Nesse momento, o celular de Mauro tocou, e ele recebeu uma mensagem de texto de um número desconhecido. Ele abriu a mensagem, deu uma olhada e ficou visivelmente surpreso, com uma expressão de confusão no rosto. Tadeu lançou um olhar para ele: — O que foi? Mauro estendeu o celular para que ele lesse. Na tela estava escrito: [Eu sei onde vocês estão. Preciso despistar quem está me seguindo. No próximo cruzamento, me ajudem a bloqueá-los.] Tadeu permaneceu impassível. Mauro, ao perceber sua reação tranquila, perguntou: — Como assim? Você não está nem um pouco surpreso? Tadeu respondeu: — Surpreso com o quê? Ela já não sabia disso? — Sabia, sim. Mas como ela conseguiu meu número? Esse é meu número pessoal! Mauro estava confuso e, ao mesmo tempo, curioso. Dessa vez, Tadeu olhou para ele com uma expressão de desprezo, como se estivesse lidando com um completo idiota. Mauro estreitou os olhos: — Que olhar é esse? — Você andou assistindo muito filme de romance
Monte Cristalino. Número 3. Ângela já estava esperando por elas desde cedo. Ao ouvir o som de um carro entrando no pátio, se levantou imediatamente para abrir a porta. Lavínia e Lorena tinham acabado de descer do carro. Ao vê-las, Ângela ficou radiante. Já estava quase morrendo de tédio naquele lugar. Na sala de estar, Lavínia olhou ao redor da mansão e só conseguiu pensar em uma palavra: "Enorme." Ângela, ao ver Lorena, ainda se sentia um pouco constrangida. Achava que estava sempre lhe dando trabalho; antes era o apartamento, agora Lorena havia providenciado diretamente uma mansão para ela morar. — Ângela, fique tranquila aqui. Seja feliz, tenha paz e tenha seu bebê com segurança. Embora Lorena parecesse fria na maior parte do tempo, na verdade tinha um coração extremamente atencioso. Quando mudava o tom ao falar com Ângela, se tornava mais acolhedora. Lavínia, por sua vez, fixou os olhos na barriga de Ângela e comentou: — Eu, como sua irmã, talvez não seja tão
A primeira frase que Guilherme disse ao voltar para o escritório foi: — Veio aqui me chamar para almoçar? Reginaldo estava sentado no sofá, com as pernas cruzadas e uma postura despreocupada, quase arrogante. Ainda assim, seu rosto parecia tão sombrio quanto se tivesse sido mergulhado em um tinteiro, e seus olhos estreitos transmitiam o frio de quem acabou de sair de uma câmara congelada. Guilherme, no entanto, como de costume, ignorou tudo isso naturalmente. Com passos largos, caminhou até sua mesa, se sentou e, com um leve sorriso nos lábios, olhou para ele. — Se eu convidar, você se atreve a comer? — Disparou Reginaldo entre os dentes, semicerrando os olhos. Com as pernas cruzadas e recostado confortavelmente em sua cadeira, Guilherme entrelaçou os dedos longos e finos à frente do peito e, sem se incomodar, perguntou deliberadamente: — O que foi? Ainda não encontrou Ângela? Os cantos da boca de Reginaldo permaneceram rígidos, e ele rebateu no mesmo tom: — O que foi?
