Sabendo que Ângela viria para a Cidade B, Lavínia reservou uma mesa no Sabores do Solar com um dia de antecedência, e as três foram a esse restaurante ocidental sofisticado na hora do almoço. As três eram muito atraentes, cada uma com seu charme único, e rapidamente chamaram a atenção de muitas pessoas. Mas todas já estavam acostumadas com isso e, ao se sentarem, começaram a conversar como boas amigas. Ângela não tinha muitos amigos próximos, mas desde que conheceu Lavínia e Lorena, ela passou a sorrir mais e a falar mais também. Lavínia tomou um gole de água com limão e perguntou: — Ângela, o que veio fazer na Cidade B desta vez? Ângela hesitou um pouco antes de responder. Ela sorriu e disse: — Eu pretendo me mudar para a Cidade B. Lavínia e Lorena acharam que tinham ouvido errado e olharam surpresas para ela. Ângela fez um bico e perguntou: — O que foi? Não estão felizes em me ver? Lavínia balançou a cabeça: — Não, não, só estou surpresa. Lorena perguntou:
— Já paguei a conta, Lavínia. Você e Ângela me esperem um pouco, vou ao banheiro. Lorena tinha acabado de sair do banheiro e, ao chegar nas escadas, deu de cara com Melissa, que não via há quinze dias. Ela lançou apenas um olhar indiferente e já estava prestes a descer a escada, quando a voz suave e delicada de Melissa soou: — Irmã, espere um pouco, tenho algo a lhe dizer. Lorena a ignorou, mas uma mão se estendeu à sua frente, bloqueando sua passagem. Ela franziu as sobrancelhas, um traço de desagrado passou por seus olhos. — Não se faça de parente. Minha mãe só teve uma filha. — Lorena ergueu levemente as pálpebras, dizendo friamente, sem deixar espaço para discussão. Melissa não se mostrou irritada nem constrangida; parecia que até o destino estava a seu favor. Ela não esperava encontrar Lorena, essa pirralha, quando Solange a convidou para jantar ali hoje. Ela já tinha ouvido de sua mãe sobre o que acontecera anteontem: que Lorena havia se casado e assumido direta
Hospital Esperança. Em frente à sala de cirurgia. Felipe chegou apressado, depois de ter recebido a ligação de Solange, nem sequer terminou a reunião e correu direto para o hospital. Assim que Solange o viu, começou a falar, chorando: — Primo, a Mel... ela perdeu muito, muito sangue. Os olhos negros de Felipe se estreitaram, seu rosto ficou frio e ele perguntou: — O que exatamente aconteceu? Como a Mel pode ter caído da escada assim, de repente? No telefonema, Solange apenas mencionou que Melissa havia caído da escada, sem dar mais detalhes. Com os olhos vermelhos, Solange apontou com raiva para Lorena e os outros, que estavam sentados a uma certa distância. — Foi ela, foi a Lorena que empurrou a Mel. Ela tem inveja porque a Mel está grávida do seu filho. Combinei de almoçar com a Mel no Sabores do Solar, e acabamos encontrando a Lorena por lá. Ela bloqueou a Mel na entrada da escada, e parece que discutiram. A Lorena, irritada, empurrou a Mel. Essas palavras eram a
Ao ouvir as palavras, Lorena não se irritou; seu rosto permanecia assustadoramente calmo. Pelo contrário, Ângela e Lavínia, ao ouvirem, quase soltaram palavrões. Como poderia existir um pai assim? As duas são filhas, mas a diferença no tratamento é tão gritante. Sem se importar com o que acontecera, ele só sabia culpar, e sua boca parecia despejar esgoto!Nesse momento, Samuel e Nina também chegaram, mas eles apenas cumprimentaram educadamente e depois ficaram em silêncio ao lado.Enquanto isso, na internet, um vídeo estava sendo compartilhado loucamente.Era o vídeo de Lorena empurrando Melissa da escada no restaurante Sabores do Solar. No vídeo, apesar de só aparecer o perfil de Lorena, quem a conhecia pôde reconhecê-la de imediato.Na internet, a liberdade de expressão é garantida, e há todo tipo de comentário.Um post já acumulava milhares de comentários:[Mamãe sempre dizia que mulheres bonitas são venenosas, e não estava errada!][Essas irmãs ricas são de tirar o fôlego, estão no
