Vinte minutos depois, era hora de comer.Thomas, muito consciencioso, foi buscar seus próprios talheres.Seu irmão apenas lhe lançou um olhar casual, sem dizer nada, e Thomas entendeu que havia conseguido se infiltrar no jantar com sucesso.Hoje foi a vez em que ele ficou mais quieto à mesa em toda a sua vida.Estava ao mesmo tempo, emocionado e ansioso, finalmente tendo a chance de provar a comida feita pelo próprio irmão. Ele podia se gabar disso pelo resto da vida.A comida estava realmente muito boa; a habilidade dele não era nada inferior à de Joyce.Quase todos ao seu redor sabiam que ele sabia cozinhar, mas ninguém nunca tivera a sorte de provar. Nem mesmo o avô e os pais tinham tido essa chance.Depois de comer, Thomas foi obedientemente colocar seus talheres de volta na cozinha.Lorena olhou para ele, confusa com aquele comportamento estranho.Então, ela perguntou:— O que aconteceu com você? Levou algum choque?Antes que Thomas pudesse responder, o homem imponente ao lado abr
— Eu só preciso cuidar bem da minha Sra. Santos; é minha responsabilidade garantir que você esteja bem alimentada.O homem abaixou propositalmente a voz, fazendo com que cada célula do corpo dela se derretesse ao som agradável.Quanto à última frase dele, ela tinha a nítida impressão de que ele queria dizer algo a mais. Especialmente porque seu olhar estava carregado de ambiguidade, um misto de provocação e desejo descarado que acelerava o coração dela.Ela conhecia bem aquele olhar. Tentou desviar os olhos, mas, antes que pudesse reagir, a mão que segurava firme sua cintura a apertou ainda mais.— Quer ir aonde? — Ele perguntou, estreitando os olhos.Ela forçou um leve sorriso nos lábios.— Vou ao banheiro.Ele soltou um leve resmungo, se inclinou e a beijou, invadindo sua boca suavemente.Gentil e ao mesmo tempo intenso, ele se entregava à doçura única que ela emanava.Após alguns instantes, como se estivesse preocupado que a posição dela fosse desconfortável, ele a ajustou, fazendo
Os dois se arrumaram um pouco e saíram.Com uma equipe profissional, praticamente não precisavam fazer muita coisa, apenas colaborar.As fotos seriam tiradas ao ar livre, e hoje, por sorte, estava um dia ensolarado.Nos dias anteriores, a temperatura estava bem baixa, e ela estava preocupada que o ensaio não pudesse ocorrer como planejado. Mas, para sua surpresa, o dia amanheceu mais quente, como se até o clima estivesse a seu favor.As preocupações dos últimos dias desapareceram completamente com a chegada desse momento.Ao chegarem ao local, foram direto trocar de roupa.A equipe cuidava de tudo: desde o figurino até a maquiagem e a fotografia, tudo realizado por profissionais especializados.Enquanto trocava de roupa, Lorena percebeu que o vestido que colocaram nela parecia feito sob medida, sem nenhum ajuste desnecessário.Um membro da equipe sorriu e disse:— Sra. Santos, todas as roupas deste ensaio foram encomendadas especialmente pelo Presidente Guilherme, feitas sob medida e e
Lorena percebeu que a gravata dele estava um pouco torta e, naturalmente, estendeu a mão para ajustá-la.O homem abaixou ligeiramente os olhos, observando a mulher à sua frente, que arrumava sua gravata com seriedade.Ela já havia trocado para o último vestido: um vestido de noiva branco. Naquele momento, parecia uma princesa recém-chegada do céu, com uma beleza pura e etérea. Sua pele, alva como porcelana, se fundia perfeitamente com o vestido.Seus longos cabelos negros estavam presos nas costas com uma fita branca formando um laço, e brincos compridos de franjas pendiam de ambos os lados. Em seu pescoço esguio, repousava um colar fino com um pingente de coração.Essa cena foi capturada pelo fotógrafo.A emoção que surgia espontaneamente era a mais autêntica e também a imagem mais bela.Observá-los era como contemplar uma pintura a óleo perfeita, sem qualquer defeito.— Pronto.Após terminar de ajeitar, ela deu um leve tapinha nas dobras do tecido em seu peito.Nos olhos de Guilherme
