Quando pedi ao meu pai para ir numa festa na casa de um amigo óbvio que ele não deixou. Então tive que contar com a ajuda de Flora, que foi até minha casa lhe pedir, dizendo parte da verdade, que iríamos na festa e depois dormiríamos juntas na casa de Beverly, sendo que a segunda parte era mentira.Se ele deixou? Sim!Por algum motivo sempre que minha amiga pedia para eu sair ou dormir em sua casa ou mesmo acompanhá-la num passeio ou viagem em família, ele deixava, mesmo quando me negasse inicialmente.Flora tinha um compromisso em família e combinou de chegar um pouco mais tarde na casa de Pedro. Claro que aceitou ir a contragosto, já que não se agradou da ideia de ficarmos nós três, sendo que Pedro e eu éramos um casal.Assim que cheguei na frente da casa de Pedro, fiz menção de apertar a campainha e ele apareceu na porta, antes de eu apertar o botão.- Estava... Esperando por mim? – Perguntei, tentando parecer tranquila, sendo que não lembro de ter estado tão nervosa na vida.Eu nã
- Boa noite... Me desculpe... Não o esperava. – Pedro ficou visivelmente nervoso.- Se não quiser que eu fique tudo bem. – Renan logo avisou.- Não! Tudo bem. – Pedro justificou-se – Por mim não há problema algum. Há... Clara? – me olhou.Olhei para Flora, que apesar de estar envergonhada por não ter conversado comigo e Pedro antes de levar Renan, eu sabia que intimamente estava louca para passar a noite com ele, assim como eu com Pedro.Minha amiga não sabia das coisas que meu irmão havia falado. Tampouco do seu interesse puramente sexual por ela. E embora eu quisesse muito contar-lhe, não tinha coragem, pois conhecia Flora o suficiente para saber que estava apaixonada. E talvez aquele sentimento vinha de muito tempo atrás e não tão recente quanto eu imaginava.Eu sempre me abri com Flora sobre praticamente tudo na minha vida. Ela, ao contrário, embora me contasse grande parte da sua, com relação a questão sentimental sempre foi bem reservada.Suspirei e olhei para meu irmão:- Papai
POV PEDRO- Não! Só estou fazendo perguntas... É você que entende sobre este assunto.- Não entendo... Só acredito.- Então deveria ter mais respostas.- Você que tem muitas perguntas... Talvez devesse procurá-las e não perguntar a mim.Olhamos para Renan e Flora, que nos observavam atentamente.A campainha tocou, nos assustando. Faltava menos de uma hora para acabar o filme e já passava da meia-noite.- Está esperando mais alguém? – Clara perguntou.- Não! Claro que não.- E... Se for a sua avó? – Ela pareceu preocupada.Eu ri e levantei, a fim de atender. Sabia que não era minha avó. Certamente era só um engano.- Minha vó tem a chave. Ela não apertaria a campainha, “querida”.Agora que ela tinha lido o significado de querida e também me deixado claro o que era, parecia que fazia ainda mais sentido chamá-la daquela forma. Clara era a pessoa que eu gostava muito... E quanto mais a conhecia, mais me apaixonava por ela.Apaixonava? Eu disse que quanto mais a conhecia mais me “apaixonav
- Por... Quê?- Não diga...- Que parte? – ela estava confusa.- Não vai entrar na água, Clara? – Anastácia parou ao nosso lado, provocando minha namorada.- Não... – Clara falou enquanto me olhava, ainda preocupada.Fiquei incerto sobre como agi quando falei com ela, já que percebi o quanto Clara estava assustada.- Tudo bem, Pedro? – Anastácia perguntou – Você está com as bochechas muito vermelhas. Está tomando seus remédios direito?- Sim... – Minha voz foi fraca, enquanto eu abaixava a cabeça.- Vovó mandou eu cuidar de você. – Deixou claro.- Eu estou aqui para isso. – Clara foi rude.- Mas foi para mim que ela pediu. Porque vovó confia em mim.- Por que você força tanto a barra, Anastácia?- Porque eu conheço Pedro há anos.- Eu também conheço Jason há anos e nem por isso estou empatando o lance de vocês.- Jason e eu somos só amigos agora.- Que bom para vocês. Eu e Pedro estamos namorando. Então o ideal seria respeitarmos as decisões que cada casal tomou.- Anastácia, acho que
