Lindsey Morgan— Acorda futura senhora Martinelli — a voz da minha cunhada penetra meus sentidos entorpecidos pelo sono.— Só mais dez minutos — digo puxando o edredom por cima da cabeça. Nunca fui de dormir muito, nem com a gravidez sinto muito sono, mas como dormi pouco de ontem para hoje, praticamente imploro pela cama.— Nem cinco minutos — diz puxando a coberta. — Esqueceu que o casamento é na parte da manhã, temos muito trabalho pela frente.Ouço risos, então abro apenas um olho e espio, vejo as primas de Levi tudo ali em volta da cama, olhando para minha cara amassada, algumas eu nem lembrava o nome.— Dois minutos — tento negociar fechando novamente o olho.— De jeito nenhum — Antonella pronuncia. — Trouxemos até o seu café da manhã para não perdermos tempo lá embaixo.Com a menção da comida, meu estômago dá uma cambalhota e sem alternativa, corro para o banheiro, me debruçando no vaso. Julianna entra e me ajuda a levantar quando os espasmos cessam, ela fica me esperando escov
Lindsey MorganTodas caminham para a saída, menos Julianna que vem até mim e fala.— Estamos aqui fora — sorri me tranquilizando. — Ah, e a maquiagem é a prova d'água, pode chorar à vontade — pisca um olho para mim.Quando estamos a sós, ele faz um gesto para que me sente e eu o faço por não confiar em minhas pernas nesse momento. Estende o lindo arranjo para mim, que seguro com as mãos trêmulas.— Está linda — diz simplesmente.— Obrigada.— Sei que não é usual o buquê ser entregue por mim, mas o que é uma tradição diante da grandiosidade deste dia? — começa. — Na qualidade de sogro, eu fiz questão de vir aqui não só entregar o presente do noivo, mas para dizer que você é bem-vinda em minha família.— Sr. Martinelli...— Per favore, figlia. Ouça até o final — pede e eu aceno. — Eu sempre admirei você enquanto minha funcionária, eu sei o quanto é dedicada, inteligente e perspicaz — já estou chorando e ele me estende um lenço. — Qualidades que o meu filho conseguiu enxergar e eu admiro
Lindsey MorganA capela está lotada, não me lembro de metade daqueles rostos, mas sorrio educadamente para cada um que me cumprimenta com um gesto de cabeça, até que meus olhos pousam nele.Lá está o homem da minha vida, aquele que faz o meu coração disparar e falhar várias batidas, tudo em questão de segundos. Ele está tão lindo de terno, me olhando com intensidade com aqueles olhos verdes misturado com tons de mel.Nada mais me importa, apenas ele ali no altar, é como se todo o resto perdesse o foco e quando ele enxuga uma lágrima, as minhas que lutei tanto para segurar, correm livres pelo meu rosto.Logo seu sorriso aparece e eu deixo o meu fluir também, antes mesmo que eu chegue até ele, o vejo vindo ao meu encontro. Cumprimenta minha tia com um abraço, um beijo de cada lado e volta-se para mim.— Está linda, mia bella — beija minha testa e juntos caminhamos até o pastor.Eu não saberia dizer o que veio a seguir, estava hipnotizada pelo meu noivo e não conseguia desviar os olhos d
Levi MartinelliJá fui a alguns casamentos de primos, do meu irmão e de amigos ao longo da minha vida e confesso que achava engraçado todo aquele nervosismo que eles demonstravam e até meio exagerado. Hoje estou sentindo em mim as emoções a flor da pele e tudo misturado, ansiedade, mãos úmidas, coração batendo forte e até um pouco de falta de ar. Literalmente ela tira o meu fôlego, mas, apesar da ansiedade a mil, passaria por tudo de novo, se ao final, tivesse mia bella em meus braços. Menos o tal dia do noivo que o Mateo me faz passar, este eu dispensaria, esse negócio de limpeza de pele e todas aquelas invenções não são para mim.Eu estava agitado e ansioso, mas quando ouvi que ela havia chegado, o coração falhou para então dar lugar a um galope desenfreado. E quando ela entrou, não consegui conter a emoção, tudo a minha volta sumiu, eu só conseguia sentir sua presença, e, cara, ela estava linda. Meu peito se encheu de admiração, orgulho, paixão e até mesmo surpresa quando a vi em s
