Lindsey MorganEu sei que ele queria cuidar de mim, pelo que falei quando estava indo embora, mas, eu me sentia incapaz de lutar contra o desejo que se apoderou do meu corpo inteiro.Por um momento me limitei a deixar-me ser conduzida por ele até a cama, mas, sentindo seu cheiro másculo embriagando os meus sentidos, enquanto minha cabeça repousava em seu peitoral, ouvindo seu coração tão descompassado quanto o meu, a vontade de tê-lo dentro de mim foi muito maior e sem me controlar, comecei a explorar com avidez os desenhos dos músculos poderosos e perfeitos do seu corpo, enquanto me esfregava languidamente nele.Sua ereção era um sinal mais do que evidente de que ele queria tanto quanto eu e por fim, nos rendemos à paixão que nos incendiava, não uma ou duas vezes... Mas três, onde me senti extremamente amada, quando diferente da primeira vez, onde deixamos a insanidade nos dominar, depois fizemos um amor lento e contemplativo, como se reverenciássemos um ao outro com cada fibra do no
Levi MartinelliOlhar para a cara do infeliz do meu primo e pensar que ele ousou tocar em minha mulher, faz meu sangue subir, fecho o punho me aproximando do bastardo.— Levi, vamos conversar — diz e como um covarde, vai para detrás da mesa. — Eu posso explicar...— A única conversa que vamos ter é meu punho na sua cara seu farabutto (canalha).— Acredite, eu quero me desculpar...— Acha mesmo que pedir desculpas será o suficiente?Enquanto falo, encurto a distância entre nós e o encurralando, lhe dou um soco que poderia facilmente arrancar alguns dentes se ele não tivesse tentado desviar, contudo, ainda o acertei e o desgraçado cospe sangue e volta a olhar para mim.— Sciagurato (miserável), eu não quero brigar com você — fala e corre para a porta contraria a que entrei e que dá acesso a parte externa da vinícola.— Deixe de ser covarde e me enfrente como um homem — digo indo atrás dele. — Não adianta correr, sabe que vou pegar você, idiota.Olho em volta e alguns trabalhadores nos o
Kiara MartinelliEu sei que perdas fazem parte da vida e que temos que aprender a conviver com elas. Na verdade, estou acostumada com elas, mas, eu sou apaixonada por Levi e para me casar com ele, faço qualquer coisa, jamais vou aceitar perdê-lo para aquela mulherzinha que não tem eira e nem beira. Nada se sabe ao seu respeito, simplesmente apareceu do nada, querendo levar aquilo que é meu.Ele nunca me deu esperanças e quando foi para outro país, nossa proximidade ficou abalada, contudo, eu sempre tive esperança de um dia ele cair em si e entender que eu sou a mulher certa para ele. Que reconheceria que não poderia viver sem mim e voltaria para nossa terra, onde construiríamos nossa família.Tia Francesca sempre me disse que faria de tudo para que ele cumprisse o acordo e eu confiei, cheguei a pensar que teria o apoio da nonna e como sei que ele a respeita muito, acataria sem protestar. Mas agora com todos enfeitiçados por aquela intrusa, até mesmo os mais velhos, que eram quem dever
Levi MartinelliCaminhamos um pouco e quando chegamos próximo à entrada do local, digo para ela.— Agora seja uma boa menina que vou levar essas coisas e volto para buscar você, fique quietinha que não demoro.Saio rapidamente e depois de aproximadamente cinco minutos de caminhada, chego ao meu destino, prendo o cachorro numa rocha próxima e começo a arrumar as coisas. Volto rapidamente para buscá-la e ela está no mesmo lugar que deixei.— Demorei? — pergunto.— Uma eternidade — responde sorrindo.— Exagerada — passo a mão por seus cabelos, escorregando até sua nuca e puxo seu pescoço na intenção de sua boca encontrar a minha e a tomo em um beijo lento e profundo.Separamo-nos por falta de ar e começamos a andar, algumas partes são meio íngreme e com paredes rochosas dos dois lados, eu seguro firme em sua mão.— Estou segurando você — digo quando a sinto apertar minha mão.Ela sorri, caminhamos mais um pouco e logo me questiona.— Que lugar é este?— Bem-vinda ao meu refúgio — seus ol
