Ele queria experimentar tudo, junto com Beatriz.— Claro, quando eu melhorar, eu vou te levar.— Você também deita, eu quero dormir um pouco, fica aqui comigo.Dani acenou com a cabeça e deitou-se no sofá pequeno, bem próximo à cama. Beatriz virou-se de costas para ele, fingindo dormir.— Beatriz? Beatriz...Ele a chamou suavemente duas vezes, sem obter resposta, pensou que ela tivesse adormecido. Ele ficou em silêncio por um longo tempo, até que finalmente voltou a falar.— Eu vou me esforçar para aprender as regras deste mundo, quero substituí-lo e ser uma pessoa melhor. Não quero ter sido criado só para ser apagado. Se eu existo, tenho o direito de viver. Beatriz, por favor, não me veja como um monstro, eu sou uma pessoa, uma pessoa normal...Sua voz ia ficando cada vez mais baixa, parecia que esse sofá tinha um tipo especial de magia, especialmente macio, fazendo com que fosse fácil cair no sono.Ele também estava um pouco cansado, então acabou adormecendo sem perceber.Foi então q
As palavras de Dani eram soturnas, como se viessem do inferno.Ele estava pálido demais, o suor escorrendo em gotas grandes. Ele se esforçava com toda a sua força, realmente com intenção de matar. Ele apertava cada vez mais, e Beatriz estava sendo levantada por um único braço.A sensação de asfixia a envolvia firmemente, ela lutava em agonia, mas sem conseguir se mover.A consciência de Beatriz estava ficando cada vez mais fraca, quando de repente sentiu seu corpo aliviar, caindo.Antes de desmaiar, ela pensou ter ouvido a voz de Dani. A voz era muito fraca, tão baixa que ela duvidava se não era sua própria alucinação.— Você ainda não entendeu... esse tipo de hipnose primitiva não pode me vencer. Só você pode realmente me machucar.— Daniel faria qualquer coisa por você...— Beatriz, você me deve isso... não me dê uma próxima vez, se houver uma próxima, não vou te perdoar...Essas últimas palavras martelavam em seu coração. Essa era a voz final de Dani.Quando ela estava prestes a cai
Desta vez, ela não estava chorando por Daniel, mas por outra pessoa.Ele disse, quando ela melhorasse, eles iriam acampar, ir ao cinema.Ele disse, ele também era uma pessoa, uma vida viva.Ele não era uma apêndice de Daniel, nem uma pedra nos rins ou um pólipo que poderia ser removido com uma cirurgia.Ele tinha seus próprios pensamentos, ele também sentia dor.Ela ganhou sua confiança, apenas para traí-lo, Daniel deve estar desesperado.Ele, por toda sua vida, nunca se perdoaria.Eles só se conheciam há alguns dias, mas por que ela estava tão triste? Ela matou sem levantar uma arma... Beatriz estava profundamente angustiada.Daniel, parado à porta, estava extremamente aflito, enquanto o psicólogo, mancando, entrou.— Acho que a Srta. Rocha precisa do meu tratamento, o conflito entre você e a segunda personalidade deveria ser resolvido por vocês mesmos, mas a Srta. Rocha tomou partido, o que não é justo para a segunda personalidade. Ela não consegue superar isso...Daniel olhou para e
O canto dos olhos de Daniel instantaneamente se encheu de vermelho, olhando para ela com raiva. — Você sabe o que está fazendo?Beatriz olhou para baixo, para a faca ainda cravada em seu peito, e Daniel segurou a lâmina. A faca cortou sua pele, e gotas de sangue começaram a cair, formando rapidamente uma pequena poça no chão.Ela se sentiu confusa; no momento em que agiu, apostou que Daniel a impediria. Ela não esperava que ele, no calor do momento, agarrasse a faca com a mão desprotegida!— Sua mão…Daniel jogou a faca no chão com força, fazendo um som claro.Ele segurou seus ombros firmemente, fazendo-a sentir dor nos ossos.— Beatriz, escute bem, nunca se machuque. A ponta da faca pode ser direcionada a qualquer um, mas nunca a si mesma, entendeu?Ele rugiu com raiva, claramente irritado. Beatriz abriu a boca, querendo dizer que não tinha intenção de se machucar, ela sabia que Daniel interviria. Se ele se importava, então sua vida era valiosa.Mas as palavras ficaram presas na garga
