Na verdade, ela não dava tanta importância para essas formalidades. Já estavam casados, e ela achava que não era necessário. Sempre foi fácil de agradar nesse sentido.Ela abaixou levemente a cabeça, olhando para o homem ajoelhado diante dela, e de repente tudo ficou turvo; seus olhos se encheram de lágrimas sem que ela percebesse.Mas, naquele momento, ela realmente se sentiu emocionada.Ela assentiu com a cabeça. — Eu aceito.Assim que terminou de falar, quando estava prestes a pedir que ele se levantasse, um grupo de pessoas conhecidas surgiu ao seu redor.Lavínia, que estava de TPM, Durval, Thomas, Pietro, Ângela e até o Sr. Davi, a avó, o casal Michele...— Lorena, surpresa ou não?A voz de Noemi soou em meio à multidão.Lorena ficou um pouco boquiaberta.Ela olhou para o homem que já tinha se levantado, abriu a boca para lhe perguntar algo, mas, antes que pudesse falar, sua visão escureceu, pois ele já havia se inclinado para beijá-la nos lábios.Logo em seguida, só ouviu uma o
Mansão do Sol. Após tomar banho, Guilherme saiu do banheiro e encontrou o quarto vazio. A mulher que havia dito que o esperaria não estava mais lá. Ele vestiu o roupão e, ao sair do quarto principal, encontrou o mordomo. — Vítor, onde está a senhora? Vítor sorriu e disse: — Ah, a Sra. Santos? Ela foi ao depósito no primeiro andar para abrir os presentes. Ao ouvir isso, o homem, se dirigiu à escada. No depósito, uma certa mulher estava sentada no chão, com as pernas cruzadas sobre um cobertor, olhando para a montanha de presentes à sua frente, com um pouco de dor de cabeça, mas resignada em abrir um por um. Ela mal havia aberto alguns presentes quando sentiu uma fonte de calor se aproximar por trás, juntamente com o aroma familiar de sabonete. No segundo seguinte, foi facilmente erguida e colocada no colo do homem. Ele passou a mão pelo pescoço dela, o polegar acariciando levemente o lóbulo de sua orelha, e com um tom rouco e perigoso, perguntou: — Está se esconde
Sem exagero, aquele presente quase a matou.Ela ficou enrolando e só chegou à empresa por volta das onze horas.Felizmente, o tempo esfriou e ela pôde usar roupas de gola alta, pois seu pescoço estava cheio das "marcas de batalha" que um certo homem havia deixado na noite anterior.Hoje, ela vestia um terno casual azul neblina de alta costura, combinado com uma camisa preta de gola alta, e até trocou os saltos altos por sapatos baixos.A primeira coisa que Lavínia disse ao ver ele foi:— Lorena, por que você está usando roupa de gola alta? Você não sempre odiou usar esse tipo de roupa?Lorena limpou a garganta discretamente e respondeu com seriedade:— Está frio, e eu de repente percebi que roupas de gola alta são bem confortáveis.Lavínia retrucou:— Mas você sempre disse que roupas de gola alta apertavam o pescoço.Lorena, sem mudar a expressão, disse:— As pessoas mudam, né?Lavínia, que a conhecia melhor do que ninguém, não se deixou enganar tão facilmente. Ela se aproximou de repe
Diante do grito de Benjamin, Lorena nem mesmo piscou. Inclinou levemente a cabeça e colocou a mão no ouvido, como se estivesse limpando a cavidade auricular. Era como se o grito não fosse para ela. Mantinha-se tranquila e indiferente. Era precisamente essa atitude despreocupada que fazia com que Benjamin não tivesse como extravasar sua raiva. Lorena ficou em silêncio por alguns segundos, levantou levemente as pálpebras, e em seus olhos pairava uma frieza assustadora. Sua voz era neutra, com um leve toque de frieza. Ela disse:— Na verdade, eu não me importava com as ações da família Amorim, e além disso, eu já tinha conseguido a herança da minha mãe. Minha intenção era devolver as ações a vocês assim que tivesse um tempo livre. Ao ouvirem isso, Daniel e Benjamin expressaram uma alegria nos olhos, mas antes que pudessem comemorar por alguns segundos, Lorena mudou o tom: — Mas agora, eu não quero mais devolver. Os sorrisos dos dois ficaram congelados no mesmo instante.
