Lindsey MorganO restante do dia transcorreu nesse clima agradável e eu me sentia bem entre eles. Fiquei tensa por um momento quando o pai de Levi apareceu, ele me cumprimentou e aos demais e saiu rapidamente. Outra que resolveu dar as caras foi Kiara, mantive os olhos fixos na porta assim que a vi. Ela aproximou-se, me deu um rápido oi e voltou-se para Levi, tentei ficar impassível, mas era difícil desviar o olhar e não encará-los, senti-me aliviada quando ela se afastou, juntando-se a outras pessoas.Também conversei muito com a nonna e algumas tias de Levi. Mas foram as primas que arrancaram boas risadas de mim, ainda mais quando disseram que metade da população feminina da Itália estaria com cara de enterro amanhã. Segundo elas, Levi fazia o maior sucesso com as garotas quando estava na adolescência. Nada muito diferente de agora, penso. Porém, agora, eu tenho a exclusividade. Sorrio boba.A única coisa ruim, é o meu estômago que sempre que como algo, resolve se manifestar, mas ne
Levi MartinelliQuando passo pelo quarto da nonna, uma voz ecoa baixo atrás de mim.— Espero que tenha perdido a viagem.Volto-me imediatamente dando de cara com a nonna.— Só estava dando uma volta para relaxar — digo cínico. — Já estou voltando para o quarto.— Sei! E não adianta fazer essa cara, vá dormir que está tarde, bambino...— Va bene, buona notte nonna — digo vencido.— Buona notte bambino.Antes de voltar ao quarto, vou a cozinha tomar uma água. Quando estou saindo me deparo com meu pai.— Pai...— Ainda acordado?— Sim, mas já estava indo dormir — quando estou saindo, ele me chama.— Figlio, eu quero que seja feliz.Vou até ele e lhe dou um abraço. Confesso que eu estava precisando disso.— Obrigado, pai.— Tenha paciência com sua mãe, logo ela cai em si — diz ainda abraçado a mim. Aceno que sim quando me afasto e saio sem dizer mais nada.Já no quarto, me deito e tento dormir, mas só consigo quando é alta madrugada e logo estou sendo acordado por um Mateo todo agitado.—
Lindsey Morgan— Acorda futura senhora Martinelli — a voz da minha cunhada penetra meus sentidos entorpecidos pelo sono.— Só mais dez minutos — digo puxando o edredom por cima da cabeça. Nunca fui de dormir muito, nem com a gravidez sinto muito sono, mas como dormi pouco de ontem para hoje, praticamente imploro pela cama.— Nem cinco minutos — diz puxando a coberta. — Esqueceu que o casamento é na parte da manhã, temos muito trabalho pela frente.Ouço risos, então abro apenas um olho e espio, vejo as primas de Levi tudo ali em volta da cama, olhando para minha cara amassada, algumas eu nem lembrava o nome.— Dois minutos — tento negociar fechando novamente o olho.— De jeito nenhum — Antonella pronuncia. — Trouxemos até o seu café da manhã para não perdermos tempo lá embaixo.Com a menção da comida, meu estômago dá uma cambalhota e sem alternativa, corro para o banheiro, me debruçando no vaso. Julianna entra e me ajuda a levantar quando os espasmos cessam, ela fica me esperando escov
Lindsey MorganTodas caminham para a saída, menos Julianna que vem até mim e fala.— Estamos aqui fora — sorri me tranquilizando. — Ah, e a maquiagem é a prova d'água, pode chorar à vontade — pisca um olho para mim.Quando estamos a sós, ele faz um gesto para que me sente e eu o faço por não confiar em minhas pernas nesse momento. Estende o lindo arranjo para mim, que seguro com as mãos trêmulas.— Está linda — diz simplesmente.— Obrigada.— Sei que não é usual o buquê ser entregue por mim, mas o que é uma tradição diante da grandiosidade deste dia? — começa. — Na qualidade de sogro, eu fiz questão de vir aqui não só entregar o presente do noivo, mas para dizer que você é bem-vinda em minha família.— Sr. Martinelli...— Per favore, figlia. Ouça até o final — pede e eu aceno. — Eu sempre admirei você enquanto minha funcionária, eu sei o quanto é dedicada, inteligente e perspicaz — já estou chorando e ele me estende um lenço. — Qualidades que o meu filho conseguiu enxergar e eu admiro