Lindsey MorganDepois de rir, brincar, comer e conversar sobre algumas coisas, Levi me chama para tomar um banho com ele nas águas quentes da gruta.— Vamos mia bella...— De jeito nenhum — digo me enrolando mais na manta sobre minhas pernas.— Eu prometi deixá-la molhada... Você que não quer.— Não foi isso que imaginei, seu safado — digo quando o vejo tirar a última peça de roupa, a visão do seu corpo magnífico, esplendorosamente nu, me faz pensar naquelas estátuas renascentistas em toda sua glória, me fazendo ficar completamente encharcada sem nem mesmo entrar na água.— Você que está com pensamentos libidinosos e eu que sou safado? Sei... — diz e vai para a ponta de uma pedra, se jogando em seguida na água.Ele é um colírio para os olhos.— A água está uma delícia, venha logo mulher...Tentada demais, começo a retirar minhas roupas sentindo um arrepio gostoso pelo corpo, Levi se aproxima da borda para me ajudar a descer.Assim que coloco um pé na água, sinto a deliciosa sensação t
Lindsey MorganO dia seguinte aos acontecimentos que mudaram minha forma de ver certas coisas em minha vida, trouxe-me uma percepção clara e definida – não que eu já não supunha – eu nunca fui considerada uma nerd na escola, contudo, sei que sou uma pessoa inteligente e se Kiara, a noiva largada, acha que pode me engabelar, está muito enganada.Quando sua voz mansa e modulada penetrou em meus ouvidos, eu esperava uma negativa de Levi ao seu pedido, ele até tentou, porém, acabou concedendo diante de sua insistência. Solto um muxoxo ao lembrar-me de tudo.— Kiara, tivemos um dia puxado, estamos cansados e queremos nos recolher... — ele disse na tentativa de se esquivar.— Por favor, primo. Não vou tomar muito o tempo de vocês. Logo poderão ir descansar — insistiu, o interrompendo e fazendo cara de cachorro morto.— Tudo bem! Seja breve, Lindsey precisa descansar e eu também.Ele segurou minha mão e guiou-me até o sofá largo e confortável da sala, sentando-se ao meu lado. Ela fez o mesmo
Lindsey MorganO restante do dia transcorreu nesse clima agradável e eu me sentia bem entre eles. Fiquei tensa por um momento quando o pai de Levi apareceu, ele me cumprimentou e aos demais e saiu rapidamente. Outra que resolveu dar as caras foi Kiara, mantive os olhos fixos na porta assim que a vi. Ela aproximou-se, me deu um rápido oi e voltou-se para Levi, tentei ficar impassível, mas era difícil desviar o olhar e não encará-los, senti-me aliviada quando ela se afastou, juntando-se a outras pessoas.Também conversei muito com a nonna e algumas tias de Levi. Mas foram as primas que arrancaram boas risadas de mim, ainda mais quando disseram que metade da população feminina da Itália estaria com cara de enterro amanhã. Segundo elas, Levi fazia o maior sucesso com as garotas quando estava na adolescência. Nada muito diferente de agora, penso. Porém, agora, eu tenho a exclusividade. Sorrio boba.A única coisa ruim, é o meu estômago que sempre que como algo, resolve se manifestar, mas ne
Levi MartinelliQuando passo pelo quarto da nonna, uma voz ecoa baixo atrás de mim.— Espero que tenha perdido a viagem.Volto-me imediatamente dando de cara com a nonna.— Só estava dando uma volta para relaxar — digo cínico. — Já estou voltando para o quarto.— Sei! E não adianta fazer essa cara, vá dormir que está tarde, bambino...— Va bene, buona notte nonna — digo vencido.— Buona notte bambino.Antes de voltar ao quarto, vou a cozinha tomar uma água. Quando estou saindo me deparo com meu pai.— Pai...— Ainda acordado?— Sim, mas já estava indo dormir — quando estou saindo, ele me chama.— Figlio, eu quero que seja feliz.Vou até ele e lhe dou um abraço. Confesso que eu estava precisando disso.— Obrigado, pai.— Tenha paciência com sua mãe, logo ela cai em si — diz ainda abraçado a mim. Aceno que sim quando me afasto e saio sem dizer mais nada.Já no quarto, me deito e tento dormir, mas só consigo quando é alta madrugada e logo estou sendo acordado por um Mateo todo agitado.—