— Sra. Santos, para onde vamos? — Perguntou Inês, no carro.— Para o subúrbio. — Respondeu Lorena rapidamente.— Certo.Inês olhou pelo retrovisor e viu o caminhão logo atrás, perseguindo elas sem trégua.Na estrada, todos podiam ver um carro de luxo, edição limitada, sendo seguido de perto por um caminhão discreto. Ambos estavam em alta velocidade, passando tão rápido que pareciam apenas sombras.O carro de Guilherme também os seguia de perto.No carro, Lorena fez uma ligação.Do outro lado, atenderam rapidamente.Ela disse imediatamente:— Querido, peça para liberarem o caminho que leva ao subúrbio agora.Assim que terminou de falar, ouviu Guilherme repetindo suas palavras.Em seguida, a voz dele soou grave, com uma preocupação perceptível:— Você está machucada?— Não. — Respondeu ela, sentindo um calor no coração e falando em voz baixa. — Não se preocupe.Guilherme soltou um suspiro de alívio. Ele tinha visto quando ela entrou no carro de Inês, mas não conseguira ver claramente se
À frente, uma fileira de viaturas policiais apareceu, bloqueando o meio da estrada.Nos segundos em que César se distraiu, o carro em que Lorena e as outras estavam deu uma guinada e ficou de frente para o caminhão que vinha perseguindo elas.Lorena estava no banco do motorista, com o rosto sereno e as mãos firmemente agarradas ao volante.Inês levou um susto. O que a Sra. Santos pretendia fazer?A uma curta distância, Gustavo e os demais observavam a cena, um pouco atônitos. Salvador, perplexo, perguntou:— Gustavo, o que ela vai fazer?A apenas dez metros à frente estavam as barreiras de pregos que eles haviam colocado.Gustavo franziu o cenho, com uma expressão sombria.— Ela deve estar usando a si mesma como isca. Quando o caminhão estiver prestes a atingi-las, ela se desviará, fazendo o caminhão passar diretamente sobre os pregos e o forçando a parar.Salvador ficou um pouco confuso.— Mas isso exige muita habilidade ao volante. E se ela não conseguir desviar a tempo? Acabou pra e
Ela estava atordoada. Ao virar a cabeça para olhar para a outra pessoa, ouviu o som de um motor acelerando. Antes que pudesse reagir, seu corpo se inclinou a noventa graus e, em seguida, o som agudo de pneus derrapando encheu seus ouvidos. Logo depois, o carro aterrissou, e ela foi lançada para frente.Sentiu como se tudo tivesse terminado antes mesmo de começar. No máximo, teve aquela sensação de frio na barriga, como se o coração lhe tivesse subido à garganta... e só.Em comparação, a outra pessoa envolvida parecia muito mais calma.Lorena soltou o cinto de segurança, se virou para ela e, dando um leve sorriso, deu um tapinha em seu ombro:— Hoje à noite a gente pode comer uma feijoada para acalmar os nervos.Inês engoliu em seco e assentiu, ainda meio atônita.— Ah, tudo bem.Assim que Lorena colocou um pé para fora do carro, foi envolvida por um abraço quente e firme, com um perfume familiar pairando ao redor de seu nariz.O homem a segurava com tanta força que parecia querer fundi
Heitor não se segurou e soltou uma crítica: — Ele está sendo completamente ilógico. Mesmo que a senhora, Sra. Santos, não tivesse interrompido a parceria com ele na época, outra pessoa o faria. Além disso, aquela empresa falida dele teria problemas mais cedo ou mais tarde. Era algo que todos entendiam. Ela havia sido a primeira a agir. Mas, independentemente do que César dissesse, sempre havia uma falha em sua lógica. Ele estava atolado em dívidas e, de repente, as quitou. Só isso já era difícil de entender. "Se ele conseguiu quitar as dívidas por conta própria, não faz sentido escolher justamente esse momento para matá-la. Será que estar vivo não é melhor?" Cometer um crime que o condenaria à prisão significaria passar o resto da vida trancado. ... — Chefe, o César não conseguiu e ainda foi pego. O homem estava sentado no sofá, com as pernas cruzadas, segurando um cigarro entre o indicador e o dedo médio. Ele inclinou a cabeça ligeiramente para trás e soltou uma nu