— Sr. Guilherme, já mandei alguém pegar as imagens de segurança do Sabores do Solar, mas, por coincidência, a posição da câmera foi bloqueada pela Sra. Santos. — Disse Heitor, visivelmente nervoso. O mais problemático era que a parte capturada pela câmera realmente parecia que a Sra. Santos estava empurrando a pessoa. Eles estavam a caminho do hospital. — Faça com que excluam imediatamente os vídeos da senhora! Guilherme tinha um rosto sombrio e elegante, mas seus olhos estavam cheios de uma frieza mortal, quase congelante. — Sim. Em seguida, Heitor fez uma ligação. Não se sabia o que a outra pessoa disse, mas ele desligou o telefone com um olhar perplexo e se virou para o banco de trás: — Sr. Guilherme, me informaram que, há cinco minutos, os vídeos e artigos sobre a Sra. Santos já foram retirados. O homem estava prestes a dizer algo quando seu telefone tocou. Era uma ligação de Murilo. — Alô. — Guilherme, você não precisa vir ao hospital, vá direto para a deleg
Além disso, a presença daquele homem era imponente.Quando Felipe e Benjamin chegaram e viram Lorena, imediatamente começaram a acusá-la:— Você é simplesmente a vergonha da nossa família Amorim. Nunca imaginei que você pudesse ser tão cruel a ponto de empurrar Melissa da escada, a fazendo perder o bebê. Ela ainda tenta te defender mesmo depois de acordar. Desta vez, não importa o quanto sua irmã tente te proteger, você vai ter que pagar pelo que fez!Antes que Lorena pudesse responder, Guilherme, que a abraçava, acariciou sua cabeça, indicando que ele cuidaria do assunto.— Pagar o quê, exatamente?Os lábios de Guilherme se curvaram levemente para baixo, os contornos de seus olhos angularmente definidos se ergueram um pouco, e um olhar sombrio e profundo se cobriu de uma camada de gelo, sua voz era tão fria que fez todos sentirem um calafrio.Benjamin não sabia qual era a identidade de Guilherme, mas a poderosa aura de autoridade que emanava dele era sufocante, causando uma sensação
Guilherme deixou Heitor para cuidar dos assuntos finais e saiu com Lorena. No carro, ele queria perguntar se ela havia se assustado, mas em sua mente surgiram várias cenas dela enfrentando as pessoas e a forma calma com que lidou com a situação da bomba. Ele suspirou em silêncio. Sua Sra. Santos parecia não ser tão medrosa assim, então ele mudou a pergunta: — Vamos para casa? Ou para o escritório? Lorena, sentada no banco do passageiro, pensou por três segundos, depois se virou para ele e, com um sorriso suave, disse: — Para casa. — Está bem. — Ele estendeu a mão e acariciou a parte de trás da cabeça dela antes de dar partida no carro e sair da delegacia. No carro, um silêncio se prolongou por um bom tempo, até que Lorena finalmente falou: — Antes de você chegar, eu estava pensando em uma coisa. Guilherme respondeu, mantendo os olhos na estrada: — O que estava pensando? — Ela tinha o que há de mais precioso neste mundo, poderia ser considerada uma vencedora na vid
Os olhos escuros como a tinta do homem, brilharam sutilmente, sem que ele demonstrasse emoção. No segundo seguinte, Lorena se viu inexplicavelmente pressionada contra o sofá por ele. Antes que ela pudesse reagir, os lábios do homem já haviam se juntado aos dela. Ela não resistiu, logo aceitando seu beijo inesperado e ardente, com suas mãos subindo para envolver o pescoço dele, correspondendo ao seu beijo. Lábios e dentes se entrelaçaram, passando do ímpeto inicial à suavidade de agora. A atmosfera de desejo crescia lentamente, e as respirações ofegantes se intensificavam, enquanto a temperatura da sala subia gradualmente. Ninguém sabia quanto tempo havia passado, até que Lorena já se sentia sufocada. Ele finalmente afastou seus lábios e, então, se aproximou de sua orelha, beijando levemente seu lóbulo. Ela podia sentir claramente as mudanças no corpo dele, mas ele não se movia, e ela também não ousava se mexer, temendo que logo fosse devorada ali mesmo, em plena luz do dia.