Após sair, Lorena foi direto para o lounge. Procurar Heitor era apenas uma desculpa. Mas o que realmente a preocupava era o fato de Jerônimo ter mencionado a organização Base Pioneira. "Por que ele mencionou isso?" Parecia que ela precisaria investigar mais a fundo. De qualquer forma, não queria que Guilherme tivesse nenhum envolvimento com essa organização. Então, fez uma ligação. O telefone tocou por um tempo até que alguém finalmente atendeu. Do outro lado, Caetano estava claramente irritado: — Alô, aquele cachorro me acordando no meio da noite… Não quer viver... Lorena franziu a testa e respondeu, cortante: — Sou eu! Caetano, ainda meio adormecido, ao ouvir a voz familiar, despertou de imediato, seus olhos se arregalaram e ele saltou da cama de uma vez. Após alguns segundos, conseguiu falar com a voz rouca: — O que foi? Lorena foi direto ao ponto: — Como estão as investigações? Caetano sabia exatamente do que ela estava falando, e com um gesto imp
Naquele momento, ela não pensou duas vezes e disse diretamente: — Vou te marcar uma consulta com um neurologista, para ver se não tem algum problema no cérebro. — Essa resposta realmente era do estilo dela, mas logo depois fez uma pausa e, com a voz tranquila, acrescentou: — Gostar de mim não é lá grande coisa, afinal, sou uma pessoa que sempre prefere viver sozinha. Ele, claro, sabia muito bem o que ela queria dizer. Ela estava dizendo: "Se alguém gostar dela, ela não vai responder, e talvez nem sequer consiga ser amigo."Por isso, ele apenas respondeu, em tom de brincadeira: — Estou só brincando, você leva tudo a sério. Nem quero ser seu amigo, você dá muito trabalho, e ainda tem um monte de problemas. Eu sou a última pessoa que gosta de confusão. Depois disso, nunca mais tocaram nesse assunto.Lorena desligou o telefone com Caetano. Não estava brava com ele, mas realmente queria dar uma resposta afiada. No entanto... a última coisa que ele disse tocou exatamente no ponto
O carro entrou por um portão de ferro de mais de dois metros de altura. Não demorou muito para parar em um estacionamento que parecia ser maior do que sete ou oito quadras de basquete. Mas isso não era o principal. O principal era que, ali perto, estavam estacionados dois helicópteros. Nos helicópteros, havia um desenho que lembrava um tigre, mas não era exatamente um tigre, apenas se assemelhava a um. Ela achou o símbolo familiar, como se alguém já o tivesse mostrado para ela, mas não conseguiu lembrar de imediato. Antes que conseguisse, a voz profunda e agradável do homem soou: — Chegamos, pode descer. O homem já havia saído do carro e estava à frente da porta, estendendo a mão para ela. Ela, sem hesitar, colocou a mão na dele. Depois de sair do carro, ela olhou ao redor. O lugar não parecia um local comum para se morar, nem um destino turístico. Pelo contrário, parecia mais uma base secreta, pois o lugar estava cercado por arame farpado. Se nada estivesse errado, e
Lorena hesitou por um momento.Ela repetiu mentalmente: "Será que é tão complicado assim?"— Então, deixa eu fazer mais uma pergunta. Vocês não sabem que o chip está danificado, sabem? Ela fez essa pergunta porque, se soubessem que o chip havia sido danificado pela Cifra Sombra, não estariam procurando por ela para repará-lo."Quem iria procurar um 'assassino' para ajudar, não é?"Pietro fez um som de surpresa e disse:— Como você soube? É verdade, está bem estranho, não conseguimos encontrar essa pessoa até agora.Ao ouvir isso, Lorena entendeu, e uma ideia se formou em sua mente.— Certo, então me leve até lá, farei o meu melhor. —Disse ela, voltando o olhar para o homem que segurava sua mão, com um tom bem humilde.Guilherme a conduziu até o elevador e a levou até ao sexto andar. Depois, atravessaram várias portas inteligentes de alta tecnologia.Cerca de dez minutos depois, chegaram a uma área espaçosa.Ali, só se ouvia um som: o som dos teclados sendo digitados.À sua frente, hav