Levi MartinelliDançamos mais um pouco e já nos últimos acordes, o desejo fala mais alto e somos uma mistura de sensações que são expressas através de beijos e mãos por toda parte de nossos corpos.— Jantar ou cama? — pergunto sabendo que ela está tão ansiosa quanto eu.— Cama... Agora... — sua voz falha.Rapidamente faço o vestido deslizar pelo seu corpo e cazzo, ela está muito gostosa na lingerie branca que deixa muito pouco para a minha imaginação.Seguro sua cintura e início uma sequência de beijos pelo seu pescoço e colo, sentindo sua pele se arrepiar por onde minha boca sedenta passa.Suas mãos trabalham rápidas em me despir e logo estou apenas de boxer.Entre beijos, chegamos à cama e ela tenta se abaixar, sei bem o que quer fazer, mas hoje não.— No amore mio. Hoje à noite é sua, quero reverenciá-la. Será amada e merece aproveitar ao máximo.Dizendo isso, deito seu corpo com uma calma que estou longe de sentir e começo a retirar peça por peça do seu corpo.Primeiro o sutiã, ex
Kiara MartinelliAcordo sentindo uma tremenda dor de cabeça, a claridade do dia ferindo meus olhos. Demora um pouco, mas consigo me sentar, vejo toda a bagunça em volta e lembro-me imediatamente o que aconteceu.Meu estômago fica embrulhado, cambaleando, vou até o banheiro, me abaixando e despejando até minha alma no vaso. Quando termino, me sento no chão, sentindo-me miserável.Fecho os olhos e as lembranças invadem a minha mente.Eu sentia o ódio me inflamando por dentro, mesmo depois de ter reduzido o vestido com o qual sonhei em me casar com Levi a quase nada, eles se casaram. Precisei de uma força sobre humana para colocar um sorriso no rosto e ir cumprimentá-los.Minha vontade era avançar em cima dela e arrancar aquele sorriso com minhas unhas até ela nunca mais sentir vontade de sorrir de novo.Quando ninguém mais estava olhando, muito discretamente, saí à procura de tia Fran, encontrando-a na biblioteca.— Eu tentei — fui logo dizendo. — Eu juro que tentei. Estive por um tris
Lindsey MorganEnquanto Levi dirigia, eu olhava, encantada, as paisagens únicas que se formavam pelos campos de oliveiras e a exuberância das vinhas por onde passávamos. Logo chegamos a uma villa pitoresca, com ruas estreitas e fomos fazer o passeio a pé. Ele apontava e contava um pouco da história de cada local com entusiasmo e eu prestava atenção, não queria perder nada.Paramos para um lanche rápido e ao fazer seu pedido e o meu, pagou por quatro cafés pendentes, imediatamente me lembrei daquele dia que Mateo tinha feito o mesmo, então perguntei:— O que são esses cafés pendentes? — ele sorriu e disse, logo vai entender...Vi que outras pessoas que entravam faziam a mesma coisa, sempre pagando por mais e consumindo menos, Levi só fazia sorrir da minha cara intrigada.— Veja — ele disse para mim fazendo um gesto quase que imperceptível com a cabeça.Vi quando um senhor bem humilde adentrou o local e bem próximo a nós, perguntou a um rapaz que trabalhava ali:— Você teria algum café
Lindsey MartinelliEu me sentia tão encantada com tudo que estava vivendo, que às vezes pensava se não era um sonho.Desde que chegamos à Verona, que temos, assim como antes, andado pelas ruas de mãos dadas; ou abraçadinhos como um jovem casal, apaixonado, conhecendo vários lugares. O primeiro deles foi Piazza Brà. Levi comentou que ela era considerada uma das maiores e mais famosas praças da cidade, com uma enorme variedade de pontos turísticos importantes, e que, portanto, era parada obrigatória para qualquer visitante.Vez ou outra, ele puxava meu corpo para si e simplesmente me beijava de forma intensa e eu me sentia corar sob os olhares curiosos das outras pessoas que transitavam por ali.Ainda na Piazza Brà, fomos visitar a Arena de Verona, que é um belíssimo anfiteatro preservado em meio a uma estrutura de tirar o fôlego. Segundo Levi, o lugar era palco de lutas entre gladiadores, assim como o Coliseu de Roma, mas, hoje, ele é utilizado para apresentações de dança, shows e muit