Heitor estava prestes a bater na porta quando, como se fosse um sopro de vento, a porta foi aberta abruptamente por alguém do lado de dentro. Ele ficou atordoado por um momento, mas, em um movimento ágil e rápido, deu um passo para o lado, cedendo passagem. — Sr. Reginaldo, o senhor... As palavras que estavam na ponta de sua língua foram imediatamente engolidas ao receber um olhar gélido e cortante de Reginaldo. Ele não ousou dizer mais nada. Com passos longos e elegantes, Reginaldo saiu. Heitor ficou indeciso se deveria segui-lo para abrir a porta do elevador, mas... pensando em sua própria segurança, achou melhor não. Ao mesmo tempo, uma dúvida surgiu em sua mente: "O que o Sr. Guilherme fez para irritar o Sr. Reginaldo a ponto de deixá-lo tão furioso?" Ele ficou parado na entrada por mais alguns segundos antes de dar os primeiros passos para dentro do escritório, fechando a porta atrás de si. — Sr. Guilherme. Ele olhou para o homem sentado na cadeira de chefe, cuja
Guilherme perguntou a ela: [Com quem você está no café?] Lorena imaginou, em sua mente, a expressão do homem enquanto digitava essa frase. Aparentemente simples, mas carregada nas entrelinhas de uma emoção que ele queria transmitir. Com um brilho de malícia nos olhos, ela respondeu imediatamente: [Com alguém que pode te deixar com ciúmes.] Assim que a mensagem foi enviada, ele respondeu instantaneamente: [Quem?] Apenas uma palavra foi suficiente para demonstrar a aura poderosa do homem. Nesse instante, as palavras de Melissa chegaram aos ouvidos de Lorena. Ela ergueu a cabeça com uma expressão de "isso não tem nada a ver comigo", o olhar transbordando indiferença. — Fale sobre algo que importe! A mensagem nas entrelinhas era clara: "Pare de falar essas besteiras!" Melissa, vendo Lorena tão calma e indiferente, ficou um tanto incrédula. Ignorando o aviso de Lorena, repetiu com ênfase: — Lorena, eu disse que cheguei à final do Concurso Internacional de Perfumes. Lor
Melissa não quis mais rodeios, e o primeiro objetivo de sua busca por Lorena já havia sido alcançado. — Você não vive desconfiando da verdadeira causa da morte da sua mãe? — Melissa exibiu um sorriso enigmático. — Na verdade, sua mãe não morreu de doença. Ao ouvir isso, o rosto impecável de Lorena permaneceu tranquilo, mas seus olhos já estavam cobertos por uma camada de frieza. Melissa, no entanto, não parecia disposta a entrar em muitos detalhes. Ela mudou de assunto: — Se você quiser informações específicas, amanhã às duas da tarde vá até este lugar. Alguém vai lhe entregar o que você quer. — Tirou um pedaço de papel da bolsa e colocou no meio da mesa. — Se lembre, vá sozinha. Havia um tom de advertência em suas palavras. Lorena abaixou levemente as pálpebras, lançou um rápido olhar para o endereço escrito no papel e, no instante seguinte, Melissa o pegou de volta, o rasgando em pedaços e os jogando na lixeira ao lado. Ela sabia que Lorena tinha boa memória e não se pr
Quando Guilherme chegou ao lado de Lorena, todos já haviam reconhecido a identidade dela. Os presentes permaneceram em seus lugares, atentos, prontos para assistir ao vivo à demonstração de afeto do casal. As várias vezes em que os dois apareceram nos assuntos mais comentados da internet encantaram a todos; a doçura entre eles era viciante. Sem mencionar a aparência dos dois, que, juntos, pareciam desafiar as leis da natureza de tão perfeitos que eram. Assim que Guilherme se aproximou, Melissa endireitou automaticamente a postura, tentando exibir sua melhor versão, uma imagem de sofisticação e elegância. Mas... ele nem sequer olhou para ela. Nem de canto de olho. Pior ainda, as poucas palavras que ele disse pareceram fugir completamente do que se esperava de um presidente do Grupo JM. O olhar de Guilherme, ao encontrar Lorena, transbordava uma ternura evidente, mas ao mesmo tempo sua presença exalava uma frieza intimidante que afastava qualquer pessoa. — Presidente Guilher
Mas aquela mulher, ao mesmo tempo bela e destemida, sempre trazia surpresas inesperadas. Com um leve sorriso no olhar, ela fixou os olhos no homem com tranquilidade e perguntou: — Uma flor de pessegueiro, comum e fácil de encontrar, e uma rosa, rara como uma estrela da manhã. Sr. Guilherme, com sua vasta experiência em julgar pessoas, qual delas você escolheria? Guilherme respondeu sem hesitar: — Escolho apenas você. Todos ao redor não conseguiam sentir outra coisa além de inveja do casal. Bastava que estivessem juntos para exalarem uma aura que fascinava qualquer um. Melissa, mesmo completamente consumida por ciúmes e insatisfação naquele momento, precisou se controlar. No entanto, suas mãos, caídas ao lado do corpo, estavam firmemente cerradas em punhos. Os músculos de seu rosto estavam tensos e até tremiam levemente, embora ela mesma não tivesse percebido. Às vezes, por mais perfeita que pareça a fachada, os movimentos do corpo acabam revelando as emoções mais profunda