— Desculpe, Sr. Guilherme, será que o senhor poderia sair também?Guilherme achou que talvez estivesse ouvindo coisas, levantou uma sobrancelha e indicou que ela repetisse, pois não tinha entendido direito.Lorena repetiu pacientemente e, em seguida, lançou um sorriso inocente e natural, tão quente quanto a primavera, mas... ele não sentiu nenhum calor.Do lado de fora, Pietro e os outros ficaram um pouco surpresos ao vê-lo saindo.Pietro, que não costumava se calar, riu zombeteiramente:— Foi sua esposa que mandou você sair?João imediatamente emendou:— Realmente, tudo tem seu momento.Jerônimo comentou:— Isso é o que chamam de roda da fortuna.Antes, eles haviam sido expulsos por Guilherme; agora, ele é quem foi mandado embora pela esposa. Isso, de certa forma, os equilibrava.Guilherme apertou os lábios finos, seus olhos negros como jade se estreitaram levemente enquanto ele lançava um olhar frio aos três, sem querer se dar ao trabalho de explicar.No quarto.O rosto delicado de
João tocou com a ponta da língua a bochecha e lançou um olhar significativo para Lorena: — Todo mundo diz que a Lorena subiu na vida com a família Santos, mas eu acho que foi alguém que subiu na dela. ... A batalha de hoje se espalhou rapidamente pela Aliança Dragão Negro. Os dois não demoraram muito, e Guilherme a levou embora. No caminho de volta, ela, curiosa, perguntou: — Ah, eu vi que os dois helicópteros tinham um símbolo. O que é aquilo? Guilherme respondeu: — São as bestas sagradas. "Bestas sagradas?" Ela murmurou para si mesma. — Punição dos pecados? — Perguntou ela, com cautela. O homem sorriu e olhou para ela, a elogiando sem hesitar: — A Sra. Santos é realmente muito inteligente. Agora ela entendeu o motivo de a imagem parecer familiar. Durval havia mostrado esse símbolo a ela há muito tempo, e, ao olhar para ele, pensou que fosse a cabeça de um tigre, mas na verdade era a de um leão. — É porque o Durval se interessa por essas bestas sagradas e
O endereço que Melissa forneceu ontem era, na verdade, um prédio inacabado e abandonado. Havia mato por toda parte, e o chão estava coberto de lama e materiais de construção descartados. Ela realmente não entendia por que sempre tinha que marcar encontros em lugares tão distantes e estranhos. Quando o carro preto de Lorena entrou, Melissa apareceu logo após ela descer do veículo. Com um leve sorriso misterioso no canto dos lábios, ela disse: — Srta. Melissa, você mesma veio me receber? Parece que tem alguém aqui com mais poder do que você. Melissa não lhe deu muita atenção e, com impaciência, respondeu: — Ande logo. Lorena não se incomodou, mantendo uma postura relaxada. Ela deu de ombros, olhou ao redor e comentou: — O lugar que você escolheu é bom, o cenário é bonito, o ar está agradável. Só é um pouco isolado, e a estrada não é das melhores. — Fez uma pausa e, de maneira sincera, acrescentou. — Mas, ainda assim, é um bom lugar. Melissa olhou para ela, como se tiv
Félix parecia não se importar, sorriu e disse: — A Srta. Lorena não é apenas bonita, mas também tem uma ótima reação. Ela levantou ligeiramente os cantos da boca, com os olhos sorrindo, mas apenas por ironia: — Desculpe, você nem chega perto de um fio de cabelo do meu marido. Você acha que sou cega ou de coração fraco para escolher alguém como você? O rosto de Félix escureceu. Melissa, que estava ao lado, não esperava que Lorena tivesse tanta coragem, ao ponto de responder Félix dessa forma. Quando o viu pela primeira vez, a presença dele a tinha assustado com sua aura agressiva. No entanto, para se livrar de Lorena, ela não via outra escolha. Melissa talvez tenha esquecido que, se Lorena podia estar com alguém como Guilherme, não teria medo de um simples Félix. — Impudente! Como ousa difamar nosso chefe? — De repente, um homem vestido de preto se levantou ao lado dele e gritou. Esse grito não afetou Lorena em nada, mas assustou Melissa. Félix levantou a mão, sinali