Theo
Andei o caminho da faculdade ao meu apartamento pisando em nuvens, não podia acreditar nas coisas que aconteciam. Eu tive Marina tão perto, nossas mãos entrelaçadas, amava sentir seu toque outra vez. E agora tudo estava diferente, mais intenso, estávamos mais velhos e sentimentos diferentes nos envolvia. Mal podia esperar para vê-la ou apenas falar com ela outra vez.
Em casa, estava a bagunça de todo dia. Como todo apartamento habitado por apenas homens, você poderia encontrar de tudo. Entrei no meu quarto — que estava parcialmente arrumado —, com exceção da cama do Enzo que vivia em constante confusão. Ele dizia não suportar arrumação, dava nervoso, vai entender. Joguei a mochila num canto, uma a mais ou a menos... não faria diferença.
Não teria expediente na oficina, por conta de um problema pessoal do Sr. Silva. T
MarinaUm zumbido estava se infiltrando em meu sono. Que droga, assim tão cedo? O que estava acontecendo? Abri um olho, depois o outro. O zumbido continuou. Tentei raciocinar, mas estava difícil, minha mente ainda estava dormindo.A noite tinha sido tumultuada de lembranças, de uma infância muito feliz. Eu senti falta até da Tatiana... Coisa bem surpreendente. E veio a mensagem do Theo, que respondi prontamente num impulso, mas depois de enviada rebati mil vezes se fiz a escolha certa de ter mandado aquilo. Quando recebi o texto dele, meu coração disparou tão rápido, que não tive outra reação a não ser honesta com os sentimentos que estavam em mim.O zumbido de novo. Oh, mas que droga!Olhei para a cabeceira da cama e vi meu celular piscando, franzi a testa. Quem será que estava me mandando mensagem a essa hora da madrugada? Bem, não madru
TheoA tarde de terça-feira passou com novidades interessantes. Cadu falou mais de sua vida, era um cara reservado em relação ao seu passado. Estar se soltando mais era um bom sinal. Gostaria de ajudar, de alguma forma percebi que já sofreu demais. E a confirmação veio em seu desabafo, porém logo desconversou e deixamos por isso mesmo. Às vezes, é preferível esquecer.Edu e Cibele estavam juntos, eram tão melosos que tinha que desviar o olhar pela intensa intimidade. Eu ficava o tempo todo imaginando como seria se minha relação com Marina estivesse nesse estágio. Com ela eu tinha que ir devagar. Mas estava sentindo falta do contato, da ligação que tivemos na boate.Será que estava indo devagar demais? Ela poderia perder o interesse por achar que eu só queria sua amizade?Estava na hora de subir de nível, tra&cc
MarinaMinha cabeça girava, somente sentia e nada mais.Quando Theo agarrou meu pé fiquei assustada. Mas, depois que percebi quem era, uma calmaria se instalou em meu coração. Então me pendurei em volta dele como uma samambaia. Podia sentir sua rígida ereção em minha barriga. Contorci-me um pouco e encostei meu sexo com o dele.Ele rosnou e me encostou na parede da piscina. Separou sua boca da minha e seus olhos me observavam intensamente. Seus lábios acariciaram meu rosto em beijos leves e molhados, foi descendo pelo meu pescoço e clavícula. Mordeu minha pele exposta pelo decote do maiô. Abaixou a vista aos meus seios, escassamente cobertos. Levantou o olhar questionando, como se pedisse permissão. Assenti levemente.Deu um sorriso de lado. Levou a mão até a alça e abaixou lentamente, descobrindo um seio. Sua respiraçã
TheoQuando cheguei em casa, fui ao banheiro, tomei um banho e deitei na cama. Estava tudo em silêncio. Cadu e Enzo, ainda estavam na rua aproveitando a folga.Fiquei pensando em tudo que aconteceu na piscina, aquilo foi uma loucura, minha vontade era de possuí-la ali mesmo dentro d’água. Doeu muito refrear meu desejo.Mas não podia apressar tanto a situação. Já tinha avançado muito o sinal. Porém, não pude resistir. Ela era tentadora demais. Seus cabelos e pele molhados, os barulhos de satisfação que fazia me levaram à loucura. Marina estava totalmente ligada em mim.Sentimentalmente estava travada. Faria o possível para não machucá-la novamente. Nunca tinha sido minha intenção, eu queria protegê-la. Se não tivesse me afastado, ela iria sofrer muito mais. Mas eu fui um tolo, devia ao menos ter expli