Lindsey MorganA capela está lotada, não me lembro de metade daqueles rostos, mas sorrio educadamente para cada um que me cumprimenta com um gesto de cabeça, até que meus olhos pousam nele.Lá está o homem da minha vida, aquele que faz o meu coração disparar e falhar várias batidas, tudo em questão de segundos. Ele está tão lindo de terno, me olhando com intensidade com aqueles olhos verdes misturado com tons de mel.Nada mais me importa, apenas ele ali no altar, é como se todo o resto perdesse o foco e quando ele enxuga uma lágrima, as minhas que lutei tanto para segurar, correm livres pelo meu rosto.Logo seu sorriso aparece e eu deixo o meu fluir também, antes mesmo que eu chegue até ele, o vejo vindo ao meu encontro. Cumprimenta minha tia com um abraço, um beijo de cada lado e volta-se para mim.— Está linda, mia bella — beija minha testa e juntos caminhamos até o pastor.Eu não saberia dizer o que veio a seguir, estava hipnotizada pelo meu noivo e não conseguia desviar os olhos d
Levi MartinelliJá fui a alguns casamentos de primos, do meu irmão e de amigos ao longo da minha vida e confesso que achava engraçado todo aquele nervosismo que eles demonstravam e até meio exagerado. Hoje estou sentindo em mim as emoções a flor da pele e tudo misturado, ansiedade, mãos úmidas, coração batendo forte e até um pouco de falta de ar. Literalmente ela tira o meu fôlego, mas, apesar da ansiedade a mil, passaria por tudo de novo, se ao final, tivesse mia bella em meus braços. Menos o tal dia do noivo que o Mateo me faz passar, este eu dispensaria, esse negócio de limpeza de pele e todas aquelas invenções não são para mim.Eu estava agitado e ansioso, mas quando ouvi que ela havia chegado, o coração falhou para então dar lugar a um galope desenfreado. E quando ela entrou, não consegui conter a emoção, tudo a minha volta sumiu, eu só conseguia sentir sua presença, e, cara, ela estava linda. Meu peito se encheu de admiração, orgulho, paixão e até mesmo surpresa quando a vi em s
Levi MartinelliDançamos mais um pouco e já nos últimos acordes, o desejo fala mais alto e somos uma mistura de sensações que são expressas através de beijos e mãos por toda parte de nossos corpos.— Jantar ou cama? — pergunto sabendo que ela está tão ansiosa quanto eu.— Cama... Agora... — sua voz falha.Rapidamente faço o vestido deslizar pelo seu corpo e cazzo, ela está muito gostosa na lingerie branca que deixa muito pouco para a minha imaginação.Seguro sua cintura e início uma sequência de beijos pelo seu pescoço e colo, sentindo sua pele se arrepiar por onde minha boca sedenta passa.Suas mãos trabalham rápidas em me despir e logo estou apenas de boxer.Entre beijos, chegamos à cama e ela tenta se abaixar, sei bem o que quer fazer, mas hoje não.— No amore mio. Hoje à noite é sua, quero reverenciá-la. Será amada e merece aproveitar ao máximo.Dizendo isso, deito seu corpo com uma calma que estou longe de sentir e começo a retirar peça por peça do seu corpo.Primeiro o sutiã, ex
Kiara MartinelliAcordo sentindo uma tremenda dor de cabeça, a claridade do dia ferindo meus olhos. Demora um pouco, mas consigo me sentar, vejo toda a bagunça em volta e lembro-me imediatamente o que aconteceu.Meu estômago fica embrulhado, cambaleando, vou até o banheiro, me abaixando e despejando até minha alma no vaso. Quando termino, me sento no chão, sentindo-me miserável.Fecho os olhos e as lembranças invadem a minha mente.Eu sentia o ódio me inflamando por dentro, mesmo depois de ter reduzido o vestido com o qual sonhei em me casar com Levi a quase nada, eles se casaram. Precisei de uma força sobre humana para colocar um sorriso no rosto e ir cumprimentá-los.Minha vontade era avançar em cima dela e arrancar aquele sorriso com minhas unhas até ela nunca mais sentir vontade de sorrir de novo.Quando ninguém mais estava olhando, muito discretamente, saí à procura de tia Fran, encontrando-a na biblioteca.— Eu tentei — fui logo dizendo. — Eu juro que tentei. Estive por um tris