Lorena terminou uma reunião pela manhã e, deliberadamente, foi encontrar Guilherme para almoçarem juntos.Desde que, dois anos atrás, ela conseguiu salvar a empresa que sua mãe lhe deixou da beira da falência, o Grupo X estava funcionando novamente, até mesmo de forma mais sólida do que antes.Enquanto dirigia para o Grupo JM, refletia sobre como sua vida ultimamente parecia estar tranquila e em paz, até mesmo feliz.Após a morte de sua mãe e com sua avó internada em uma casa de repouso, muitas vezes ela ficava sozinha.Mas, recentemente, ele apareceu. Em apenas três meses, sua vida se tornou cheia, feliz e satisfatória, porque agora ela tinha sua própria família.Por causa desse homem, ela voltou a sentir o que é ter um lar.Ela queria passar o resto da vida ao lado dele e dos filhos que seriam só deles.Pensando nisso, o carro chegou ao prédio do Grupo JM.Ela estacionou o carro em uma vaga na rua.Estava prestes a soltar o cinto de segurança quando ouviu algumas pessoas do lado de f
— Sra. Santos, para onde vamos? — Perguntou Inês, no carro.— Para o subúrbio. — Respondeu Lorena rapidamente.— Certo.Inês olhou pelo retrovisor e viu o caminhão logo atrás, perseguindo elas sem trégua.Na estrada, todos podiam ver um carro de luxo, edição limitada, sendo seguido de perto por um caminhão discreto. Ambos estavam em alta velocidade, passando tão rápido que pareciam apenas sombras.O carro de Guilherme também os seguia de perto.No carro, Lorena fez uma ligação.Do outro lado, atenderam rapidamente.Ela disse imediatamente:— Querido, peça para liberarem o caminho que leva ao subúrbio agora.Assim que terminou de falar, ouviu Guilherme repetindo suas palavras.Em seguida, a voz dele soou grave, com uma preocupação perceptível:— Você está machucada?— Não. — Respondeu ela, sentindo um calor no coração e falando em voz baixa. — Não se preocupe.Guilherme soltou um suspiro de alívio. Ele tinha visto quando ela entrou no carro de Inês, mas não conseguira ver claramente se
À frente, uma fileira de viaturas policiais apareceu, bloqueando o meio da estrada.Nos segundos em que César se distraiu, o carro em que Lorena e as outras estavam deu uma guinada e ficou de frente para o caminhão que vinha perseguindo elas.Lorena estava no banco do motorista, com o rosto sereno e as mãos firmemente agarradas ao volante.Inês levou um susto. O que a Sra. Santos pretendia fazer?A uma curta distância, Gustavo e os demais observavam a cena, um pouco atônitos. Salvador, perplexo, perguntou:— Gustavo, o que ela vai fazer?A apenas dez metros à frente estavam as barreiras de pregos que eles haviam colocado.Gustavo franziu o cenho, com uma expressão sombria.— Ela deve estar usando a si mesma como isca. Quando o caminhão estiver prestes a atingi-las, ela se desviará, fazendo o caminhão passar diretamente sobre os pregos e o forçando a parar.Salvador ficou um pouco confuso.— Mas isso exige muita habilidade ao volante. E se ela não conseguir desviar a tempo? Acabou pra e
Ela estava atordoada. Ao virar a cabeça para olhar para a outra pessoa, ouviu o som de um motor acelerando. Antes que pudesse reagir, seu corpo se inclinou a noventa graus e, em seguida, o som agudo de pneus derrapando encheu seus ouvidos. Logo depois, o carro aterrissou, e ela foi lançada para frente.Sentiu como se tudo tivesse terminado antes mesmo de começar. No máximo, teve aquela sensação de frio na barriga, como se o coração lhe tivesse subido à garganta... e só.Em comparação, a outra pessoa envolvida parecia muito mais calma.Lorena soltou o cinto de segurança, se virou para ela e, dando um leve sorriso, deu um tapinha em seu ombro:— Hoje à noite a gente pode comer uma feijoada para acalmar os nervos.Inês engoliu em seco e assentiu, ainda meio atônita.— Ah, tudo bem.Assim que Lorena colocou um pé para fora do carro, foi envolvida por um abraço quente e firme, com um perfume familiar pairando ao redor de seu nariz.O homem a segurava com tanta força que parecia querer fundi