Assim que entrou, ouviu um grito repleto de ofensas afiadas e amargas.— Você, vadia sem vergonha! Está se envolvendo com o pai do meu filho, sua puta de amante!De imediato, avistou Ângela, sentada no banco, com a cabeça baixa e em completo silêncio, seu cabelo ligeiramente bagunçado.Uma policial próxima fez um alerta à mulher gorda.— O que está gritando? Fale baixo, isso não é a sua casa!A mulher, visivelmente enfurecida, colocou as mãos na cintura e encarou Ângela com fúria, ignorando totalmente o aviso da policial. Ela começava a falar sobre o comportamento recente do pai de seu filho, que, segundo ela, estava excessivamente atencioso, pegando a criança para levá-la às aulas extracurriculares. Hoje, ela resolveu seguir o homem secretamente, sem contar nada, e o flagrou sorrindo e abraçando uma professora muito bonita. Sem conseguir se controlar, se aproximou e deu um tapa na mulher.— Como você tem coragem de se achar uma pessoa exemplar? Você, que está tentando seduzir o mari
Alguém chamou a polícia, e eles se dirigiram à delegacia.Após a investigação, alguém teria que pagar a fiança. Ela não queria procurar aquele homem, não estava com o celular e, além do número dele, só se lembrava do número de Lavínia, então acabou ligando para ela. No final, a mulher, diante do olhar frio de Lorena e das evidências, não teve outra opção a não ser pedir desculpas a Ângela. — Professora Ângela, desculpe, foi um mal-entendido da minha parte. A atitude da mulher era sincera, e Ângela não tinha o que dizer. Ela realmente não queria criar mais confusão. — Deixe pra lá, pode ir embora. Quanto às aulas da sua filha, não vou mais dar. Você pode procurar outra professora, e eu também vou avisar à direção. A mulher sorriu sem graça e acenou com a cabeça. — Está bem, obrigada, professora Ângela. Em seguida, ela puxou o homem ao lado, que havia acabado de ser duramente repreendido por Lorena, e olhou para ele com raiva: — Não vai embora ainda? Quer continuar aqui
Ela, por acaso, também gostava de estudar carros, então tinha algum conhecimento sobre o mercado.Ângela acenou com a cabeça; sabia o motivo de Lilian estar surpresa, mas não havia o que fazer. O homem dentro do carro tinha uma posição privilegiada, e, por isso, o carro que ele dirigia não poderia ser nada comum.Quando Lilian entrou no carro, o que a surpreendeu ainda mais foi que, dentro, estavam um homem e uma mulher belíssimos.Além disso, a aura de ambos exalava uma impressão clara de aristocracia, e o poder de seus olhares era impressionante, especialmente o do homem no banco do motorista.Ângela fez uma breve apresentação.Lorena sorriu e cumprimentou: — Olá.Lilian, um pouco tímida, respondeu: — Oi, linda. — Principalmente porque a amiga de Ângela era simplesmente deslumbrante.Ela sempre achou Ângela muito inteligente e bonita, mas não imaginava que a Lorena fosse ainda mais linda. Lorena tinha uma beleza fria e elegante, o tipo de beleza que fazia qualquer um querer olhar
Ângela disse que primeiro iria deixar Lilian em casa.Lilian imediatamente mencionou o nome de um bairro, que por coincidência era o mesmo onde Lavínia morava, bem próximo ao Residencial Jardim do Norte.Nesse momento, Ângela estava tão absorvida na cena que acabara de presenciar que não prestou atenção ao bairro onde Lilian morava.Quem vive no bairro Rio Douro Residências certamente é alguém rico ou de alta classe, pois as casas lá não são para qualquer um; além de poder pagar, é preciso ter sorte para conseguir uma.Lorena, que não era íntima de ninguém, também não fez muitas perguntas.Depois de deixar as duas em casa, Lorena finalmente se virou para o homem no banco do motorista e perguntou o que ele estava pensando durante todo o trajeto:— Quem era aquela mulher que o Reginaldo estava abraçando?O homem, com suas mãos longas e elegantes segurando o volante, se virou com uma expressão inocente e olhou para ela.— Eu também não sei. Quer ligar e perguntar?O tom de Lorena parecia