MarinaMinha noite foi totalmente turbulenta. Teve momentos em que lembranças dolorosas perturbaram meu sono, e também sonhos quentes e explosivos que vinham como uma tormenta.Acordei em um torpor, minha vida tinha virado de cabeça para baixo num instante.Tomei banho e me vesti no automático. Nem sabia a roupa que escolhi. Na cozinha, o café já estava pronto, ainda bem porque não tinha a mínima vontade de preparar tudo. Edu também parecia em seu mundinho particular. Estava olhando para fora da janela, com uma expressão em seu rosto difícil de identificar, parecia nostálgico.Arrumamos nossas coisas e partimos para a faculdade. O clima na quarta-feira estava cinzento, nem quente ou frio. O caminho para o campus parecia estranhamente diferente. Eu enxergava a vida com outros olhos, a perspectiva para o meu futuro estava mais clara. Edu estava ao meu lado com
TheoEra incrível depois de tanto tempo separados, estar com ela assim. Ter a liberdade de chegar e poder tocá-la quando quisesse. Poder falar livremente. Ela sempre fora a única amiga a quem eu confiava todos os meus segredos. Era muito natural tê-la ao meu lado.A tarde se arrastou, não via a hora de ter o nosso primeiro encontro. Tudo bem que não seríamos só nós dois, mas Edu e Cibele eram bem legais. Eu estava feliz por ele. Tenho certeza de que alguma coisa aconteceu para estar tão diferente.Fiquei tão distraído, que não vi a hora passar. Tinha que me arrumar, o caminho até o apartamento dela era longo, já que eu ia andando. Corri para o banheiro para tomar uma chuveirada. Me apressei na ducha, fiz a barba, Mari sempre gostou do meu rosto lisinho.O problema era me vestir. Nunca estive tão nervoso para encontrar uma garota, ma
MarinaAndamos de mãos dadas todo o caminho até o ponto de táxi. Como era um pouco longe, não daria para ir a pé. Mas até no carro, ele não me largou. Sempre me acariciando e soprando beijos no meu pescoço.Na frente do cinema, avistei o mais novo casal à nossa espera. Eles ficavam lindos juntos. Edu estava muito feliz, então, por conseguinte, para mim estava perfeito.Agora seria a prova de fogo. Escolher o filme, meninos tem gostos diferentes de meninas. Ficamos divididos igualmente, eles queriam ver um filme de ação, eu e Cibele uma comédia romântica. No final acabamos cedendo, porque segundo eles seria uma tortura sem fim ver nosso filme. E fomos para a tediosa duas horas de pancadaria.— Você sabe o que este vestido está fazendo comigo? — sussurrou Theo.Ele estava com o braço enlaçando meu ombro
TheoEstava mexendo no meu carro que comprei num ferro velho, tinha uns dois anos que estava em processo de melhoria, quando terminasse ia ficar foda. Eufórico, contava as horas para ver Marina. Todos os dias, no finalzinho de tarde, a gente se encontrava, na frente da casa dela.Ficávamos ouvindo música, conversando. Sua mãe sempre fazia uns lanches gostosos. Depois, a gente deitava na grama e ficava olhando o anoitecer, vendo as primeiras estrelas surgirem. Não via a hora de contar as novidades do meu carrão, estava quase pronto. Ela seria a primeira a estrear. Mas meu mundo mudou completamente, quando meu pai entrou na garagem. Ele estava todo arrumado, como sempre. De terno e gravata. Impecável. Nossa, eu odiava esse jeito arrumadinho. Com a cara amarrada, ele deu a volta no carro, até ficar ao meu lado.Levantei meus olhos, e o encarei. Devolveu o ol