Marina
Tatiana estava me esperando em uma lanchonete perto do meu apartamento. Theo ficou na praça em frente, se visse algum movimento estranho iria lá e me tiraria de perto dela. Ele estava preocupado com o que poderia acontecer.
Nossa noite de amor foi linda, as lembranças assolavam minha mente a todo o momento, só pensava nele nu na minha cama. Ah, o homem era a perdição.
Tati já estava numa mesa de canto com os olhos na janela, observava seu irmão no banco da praça. Ela virou para mim e baixou a cabeça. Sentei à sua frente e a olhei fixamente.
— Pra que você me chamou aqui, Tatiana?
Ela olhou para os lados, visivelmente envergonhada.
— Eu queria pedir desculpas por ontem — sussurrou.
— O quê? Não te escutei, fala mais alto. — Na verdade, eu escutei, mas não iria perder essa chance.
TheoEu já ia bater na porta quando ela abriu me surpreendendo. Marina estava com um sorriso lindo, toda eufórica. Puxou-me para a sala e me encostou à parede, atacando como uma mulher faminta. Agarrei-me ao seu corpo perfeito e a beijei com avidez. Mari soltou um gemido e mordeu meu lábio inferior. Cara, ela estava impossível.De súbito se afastou e me encarou com os olhos divertidos. Seus lábios estavam vermelhos e inchados. Passou o polegar pelo meu maxilar escorregando até minha boca, capturei seu dedo com os dentes e mordi sinuosamente. Ela ofegou e retirou o dedo.— Você demorou, eu estava morrendo aqui.— Tive que me segurar para não vir antes, morri de saudades, já estou dependente do seu corpo. — Marina sorriu preguiçosamente.Edu entrou na sala parecendo perdido. Cumprimentou-me com um aceno, pegou uma maçã na b
MarinaLogo cedo recebi uma mensagem de texto da Tatiana, perguntando se podia ficar conosco no intervalo. Admito, ainda estava com um pé atrás. Mas quem era eu para julgar? Respondi que sim, encontraria com ela na árvore.Nem deu tempo de comer alguma coisa, estava atrasada e corri para a rua, pelo jeito Edu já tinha ido. No portão do campus vi Cibele conversando com Lipe e sorriam um para o outro, ela parecia diferente. Um pouco atirada? Eu deveria estar enganada.Me aproximei e os cumprimentei. Lipe ficou ali alguns segundos, depois se despediu para conversar com um amigo. Cibele estava com uma cara melhor, mas ainda assim estranha.— E aí, Ci. Como foi o final de semana?— Legal. — Sorriu amarelo. — Você sabe, Mari. Acho que me enganei a respeito do Edu. Não estava realmente apaixonada por ele, gostava mais da ideia de ser importante para alguém.
TheoOlhar o rosto do meu pai depois de meses sem vê-lo, me deixou meio abobado. Apesar de tudo o que passei nas mãos desse homem, ainda o amava.Ele nos olhava com a decepção estampada no rosto, observou Tatiana e fez uma careta.— Vejo que decidiu mesmo seguir os passos de seu irmão, até vestida como uma qualquer você está.Tati comprimiu os lábios e seus olhos ficaram marejados, ela virou a cabeça de lado desviando o olhar.— O que você quer, pai?Meu pai era um cara bonito para sua idade, sempre praticava exercício físico, para ele aparência era tudo o que importava.— Não posso visitar meus filhos em sua nova faculdade?Dei uma risada amarga. Como se eu fosse acreditar que ele se importava com nosso bem-estar. Meu pai olhou Marina de cima a baixo e levantou as sobrancelhas.— Vej
Marina Quando Theo me deixou em casa, fui direto ao banheiro tomar um banho, não foi nada legal enfrentar seu pai. Que cara odioso! Não podia imaginar o que deve ter sido para eles crescerem com um homem assim. Meu pai sempre foi muito atencioso e me apoiou em tudo o que quis fazer. Terminei o banho e voltei para o quarto. Edu ainda não tinha voltado. Coloquei meus fones e deitei na cama. Envolvida com a música em meus ouvidos, adormeci. Senti uma mão quente em meu braço e me virei em sua direção. Estava tendo um sonho tão bom com o Theo, que pensei ter conjurado sua presença. Peguei sua mão e beijei a palma, ele tentou se desvencilhar. Não entendi o porquê, então o puxei pelo braço e o fiz deitar ao meu lado. Ele caiu desajeitado e tentou pular da cama. Eu o agarrei tentando com que ele ficasse quieto. — Marina, o que você está fazendo? — Edu gritou. Puta merda! Abri meus olhos de uma vez só, dei de cara com um Edu de o
