Theo
Vencemos a competição em primeiro lugar, o grupo se encaixava legal, éramos bem entrosados. A equipe feminina ficou em segundo em duas modalidades. Marina estava exultante de felicidade. Para ela, competir sempre foi melhor que ganhar.
Combinamos de fazer um pequeno luau na praia para comemorar. Fui para o quarto que estava dividindo com Enzo, tomar um banho e me preparar. Entrei debaixo d’água para tirar o cloro da piscina. Fiz a barba e fui para o quarto me vestir.
Coloquei uma calça branca de algodão e uma regata azul. Combinei com Mari de encontrá-la no hall do hotel. Enzo ainda nem tinha voltado. Percebi-o muito perto de Cibele o tempo todo. Mas, como não era da minha conta, nem comentei nada.
No salão estava toda a equipe à espera. Marina estava de costas, mas pude perceber que exalava felicidade. Sentindo minha aproximação, ela se virou e me
MarinaQuando cheguei ao quarto e vi que Cibele não estava, tive uma ideia meio louca e excitante. Enviei um torpedo para o Theo e, depois que ele respondeu, fui me preparar. Será que ele ia gostar?Tinha pouco tempo, então fiz apenas o básico, procurei uma música sensual e baixei a luz, vesti uma lingerie sexy por baixo do vestido e aguardei. Na mesma hora que ele bateu na porta, meu coração acelerou. Coloquei a mão na maçaneta e respirei fundo.Abri e sorri, não disse nada porque estava muito nervosa. Theo me deu um beijo na boca e entrou, estava indo para a mesa, mas peguei sua mão e o puxei em direção ao quarto. Coloquei-o sentado na cama e me afastei. Ele ficou me olhando, curioso.Aproximei-me da caixinha de som e apertei o play. A batida sexy da música começou, escolhi entre várias Buttons, da Pussycat Dolls. Nem me
TheoA noite passada foi a melhor de todos os tempos, eu fiquei louco quando Marina começou a tirar a roupa e dançar. Tive que me segurar para não pular em cima dela. Quando fez o lap dance eu não pude aguentar. Tive que fazê-la minha e mostrar de todas as maneiras que ela me pertencia.Mas acordar ao seu lado era sublime. Ela tinha uma expressão tão serena em seu rosto, que meu peito se encheu de orgulho de ser o responsável por essa expressão satisfeita. Ela se mexeu em seu sonho e sorriu, passei o dedo por seus lábios e troquei por minha boca. Mesmo dormindo, ela enlaçou meu pescoço e correspondeu com toda empolgação.Desci a mão por seu corpo maravilhoso e provoquei seu sexo; ela abriu os olhos prontamente, que já estavam vidrados de prazer. Continuei a beijá-la enquanto a acariciava com os dedos. Ela quebrou no exato m
MarinaDepois da manhã agitada de arrumar as coisas, caminhamos para a van. Estava sentada ao lado de Theo quando vi Cibele entrando, Enzo estava atrás dela com cara de tacho.Ela me olhou e sorriu sem graça. Vendo a confusão em meu rosto, ela balançou a cabeça e disse:— Depois te falo.Assenti. Olhei para o Theo, que estava distraído prestando atenção no comportamento do Enzo. Ele sentou ao nosso lado, ao invés do assento que ocupou na vinda. Theo virou para ele e ficaram conversando.Quando o carro começou a andar coloquei meu fones e admirei a paisagem. Nesse lugar maravilhoso foi onde tive a mais absoluta certeza de quem era e a quem pertencia.A viagem era longa e acabei adormecendo, chegamos à cidade exaustos. Aguardei Cibele do lado de fora.— Agora conta, Ci. Quero ir embora.— Eu dormi com o Enzo.