Ela tinha algo sobre Bruna. As duas tinham interesses em comum, o que as fazia conversar mais.Como Bruna evitava encontros arranjados também era ideia de Débora.— O quê? Você foi fazer um exame e Beatriz te viu?— Ela com certeza me reconheceu, ela viu o meu relatório de exame, o que eu faço?Débora sentia uma tensão no ventre. Ela havia descoberto que estava grávida há alguns meses, pensando que seria só superar os primeiros três meses perigosos, mas agora, entre o quarto e o quinto mês, sem ainda estar visivelmente grávida, ela começou a ter sinais de sangramento.Ela não ousava contar para Afonso, já que ele tinha esperanças para este bebê. Ela foi ao hospital sozinha para os exames, e então... a gravidez parou.Para descobrir a causa, seriam necessários mais exames.O médico sugeriu que ela fizesse um aborto o quanto antes, pois quanto mais tempo um feto morto permanece no útero, maior é o dano para ela.Ela estava devastada com o resultado, querendo usar este bebê para melhorar
Débora sabia que precisava cuidar da sua condição o quanto antes. Afinal, quanto mais tempo um feto morto fica dentro dela, maior o dano.Voltou para Vila Silva, calculando que Afonso deveria ter chegado.Pegou o celular fingindo fazer uma ligação. — Cuidem dos negócios do estúdio da Beatriz em segredo, sem dizer que fui eu que pedi. O que vocês gastarem, eu reembolsarei...Terminou as instruções, desligou o telefone e, virando-se, viu Afonso.— Afonso? Como você chegou sem fazer barulho? Quase me matou de susto —, repreendeu Débora com um ar doce.— Você está ajudando Beatriz?— Humm, nós não somos tão próximas, mas acredito que isso não foi culpa dela. Foram os subordinados que tomaram decisões erradas. Eu admiro suas capacidades e acho que ela não merece ser desrespeitada. Além disso, tenho estado contra ela há bastante tempo e gostaria que pudêssemos aprender a coexistir pacificamente. Eu sei que você está em uma situação difícil entre nós. Vocês estiveram juntos por três anos e eu
Ela e Helena ainda estavam ocupadas, então ela rapidamente pediu uma comida por delivery.— Helena, pare um pouco, descanse um momento.— Se o Sr. Carlos estivesse aqui, poderíamos relaxar um pouco.Ao ouvir isso, Beatriz olhou para o escritório de Carlos.Ela ainda se sentia melancólica, parecia que eles não poderiam nem mesmo ser amigos no futuro.Foi então que Helena soltou um leve exclamação. — Sra. Silva?Beatriz se surpreendeu, Débora tinha vindo.Ela estava aberta ao público, qualquer um poderia entrar, ela não poderia impedir Débora de entrar.— O que você veio fazer aqui?Débora disse com um sorriso. — Eu vim te buscar para ver Afonso, estarei lá também esta noite.Beatriz de repente não entendeu, achou que Afonso a tinha convidado sozinha, não esperava que Débora também estivesse.— Estou muito ocupada, não tenho tempo.— Eu e Afonso conversamos, se fosse nos tempos antigos, eu estaria disposta a servir Afonso com você.Ao ouvir isso, Beatriz ficou nojenta, o que eles estavam
Mesmo sabendo que era uma armadilha de Débora, naquele momento de vida ou morte, Beatriz não podia se importar menos.Ela rapidamente ligou para o 192, esperando a ambulância chegar, Débora foi levada, deixando uma grande poça de sangue no chão.Beatriz olhava para aquele sangue, o coração batendo rápido. — Como ela... como ela ousa usar o filho para me incriminar?Débora estava grávida, era o primogênito de Afonso, ela precisava deste filho, jamais usaria a criança para armar contra si mesma.Portanto, quando estava com Débora, embora guardasse certa cautela, Débora nunca havia feito nada contra o bebê. Mas desta vez... ela havia caído por acidente, ou foi por outra razão?— Srta. Rocha, fique tranquila... eu vi tudo, vi claramente, você não a empurrou, foi ela que se soltou da sua mão e se jogou propositalmente no chão.Helena falava gaguejando, claramente assustada também.— E as câmeras de segurança?Beatriz havia verificado as câmeras primeiro, mas não conseguiu identificar nada d