Levi MartinelliCaminhamos um pouco e quando chegamos próximo à entrada do local, digo para ela.— Agora seja uma boa menina que vou levar essas coisas e volto para buscar você, fique quietinha que não demoro.Saio rapidamente e depois de aproximadamente cinco minutos de caminhada, chego ao meu destino, prendo o cachorro numa rocha próxima e começo a arrumar as coisas. Volto rapidamente para buscá-la e ela está no mesmo lugar que deixei.— Demorei? — pergunto.— Uma eternidade — responde sorrindo.— Exagerada — passo a mão por seus cabelos, escorregando até sua nuca e puxo seu pescoço na intenção de sua boca encontrar a minha e a tomo em um beijo lento e profundo.Separamo-nos por falta de ar e começamos a andar, algumas partes são meio íngreme e com paredes rochosas dos dois lados, eu seguro firme em sua mão.— Estou segurando você — digo quando a sinto apertar minha mão.Ela sorri, caminhamos mais um pouco e logo me questiona.— Que lugar é este?— Bem-vinda ao meu refúgio — seus ol
Lindsey MorganDepois de rir, brincar, comer e conversar sobre algumas coisas, Levi me chama para tomar um banho com ele nas águas quentes da gruta.— Vamos mia bella...— De jeito nenhum — digo me enrolando mais na manta sobre minhas pernas.— Eu prometi deixá-la molhada... Você que não quer.— Não foi isso que imaginei, seu safado — digo quando o vejo tirar a última peça de roupa, a visão do seu corpo magnífico, esplendorosamente nu, me faz pensar naquelas estátuas renascentistas em toda sua glória, me fazendo ficar completamente encharcada sem nem mesmo entrar na água.— Você que está com pensamentos libidinosos e eu que sou safado? Sei... — diz e vai para a ponta de uma pedra, se jogando em seguida na água.Ele é um colírio para os olhos.— A água está uma delícia, venha logo mulher...Tentada demais, começo a retirar minhas roupas sentindo um arrepio gostoso pelo corpo, Levi se aproxima da borda para me ajudar a descer.Assim que coloco um pé na água, sinto a deliciosa sensação t
Lindsey MorganO dia seguinte aos acontecimentos que mudaram minha forma de ver certas coisas em minha vida, trouxe-me uma percepção clara e definida – não que eu já não supunha – eu nunca fui considerada uma nerd na escola, contudo, sei que sou uma pessoa inteligente e se Kiara, a noiva largada, acha que pode me engabelar, está muito enganada.Quando sua voz mansa e modulada penetrou em meus ouvidos, eu esperava uma negativa de Levi ao seu pedido, ele até tentou, porém, acabou concedendo diante de sua insistência. Solto um muxoxo ao lembrar-me de tudo.— Kiara, tivemos um dia puxado, estamos cansados e queremos nos recolher... — ele disse na tentativa de se esquivar.— Por favor, primo. Não vou tomar muito o tempo de vocês. Logo poderão ir descansar — insistiu, o interrompendo e fazendo cara de cachorro morto.— Tudo bem! Seja breve, Lindsey precisa descansar e eu também.Ele segurou minha mão e guiou-me até o sofá largo e confortável da sala, sentando-se ao meu lado. Ela fez o mesmo
Lindsey MorganO restante do dia transcorreu nesse clima agradável e eu me sentia bem entre eles. Fiquei tensa por um momento quando o pai de Levi apareceu, ele me cumprimentou e aos demais e saiu rapidamente. Outra que resolveu dar as caras foi Kiara, mantive os olhos fixos na porta assim que a vi. Ela aproximou-se, me deu um rápido oi e voltou-se para Levi, tentei ficar impassível, mas era difícil desviar o olhar e não encará-los, senti-me aliviada quando ela se afastou, juntando-se a outras pessoas.Também conversei muito com a nonna e algumas tias de Levi. Mas foram as primas que arrancaram boas risadas de mim, ainda mais quando disseram que metade da população feminina da Itália estaria com cara de enterro amanhã. Segundo elas, Levi fazia o maior sucesso com as garotas quando estava na adolescência. Nada muito diferente de agora, penso. Porém, agora, eu tenho a exclusividade. Sorrio boba.A única coisa ruim, é o meu estômago que sempre que como algo, resolve se manifestar, mas ne