Mansão da família Amorim.— Socorro! Socorro! A Melissa tentou suicídio!Um grito de terror ecoou por toda a mansão.O pessoal todo, reunido na sala, correu para o segundo andar.Lorena, com seus olhos frios e altivos, olhou na direção daquele quarto no segundo andar e subiu com passos preguiçosos.O quarto estava repleto de pessoas, mas era grande o suficiente.Lorena levantou os olhos e examinou o quarto. A decoração e a disposição dos móveis mostravam uma opulência dourada, revelando o quanto a pessoa que morava ali era mimada.Um traço de escárnio frio passou por seus olhos.— O que está acontecendo? — Uma voz furiosa soou.Um empregado, ajoelhado no chão com a cabeça baixa, tremendo, disse:— Sr. Daniel, acabamos de chamar na porta da Melissa e encontramos ela deitada, sem se mexer. Vimos uma carta de despedida e uma garrafa de pílulas para dormir ao lado da cama."Carta de suicídio? Pílulas para dormir?"Os rostos de todos estavam chocados e aterrorizados.Lorena ficou um pouco s
Lorena sorriu e não respondeu à pergunta dele. Em vez disso, se virou e caminhou em direção ao elevador. Depois de dar alguns passos, parou, girou suavemente sobre os calcanhares e disse, num tom preguiçoso: — A propósito, tudo o que eu disse sempre será para valer. — Terminando a frase, entrou no elevador sem olhar para trás. Felipe ficou parado, franzindo a testa, observando ela desaparecer de vista. Naquele momento. No jardim dos fundos do Hospital Esperança. Ao lado de um portão arqueado, em um banco de pedra sob uma grande figueira. Se sentavam um senhor idoso de cabelos brancos e um homem de aparência nobre e elegante. — Guilherme, você já tem vinte e oito anos e ainda não tem uma mulher. Estou começando a me envergonhar de você. — Disse o velho com uma voz cheia de energia. O homem, encostado no banco, ouviu sem alterar a expressão. Suas longas pernas estavam cruzadas, as mãos repousavam sobre os joelhos, exibindo uma postura de nobreza e elegância. Ele possu
Heitor voltou para a empresa intrigado. "Sr. Guilherme, que nunca se mete em assuntos alheios, hoje resolveu intervir?""Será que o Sr. Guilherme, sempre tão reservado, está prestes a se apaixonar?""Amor à primeira vista?"A mulher de hoje era realmente muito bonita, talvez até bonita demais."Mas aqueles que se apaixonam à primeira vista geralmente são atraídos pela aparência. Será que a reserva do Sr. Guilherme nos últimos anos era apenas fachada?"Heitor sentiu que havia descoberto um grande segredo.Ele olhou humildemente para o Guilherme, que emanava uma aura fria, e disse cautelosamente:— Sr. Guilherme, sobre o ocorrido hoje, prometo manter segredo.Guilherme estreitou os olhos com desconfiança, olhou para ele friamente e disse:— Está sem trabalho ultimamente?Heitor sentiu um arrepio na espinha e rapidamente negou:— Não, não.Aprender a não comentar o que se descobre é uma habilidade que Heitor desenvolveu ao longo dos anos ao lado do Sr. Guilherme, uma espécie de ferramenta
Ala do hospital.Lorena cruzou os braços, encostada preguiçosamente na parede do corredor, com uma perna dobrada contra a parede.Ela só se endireitou quando uma figura alta apareceu em sua frente.Assim que ficou de pé, a voz fria de Felipe soou em seus ouvidos:— Lorena, você me decepcionou demais! Quando você se tornou tão fria e cruel? Como ousou jogar sua irmã na água, sabendo que ela não sabe nadar? Por que insiste em colocá-la em perigo repetidamente?Lorena estreitou os olhos amendoados, que pareciam envoltos em uma camada de gelo. Ela levantou as pálpebras e fixou o homem à sua frente.Quando Felipe viu o olhar frio dela, hesitou por um momento. Seus olhos brilhantes, como névoa se dissipando, exalavam uma frieza e um orgulho que o deixavam muito desconfortável.— Você simplesmente não muda. Mel sempre te protegeu e defendeu, mesmo antes de desmaiar, ainda estava te defendendo. Você não sente remorso? Sua consciência foi devorada por cães?Quanto mais Felipe falava, mais irrit