Aquele dia foi divertido. Foi magico, mais a mágica tem que acabar em certos momentos e nesse exato momento estou em meu quarto pronta para me tornar um pequeno pássaro azul que atravessará o céu em direção a casa de Asula.
Minha mãe está ali do meu lado com um pequeno sorriso nos lábios como estivesse feliz pelo pequeno passo que dei em direção a Asula.
—Vejo que quem deu o primeiro passo foi o Asula. —Minha mãe me diz sarcástica como se estivesse se divertindo com tudo aquilo.
—Mais eu quem o molhou! —Digo enquanto cruzo os braços e olho para ela que apenas dá uma pequena risada.
—Então est&aa
—Você tem que encontrar alguém que lhe ame de verdade até a meia-noite do dia 24 de dezembro senão você será um pássaro para toda vida! Ainda posso ouvir minha mãe me falar isso enquanto estávamos sentadas na minha cama olhando as inúmeras revistas de modas que se encontram espalhadas em cima da mesma. Ela me olhou com seus lindos olhos azuis enquanto me dizia essas palavras me fazendo piscar os olhos enquanto olhava para um vestido vermelho bordado que se encontrava estampado na página de revista na minha frente, mais tudo que eu conseguia fazer era olhar para a página onde se encontrava o vestido enquanto minha mãe me falava que eu poderia me tornar um pássaro pelo resto da minha vida. —Todos os dias a partir de hoje você se transformara em um pássaro as 18 horas e só voltara a forma humana no raiar do dia, minha criança! - Ela me d
—Sente-se logo aqui, Dalila que não temos todo o tempo do mundo para conversar! —Ela me diz enquanto me olha me fazendo rapidamente sentar do seu lado. Um silencio constrangedor se estala entre nós duas me fazendo olhar para frente enquanto engolia em seco, eu e minha mãe não éramos tão unidas assim. Eram poucas vezes em que agíamos como mãe e filha, somos duas estranhas que convivem em baixo do mesmo teto. —Bem, como começar essa conversa sem te assustar? —Ela se pergunta enquanto olha para todo canto menos para mim, como se fugisse da conversa que a mesma queria ter. Cruzo minhas pernas enquanto coloco minha cabeça em cima da mesma esperando que ela comece a tal conversa mais tudo que consigo ouvir é apenas a respiração de minha mãe e a minha nesse quarto tão grande.
Ando de um lado para o outro enquanto levo minha mão esquerda para debaixo do meu queixo, paro olho para frente e depois volto a andar de um lado para o outro. Não consigo acreditar que ele seja meu amor verdadeiro, não é possível...eu acabei de conhecer o cara. Não tinha que ter todo aquele drama de primeiro encontro, primeiro beijo, primeiro tocar de mão e primeira troca de olhares? Então porque pulamos tudo isso? Porque fomos logo direto para amor à primeira vista e "Preciso que você me ame senão serei um pássaro para toda vida" ? Não podia ter todo aquela pompa de início? Me pergunto enquanto tento me manter calma, mais a minha calma naquele momento não existe, o que se encontra ali comigo é o pânico de saber que o meu amor verdadeiro não me ama. <
—Você parece ser tão fofo... — Ele me fala em um pequeno sorriso enquanto que seus olhos se podia ver um pequeno brilho.Amore, eu sou fofa mais to ficando assustada com o andar dessa carruagem!Olho-o com meus pequenos olhos e ele fica me encarrando, seus olhos me encarram como se tivesse tentando desvendar o que se encontra no meu interior, mais eu apenas olho depois para outro lado enquanto mordo seu dedo com força o fazendo me soltar. Ele leva a mão para bem longe de mim.—Menino mau! —Ele me diz com aquela famosa voz de pai reprimindo o pequeno filho levado.Olha, aqui moço eu sou moça.... Está ouvindo, criatura!
uspiro enquanto caminho por aquela pequena trilha de pedras brancas em direção a casa branca ao lado da nossa. Olho de canto de olhos para minha mãe que era só sorrisos enquanto eu era apenas arrepios e suspiros. —Pare de suspirar como uma boba apaixonada, criatura! —Minha me diz enquanto toca a campainha que faz eco no interior da casa —Aja como uma pessoa normal. —Ah, claro sou tão normal que me transformo em pássaro as 18 horas! —Digo bem sarcástica com um pequeno sorriso de canto. Ela me olha com seus olhos me fuzilando e dá um lindo pisão no meu pé. —Osp, desculpe –me filha, está bem? —Ela me pergunta com um pequeno sorriso sarcástico nos lábios enquanto coloca o braço ao redor da cintura de meu pai que apenas suspira e encos
Minha mãe se encontra na minha frente com seus cabelos loiros presos em um rabo-de-cavalo enquanto que esses olhos se encontram em mim ali na cama encolhida como uma bola. —Dalila, eu já te disse deixa a dor sair, quanto mais você a conte-la mais ela vai lhe machucar! —Ela me diz com um pequeno sorriso nos lábios enquanto desliza os dedos da mão contra meus cabelos. Ela tira uma pequena mecha molhada do meu rosto. Desliza os dedos pelos fios como uma pequena pena. —Eu também neguei a dor nas primeiras vezes, quando mais eu a negasse mais ela se tornava forte, parecia tomar todo o meu corpo e eu apenas podia fazer era ficar ali parada esperando o sol raiar ou desmaiar de dor —Ela me diz com um pequeno sorriso nos lábios. Seus lábio
Eu fiquei com Asula até quando eu pude. Velei seu sono e fiquei a olhar seu rosto sereno enquanto seu peito subia e descia me fazendo lembra dos gominhos e o trajeto das pequenas trilhas de água, balancei a cabeça de um lado para o outro enquanto o olhava, queria gravar seu rosto sereno e calmo na minha mente. Ele suspira fundo e se vira me deixando a ver suas costas largas e musculosas cobertas por uma enorme tatuagem de asas, mas elas estavam desenhadas na forma tribal.Olhar para aquela tatuagem ali e não poder tocar me parecia uma tortura, oh, eu o estava amando mesmo!Com esses pensamentos em mente olhei para a janela aberta e sem pensar lacei voo em direção a minha casa, a única coisa que eu queria fazer naquele momento era pensar. Pensar no que fazer se caso ele me renegue e eu me
—Ei, sabia tem gente aqui! —Minha mãe fala enquanto arrasta a cadeira do meu lado, mas eu ainda tinha meus olhos grudados no Asula que estava parado do meu lado desviando de meus olhos como o Diabo foge da cruz —Dalila, para de olhar assim, caramba! —Minha mãe me diz enquanto me dá um pequeno chute contra a canela. Apenas gemo e esfrego uma perna na outra porque a criatura chutou forte e tenho certeza que vai ficar vermelho e depois roxo. —Que violência é essa, eu sou sua filha, caramba! —Digo enquanto afasto a cadeira um pouco para poder esfregar o local onde ela me chutou e eu posso ver o pé dela pronto para me dar um novo chute. —Nem ouse! Ela me olha com seus olhos de cão do inferno, posso ver o próprio diabo reencarnado na minha mãe quando ela me olha assim. Engulo em seco enqu