TheoNão podia acreditar que ela disse isso. Ter me mudado para casa ao lado da sua foi a única coisa boa que meu pai fez. E ela falou que o que tivemos foi um erro?Caí de joelhos na calçada e abaixei a cabeça. Não podia suportar a visão de ver o amor da minha vida partindo para longe de mim. Minha vida sem ela seria nada. Não suportaria levantar a cada dia e saber que não a veria em breve, que não poderia encontrá-la e beijar até o amanhecer.Estava num desespero profundo. Levantei os olhos para o céu e gritei do fundo dos meus pulmões. Minha dor era muito grande. Não me importava com as pessoas que passavam e ficavam olhando.Vi Tatiana e Edu vindo em minha direção. Eles estavam assustados.— Theo, levanta do chão. — Tati tentou me levantar em vão.— Ela se foi, Tati. Nã
MarinaMeu telefone não parava de tocar, Edu estava atrás de mim como um louco, devia estar querendo defender o Theo. Homens, sempre se juntavam nessas merdas. Cansei de tanto chorar em casa e parti para a piscina. A água sempre me relaxava.Troquei-me no vestiário e fui para borda. Pulei e me acalmei instantaneamente, enquanto a água passava por meu corpo, levava minha raiva embora. Então, só ficou a dor. Muita dor. Minhas lágrimas se misturavam com a água, então nem me importei em chorar tudo que tinha vontade.Depois de mais ou menos umas quatrocentas voltas, decidi sair, pois já estava bem mais calma. Subi a escada e a razão de todo o meu sofrimento estava ali sentada numa cadeira com as pernas cruzadas. Carol me olhava com um brilho louco nos olhos.— O que você quer agora, Carol?Ela deu uma risadinha sinistra e levantou.&mdas
TheoEstava em meu quarto quando recebi um texto da Tati, que estava na porta do prédio e queria falar comigo. Desci desanimado, mas podia ser alguma notícia da Marina.Cheguei à portaria e Tatiana parecia um fantasma, de tão pálida.— O que foi, Tatiana?— Eu achei a Carol.— Ah, você me tirou da cama pra falar isso? Vou voltar.Ela segurou meu braço.— Espera, Theo. Deixa-me terminar. Eu a vi na lanchonete se vangloriando com uma menina. Ela disse que estava aqui num dia que você chegou do trabalho e nem a viu. Ela teve que dormir com seu colega Raul para ele deixá-la tirar uma foto.Arregalei os olhos. Filho da puta, ia se ver comigo.— Mas isso não é o pior. Ela viu Marina indo em direção à piscina e decidiu esperar um pouco antes de ir pra lá. Disse que ia infernizar ela
Marina Estava numa névoa entre a realidade e o sonho. Minha cabeça latejava, e de olhos fechados podia sentir o toque da mão de Theo no meu braço. Só podia ser alucinação, a última coisa que me lembro é de escorregar e cair na beira da piscina. Ouvia sua voz rouca me dizer que tudo ia ficar bem, que ele me amava. Seus beijos frescos como a brisa me davam força para voltar à vida. Quando abri os olhos a primeira coisa que vi, foi IVs ligados pelos meus braços, uma máquina cardíaca apitando ao meu lado. E pude sentir a dor da pancada que levei na cabeça. Virei de lado devagar e o vi ali na poltrona. Ele estava todo amassado. Sua roupa era a mesma que estava na faculdade, porém sujas e amarrotadas. Theo estava com o olhar fixo no teto, pensativo. De súbito ele olhou para baixo, em minha direção. Eu pude ver toda a preocupação estampada em seu rosto. Com os olhos arregalados, se aproximou devagar. Parecia receoso. Colocou sua mão em
TheoTinha uma lista de recomendações que o médico me deu para a recuperação da Marina. Eu sabia que ela ia chiar com tudo aquilo. Mas teria que aceitar tudo quietinha.Em casa o quarto dela já estava pronto, tinha preparado um colchão extra, não ia sair de seu lado nem por um minuto. Mas não queria correr o risco de dormir com ela e machucar sua cabeça. Edu disse que teria uma surpresa para quando voltássemos.Quando pisamos na sala estava cheia de balões e nossos amigos estavam ali aguardando a volta dela. Marina era muito querida, mesmo não sabendo disso. Lipe se aproximou, envergonhado.— Mari, queria pedir desculpas por tudo o que aconteceu.Ela colocou a mão em seu braço e apertou.— Está tudo bem, Lipe. Somos amigos, não vamos falar mais nisso, ok?Ele assentiu e foi falar com algumas