POV CLARAEu estava no banheiro, secando os cabelos com o secador quando vi Pedro pelo espelho. Desliguei o aparelho e pus as mãos na cabeça, tentando fazer com que ele não visse o estado que estava.Pedro fechou a porta e vi seus pés andando na minha direção, enquanto minha cabeça permanecia abaixada.- Sinto muito. Eu não deveria tê-los deixado entrar.Levantei o rosto, o encarando. Ele retirou minhas mãos da cabeça, alisando meus fios de cabelos:- Devo pensar que depois de entrar na água você vira uma sereia ou algo do tipo? – Tentou conter o riso.Comecei a rir:- Não acontece em águas naturais... Só em contato com o cloro. Levemente verde. – Peguei uma mecha de cabelos, observando tristemente.- Já tinha umas mechas vermelhas, mais o loiro... O que é um verde em meio a tudo isto?- É um verde que me deixa horrível. – Lamentei.- Está linda... Minha garota colorida. – Ele me puxou, abraçando-me.- Eu odeio ela. – Confessei.- Não a deixarei mais entrar na minha casa, não se preoc
- Sim.- Qual sua música preferida?- I Wanna be Your Boyfriend – Não pensou duas vezes – Já ouviu?- Sim... – sorri – Gosto muito.- Sabe o que significa?- Boyfriend? Namorado, estou certa?- Está.- Mas... Não sei o resto. O que quer dizer?Pedro sorriu e pôs o CD no aparelho, tocando a música.Hey, little girlI wanna be your boyfriendSweet little girlI wanna be your boyfriendDo you love me babe?What do you say?Do you love me babe?What can I say?Because I wanna be your boyfriendHey, little girlI wanna be your boyfriendSweet little girlI wanna be your boyfriendBecause I wanna be your boyfriendHey, little girlI wanna be your boyfriendSweet little girlI wanna be your boyfriendDo you love me babe?What do you say?Do you love me babe?What can I say?Because I wanna be your boyfriendI wanna be your boyfriendHey, little girlI wanna be your boyfriendSweet little girlI wanna be your boyfriendEu já havia escutado inúmeras vezes, mas nunca me interessei em traduzi-la
Comecei aos poucos a relaxar e peguei seu pau entre as minhas mãos, tocando-o, apertando-o, matando toda a minha curiosidade.Pedro gemeu e fiquei incerta se foi de prazer ou dor.Num ímpeto, subi novamente a calça dele, tampando a visão. Talvez aquilo era suficiente para nossa primeira vez.Pedro levantou minha blusa devagar, os dedos tocando minha pele como se fossem tochas de fogo. Nossos olhos não se desgrudavam e aquilo era o que mais me impressionava: eu o senti ali, o tempo todo, realmente comigo.“Quando as almas gêmeas se encontram, elas não sentem necessidade de conhecer mais ninguém, não se imaginam com outras pessoas, aliás, nem conseguem imaginar sua vida sem o parceiro. É como se nem lembrassem mais como era a vida sem ele”. Era assim que eu me sentia com relação a Pedro. Nada nem ninguém importava mais na minha vida, nem os garotos que conheci no passado, tampouco os que conheceria no futuro. Porque eu já não via mais felicidade num futuro sem aqueles olhos escuros den
Era tarde demais para não nos machucarmos se aquela relação acabasse. Ao menos no meu caso, sairia completamente destruída, porque pela primeira vez eu estava amando de verdade... Alguém real, alguém que se preocupava comigo, alguém que me fazia querê-lo de forma que não me causava sofrimento, alguém que me tirou do mundo dos sonhos e do impossível, alguém que tinha o ponto luminoso sobre o ombro esquerdo, como sempre sonhei.Senti o edredom sendo puxado sobre o meu corpo e abri os olhos, com dificuldade.- Levantem daí agora mesmo! – A voz da vó de Pedro ecoou no quarto.Sentei imediatamente na cama, esfregando os olhos para tentar despertar de fato. Por sorte havia dormido de roupa e exceto pelo sutiã que estava aberto atrás, eu estava decente.- É assim que age pelas minhas costas, Pedro? – Vociferou Daiana.Pedro levantou da cama. Estava vestindo a calça de moletom e camiseta. Deslizei pelo lençol e parei ao lado dele, amedrontada. Vi Flora e Renan do lado de fora da porta, com as