TheoUma semana se passou desde a visita do meu pai. Ainda estava chateado por tudo que ele disse, mas tentei aliviar a tensão trabalhando e mostrando que não precisava nada do que vinha da sua parte.Eu e Marina estávamos mais ligados do que nunca. Sempre que dava estávamos agarradinhos e nos amando. Chegou, enfim, o dia da prova de natação. Nós iríamos de van a uma cidade a três horas de distância, tinha um ginásio aquático olímpico onde ocorriam as competições e o melhor era no litoral.Na porta da universidade todos estavam em expectativa da partida, Marina e Cibele já estavam a postos. Aproximei-me e a abracei por trás dando um beijo em sua bochecha. Ela se virou para mim, sorriu e continuou a conversar com Cibele.O professor chegou e entramos no carro, loucos para cair na piscina e ganhar, sentei no último banco
MarinaA área da piscina era incrível, as arquibancadas estavam cheias, a maioria torcia pela universidade local. Mas nosso time era muito bom. Não deviam estar tão certos da vitória.Avistei Theo e Enzo com a equipe masculina. Ele estava pecaminoso com a sunga preta. Eu o devorei com os olhos. Sentindo meu olhar, se virou e sorriu de um jeito safado. Fui para perto da equipe feminina me aquecer e alongar. Os meninos iriam primeiro, depois da prova deles que nós cairíamos.O professor se aproximou e deu instruções. Theo seria o primeiro a pular, ele ia participar nas modalidades livre, 100m borboleta e medley. Todos os competidores estavam a postos em suas plataformas.Theo parecia muito concentrado.O sinal de largada soou e ele caiu. Suas braçadas eram longas e rápidas. A prova era de 100 metros, Theo teria que dar duas voltas e bater na borda, estava na me
TheoVencemos a competição em primeiro lugar, o grupo se encaixava legal, éramos bem entrosados. A equipe feminina ficou em segundo em duas modalidades. Marina estava exultante de felicidade. Para ela, competir sempre foi melhor que ganhar.Combinamos de fazer um pequeno luau na praia para comemorar. Fui para o quarto que estava dividindo com Enzo, tomar um banho e me preparar. Entrei debaixo d’água para tirar o cloro da piscina. Fiz a barba e fui para o quarto me vestir.Coloquei uma calça branca de algodão e uma regata azul. Combinei com Mari de encontrá-la no hall do hotel. Enzo ainda nem tinha voltado. Percebi-o muito perto de Cibele o tempo todo. Mas, como não era da minha conta, nem comentei nada.No salão estava toda a equipe à espera. Marina estava de costas, mas pude perceber que exalava felicidade. Sentindo minha aproximação, ela se virou e me
MarinaQuando cheguei ao quarto e vi que Cibele não estava, tive uma ideia meio louca e excitante. Enviei um torpedo para o Theo e, depois que ele respondeu, fui me preparar. Será que ele ia gostar?Tinha pouco tempo, então fiz apenas o básico, procurei uma música sensual e baixei a luz, vesti uma lingerie sexy por baixo do vestido e aguardei. Na mesma hora que ele bateu na porta, meu coração acelerou. Coloquei a mão na maçaneta e respirei fundo.Abri e sorri, não disse nada porque estava muito nervosa. Theo me deu um beijo na boca e entrou, estava indo para a mesa, mas peguei sua mão e o puxei em direção ao quarto. Coloquei-o sentado na cama e me afastei. Ele ficou me olhando, curioso.Aproximei-me da caixinha de som e apertei o play. A batida sexy da música começou, escolhi entre várias Buttons, da Pussycat Dolls. Nem me