Heitor não se segurou e soltou uma crítica: — Ele está sendo completamente ilógico. Mesmo que a senhora, Sra. Santos, não tivesse interrompido a parceria com ele na época, outra pessoa o faria. Além disso, aquela empresa falida dele teria problemas mais cedo ou mais tarde. Era algo que todos entendiam. Ela havia sido a primeira a agir. Mas, independentemente do que César dissesse, sempre havia uma falha em sua lógica. Ele estava atolado em dívidas e, de repente, as quitou. Só isso já era difícil de entender. "Se ele conseguiu quitar as dívidas por conta própria, não faz sentido escolher justamente esse momento para matá-la. Será que estar vivo não é melhor?" Cometer um crime que o condenaria à prisão significaria passar o resto da vida trancado. ... — Chefe, o César não conseguiu e ainda foi pego. O homem estava sentado no sofá, com as pernas cruzadas, segurando um cigarro entre o indicador e o dedo médio. Ele inclinou a cabeça ligeiramente para trás e soltou uma nu
Lavínia estava esperando a resposta de alguém há bastante tempo, mas depois de quase o dia inteiro, ainda não tinha recebido nenhuma mensagem."Não é possível que digitar seja tão lento assim, né? E se digitar devagar, tem o recurso de voz também, não tem?"No fim, ela não recebeu uma resposta de Lorena, mas sim de Ângela, que apareceu de repente.Ângela disse surpresa: [Meu Deus, o que foi que aconteceu?] [ A Lorena está bem?] [Meu celular quebrou nos últimos dias, acabei de o consertar e o pegar de volta.]Lavínia deu uma olhada. Agora estava explicado o porquê de Ângela não ter dado sinal de vida recentemente.Lavínia perguntou: [Ângela, meu tio ainda está aí com você?]Ela já tinha mandado mensagem para Ângela antes, mas sem resposta. Anteontem, ao voltar para casa, ao passar pelo Residencial Jardim do Norte, teve a ideia de ir vê-la. Mas, quando estava prestes a virar para entrar no condomínio, viu o carro do tio entrando e acabou desistindo. Depois disso, com toda a correr
Sebastião levantou levemente a sobrancelha, Ademir ligou para Lorena para perguntar sobre ele? Essa ele não esperava.— Onde você está agora? — Lorena perguntou novamente.— Na Cidade X. — Sebastião respondeu obedientemente.— E o que exatamente você fez? Como conseguiu passar essa impressão de que não é uma pessoa séria? E ainda por cima... — Lorena perguntou mais uma vez, agora com um tom um pouco irritado.Ela se lembrou da última frase que Ademir havia dito antes de desligar: "Lorena, na verdade, eu acredito em você, mas ele realmente não parece ser uma pessoa confiável. Acho que Kelly não combina com ele, e o que eu queria, na verdade, era pedir que, se você tem alguma intimidade com ele, diga para não atrapalhar a Kelly. Eu já encontrei uma família de boa posição para ela e quero arranjar um casamento."Foi só por isso que Lorena ligou para Sebastião.Lorena transmitiu mais ou menos o que Ademir queria dizer, e após terminar, do outro lado houve um longo silêncio. Logo em seguida
Depois do almoço, Lorena foi com Guilherme para o Grupo JM. Ela estava no escritório de Guilherme naquele momento. O homem se sentou no sofá ao lado dela e, como de costume, levantou a mão e acariciou a cabeça dela. O cabelo dela era muito macio, negro e brilhante, com uma textura suave e um leve perfume de gardênia. — Quem te deixou com raiva? — O homem perguntou. Lorena respirou fundo e contou por alto sobre o telefonema que recebeu de Ademir, mas não falou muito sobre Sebastião. ... Naquela noite.Elder, que foi convocado com urgência, chegou na Cidade B para se apresentar a Lorena. — Srta. Lorena, o que você precisa de mim?Lorena disse: — Fique de olho em Noemi nos próximos dias. Não deixe ninguém perceber, e se houver alguma situação, me avise imediatamente. Depois do que aconteceu hoje, ela sentia que as coisas não iam terminar assim tão facilmente. Mas, por enquanto, ela também não conseguia estar presente o tempo todo para vigiar Noemi e não confiava em deixa