Estava num desespero profundo. Levantei os olhos para o céu e gritei do fundo dos meus pulmões. Minha dor era muito grande. Não me importava com as pessoas que passavam e ficavam olhando.Vi Tatiana e Edu vindo em minha direção. Eles estavam assustados.— Theo, levanta do chão. — Tati tentou me levantar em vão.— Ela se foi, Tati. Nã
MarinaMeu telefone não parava de tocar, Edu estava atrás de mim como um louco, devia estar querendo defender o Theo. Homens, sempre se juntavam nessas merdas. Cansei de tanto chorar em casa e parti para a piscina. A água sempre me relaxava.Troquei-me no vestiário e fui para borda. Pulei e me acalmei instantaneamente, enquanto a água passava por meu corpo, levava minha raiva embora. Então, só ficou a dor. Muita dor. Minhas lágrimas se misturavam com a água, então nem me importei em chorar tudo que tinha vontade.Depois de mais ou menos umas quatrocentas voltas, decidi sair, pois já estava bem mais calma. Subi a escada e a razão de todo o meu sofrimento estava ali sentada numa cadeira com as pernas cruzadas. Carol me olhava com um brilho louco nos olhos.— O que você quer agora, Carol?Ela deu uma risadinha sinistra e levantou.&mdas
TheoEstava em meu quarto quando recebi um texto da Tati, que estava na porta do prédio e queria falar comigo. Desci desanimado, mas podia ser alguma notícia da Marina.Cheguei à portaria e Tatiana parecia um fantasma, de tão pálida.— O que foi, Tatiana?— Eu achei a Carol.— Ah, você me tirou da cama pra falar isso? Vou voltar.Ela segurou meu braço.— Espera, Theo. Deixa-me terminar. Eu a vi na lanchonete se vangloriando com uma menina. Ela disse que estava aqui num dia que você chegou do trabalho e nem a viu. Ela teve que dormir com seu colega Raul para ele deixá-la tirar uma foto.Arregalei os olhos. Filho da puta, ia se ver comigo.— Mas isso não é o pior. Ela viu Marina indo em direção à piscina e decidiu esperar um pouco antes de ir pra lá. Disse que ia infernizar ela
Marina Estava numa névoa entre a realidade e o sonho. Minha cabeça latejava, e de olhos fechados podia sentir o toque da mão de Theo no meu braço. Só podia ser alucinação, a última coisa que me lembro é de escorregar e cair na beira da piscina. Ouvia sua voz rouca me dizer que tudo ia ficar bem, que ele me amava. Seus beijos frescos como a brisa me davam força para voltar à vida. Quando abri os olhos a primeira coisa que vi, foi IVs ligados pelos meus braços, uma máquina cardíaca apitando ao meu lado. E pude sentir a dor da pancada que levei na cabeça. Virei de lado devagar e o vi ali na poltrona. Ele estava todo amassado. Sua roupa era a mesma que estava na faculdade, porém sujas e amarrotadas. Theo estava com o olhar fixo no teto, pensativo. De súbito ele olhou para baixo, em minha direção. Eu pude ver toda a preocupação estampada em seu rosto. Com os olhos arregalados, se aproximou devagar. Parecia receoso. Colocou sua mão em
TheoTinha uma lista de recomendações que o médico me deu para a recuperação da Marina. Eu sabia que ela ia chiar com tudo aquilo. Mas teria que aceitar tudo quietinha.Em casa o quarto dela já estava pronto, tinha preparado um colchão extra, não ia sair de seu lado nem por um minuto. Mas não queria correr o risco de dormir com ela e machucar sua cabeça. Edu disse que teria uma surpresa para quando voltássemos.Quando pisamos na sala estava cheia de balões e nossos amigos estavam ali aguardando a volta dela. Marina era muito querida, mesmo não sabendo disso. Lipe se aproximou, envergonhado.— Mari, queria pedir desculpas por tudo o que aconteceu.Ela colocou a mão em seu braço e apertou.— Está tudo bem, Lipe. Somos amigos, não vamos falar mais nisso, ok?Ele assentiu e foi falar com algumas
MarinaDuas semanas se passaram para que eu fosse liberada do repouso. Foi difícil aguentar o Theo todo esse tempo. Eu o amo mais do que nunca, mas ele de enfermeiro era terrível, pior que uma freira. Toda vez que eu tentava algum movimento, ele desvencilhava brincando.Aconteceram coisas importantes nesse tempo. Recebia visitas de meus amigos todos os dias, e era atualizada das coisas que aconteciam.Tatiana e Edu finalmente resolveram seus problemas, eles já estavam a meio caminho de uma reconciliação, mas depois de verem Theo desesperado com medo de que eu fosse morrer, eles se deram conta do quanto se amavam e resolveram apagar o passado e começar de novo. Eca, dava enjoo só de olhar. Estavam na fase de docinho. Era bebê pra cá, gatinha pra lá. Ai, que irritante! Devia ser porque eu estava em jejum absoluto.Outro casal que se acertou foi a Cibele e o Enzo. Improv&aacut
TheoEu estava uma pilha de nervos a noite passada, não foi minha única surpresa para ela. Rodei a cidade inteira tentando achar algo legal, que coubesse em meu orçamento.Planejei toda a noite minuciosamente. Tive ajuda do meu amigo, agora cunhado, Edu. Marina adorava parque. Quando eu disse a ela que íamos comemorar lá, ela ficou animadíssima. Passou o dia todo com Tatiana e Cibele — que estavam numa boa com seus novos namorados — arrumando cabelo, fazendo as unhas, coisas de mulheres.Eu fiquei feliz, pelo menos ela não ia ver o meu nervosismo e desconfiar. Quando foi se aproximando da hora, eu já não me aguentava parado. Quase fiz um buraco na sala esperando-a sair do quarto.— Calma, cara! Vai dar tudo certo.Olhei Edu que estava sentado no sofá, me olhando divertido.— Você fala isso porque não é você. Q