Luiz estava muito calmo, sem pressa. Tirou um documento da bolsa de couro que carregava e disse: — Este é o documento assinado pela Sra. Stéphanie na época. É legalmente válido, em conformidade com a lei, e sua data é anterior ao contrato que vocês assinaram. — Em seguida, Luiz acrescentou. — Na verdade, no contrato que a Sra. Stéphanie assinou com vocês, esse documento também foi mencionado, e vocês concordaram e assinaram. Neste momento, Daniel e seu filho ficaram como se tivessem levado uma pancada na cabeça, percebendo que tinham sido enganados por Stéphanie. Lúcia não sabia o conteúdo completo do acordo entre eles, mas ouviu uma parte importante e imediatamente sorriu, com um ar de satisfação: — Pai, essa vagabunda não se casou, então este acordo ainda é válido. Daniel, ao ouvir isso, se animou e disse a Luiz, um pouco insatisfeito: — Advogado Luiz, a Lorena não se casou, então ainda podemos recuperar aqueles trinta por cento das ações. — Quem disse que eu não me cas
Sabendo que Ângela viria para a Cidade B, Lavínia reservou uma mesa no Sabores do Solar com um dia de antecedência, e as três foram a esse restaurante ocidental sofisticado na hora do almoço. As três eram muito atraentes, cada uma com seu charme único, e rapidamente chamaram a atenção de muitas pessoas. Mas todas já estavam acostumadas com isso e, ao se sentarem, começaram a conversar como boas amigas. Ângela não tinha muitos amigos próximos, mas desde que conheceu Lavínia e Lorena, ela passou a sorrir mais e a falar mais também. Lavínia tomou um gole de água com limão e perguntou: — Ângela, o que veio fazer na Cidade B desta vez? Ângela hesitou um pouco antes de responder. Ela sorriu e disse: — Eu pretendo me mudar para a Cidade B. Lavínia e Lorena acharam que tinham ouvido errado e olharam surpresas para ela. Ângela fez um bico e perguntou: — O que foi? Não estão felizes em me ver? Lavínia balançou a cabeça: — Não, não, só estou surpresa. Lorena perguntou:
— Já paguei a conta, Lavínia. Você e Ângela me esperem um pouco, vou ao banheiro. Lorena tinha acabado de sair do banheiro e, ao chegar nas escadas, deu de cara com Melissa, que não via há quinze dias. Ela lançou apenas um olhar indiferente e já estava prestes a descer a escada, quando a voz suave e delicada de Melissa soou: — Irmã, espere um pouco, tenho algo a lhe dizer. Lorena a ignorou, mas uma mão se estendeu à sua frente, bloqueando sua passagem. Ela franziu as sobrancelhas, um traço de desagrado passou por seus olhos. — Não se faça de parente. Minha mãe só teve uma filha. — Lorena ergueu levemente as pálpebras, dizendo friamente, sem deixar espaço para discussão. Melissa não se mostrou irritada nem constrangida; parecia que até o destino estava a seu favor. Ela não esperava encontrar Lorena, essa pirralha, quando Solange a convidou para jantar ali hoje. Ela já tinha ouvido de sua mãe sobre o que acontecera anteontem: que Lorena havia se casado e assumido direta
Hospital Esperança. Em frente à sala de cirurgia. Felipe chegou apressado, depois de ter recebido a ligação de Solange, nem sequer terminou a reunião e correu direto para o hospital. Assim que Solange o viu, começou a falar, chorando: — Primo, a Mel... ela perdeu muito, muito sangue. Os olhos negros de Felipe se estreitaram, seu rosto ficou frio e ele perguntou: — O que exatamente aconteceu? Como a Mel pode ter caído da escada assim, de repente? No telefonema, Solange apenas mencionou que Melissa havia caído da escada, sem dar mais detalhes. Com os olhos vermelhos, Solange apontou com raiva para Lorena e os outros, que estavam sentados a uma certa distância. — Foi ela, foi a Lorena que empurrou a Mel. Ela tem inveja porque a Mel está grávida do seu filho. Combinei de almoçar com a Mel no Sabores do Solar, e acabamos encontrando a Lorena por lá. Ela bloqueou a Mel na entrada da escada, e parece que discutiram. A Lorena, irritada, empurrou a Mel. Essas palavras eram a