Levi MartinelliQuando passo pelo quarto da nonna, uma voz ecoa baixo atrás de mim.— Espero que tenha perdido a viagem.Volto-me imediatamente dando de cara com a nonna.— Só estava dando uma volta para relaxar — digo cínico. — Já estou voltando para o quarto.— Sei! E não adianta fazer essa cara, vá dormir que está tarde, bambino...— Va bene, buona notte nonna — digo vencido.— Buona notte bambino.Antes de voltar ao quarto, vou a cozinha tomar uma água. Quando estou saindo me deparo com meu pai.— Pai...— Ainda acordado?— Sim, mas já estava indo dormir — quando estou saindo, ele me chama.— Figlio, eu quero que seja feliz.Vou até ele e lhe dou um abraço. Confesso que eu estava precisando disso.— Obrigado, pai.— Tenha paciência com sua mãe, logo ela cai em si — diz ainda abraçado a mim. Aceno que sim quando me afasto e saio sem dizer mais nada.Já no quarto, me deito e tento dormir, mas só consigo quando é alta madrugada e logo estou sendo acordado por um Mateo todo agitado.—
Lindsey Morgan— Acorda futura senhora Martinelli — a voz da minha cunhada penetra meus sentidos entorpecidos pelo sono.— Só mais dez minutos — digo puxando o edredom por cima da cabeça. Nunca fui de dormir muito, nem com a gravidez sinto muito sono, mas como dormi pouco de ontem para hoje, praticamente imploro pela cama.— Nem cinco minutos — diz puxando a coberta. — Esqueceu que o casamento é na parte da manhã, temos muito trabalho pela frente.Ouço risos, então abro apenas um olho e espio, vejo as primas de Levi tudo ali em volta da cama, olhando para minha cara amassada, algumas eu nem lembrava o nome.— Dois minutos — tento negociar fechando novamente o olho.— De jeito nenhum — Antonella pronuncia. — Trouxemos até o seu café da manhã para não perdermos tempo lá embaixo.Com a menção da comida, meu estômago dá uma cambalhota e sem alternativa, corro para o banheiro, me debruçando no vaso. Julianna entra e me ajuda a levantar quando os espasmos cessam, ela fica me esperando escov
Lindsey MorganTodas caminham para a saída, menos Julianna que vem até mim e fala.— Estamos aqui fora — sorri me tranquilizando. — Ah, e a maquiagem é a prova d'água, pode chorar à vontade — pisca um olho para mim.Quando estamos a sós, ele faz um gesto para que me sente e eu o faço por não confiar em minhas pernas nesse momento. Estende o lindo arranjo para mim, que seguro com as mãos trêmulas.— Está linda — diz simplesmente.— Obrigada.— Sei que não é usual o buquê ser entregue por mim, mas o que é uma tradição diante da grandiosidade deste dia? — começa. — Na qualidade de sogro, eu fiz questão de vir aqui não só entregar o presente do noivo, mas para dizer que você é bem-vinda em minha família.— Sr. Martinelli...— Per favore, figlia. Ouça até o final — pede e eu aceno. — Eu sempre admirei você enquanto minha funcionária, eu sei o quanto é dedicada, inteligente e perspicaz — já estou chorando e ele me estende um lenço. — Qualidades que o meu filho conseguiu enxergar e eu admiro
Lindsey MorganA capela está lotada, não me lembro de metade daqueles rostos, mas sorrio educadamente para cada um que me cumprimenta com um gesto de cabeça, até que meus olhos pousam nele.Lá está o homem da minha vida, aquele que faz o meu coração disparar e falhar várias batidas, tudo em questão de segundos. Ele está tão lindo de terno, me olhando com intensidade com aqueles olhos verdes misturado com tons de mel.Nada mais me importa, apenas ele ali no altar, é como se todo o resto perdesse o foco e quando ele enxuga uma lágrima, as minhas que lutei tanto para segurar, correm livres pelo meu rosto.Logo seu sorriso aparece e eu deixo o meu fluir também, antes mesmo que eu chegue até ele, o vejo vindo ao meu encontro. Cumprimenta minha tia com um abraço, um beijo de cada lado e volta-se para mim.— Está linda, mia bella — beija minha testa e juntos caminhamos até o pastor.Eu não saberia dizer o que veio a seguir, estava hipnotizada pelo meu noivo e não conseguia desviar os olhos d