Desta vez, ela não estava chorando por Daniel, mas por outra pessoa.Ele disse, quando ela melhorasse, eles iriam acampar, ir ao cinema.Ele disse, ele também era uma pessoa, uma vida viva.Ele não era uma apêndice de Daniel, nem uma pedra nos rins ou um pólipo que poderia ser removido com uma cirurgia.Ele tinha seus próprios pensamentos, ele também sentia dor.Ela ganhou sua confiança, apenas para traí-lo, Daniel deve estar desesperado.Ele, por toda sua vida, nunca se perdoaria.Eles só se conheciam há alguns dias, mas por que ela estava tão triste? Ela matou sem levantar uma arma... Beatriz estava profundamente angustiada.Daniel, parado à porta, estava extremamente aflito, enquanto o psicólogo, mancando, entrou.— Acho que a Srta. Rocha precisa do meu tratamento, o conflito entre você e a segunda personalidade deveria ser resolvido por vocês mesmos, mas a Srta. Rocha tomou partido, o que não é justo para a segunda personalidade. Ela não consegue superar isso...Daniel olhou para e
O canto dos olhos de Daniel instantaneamente se encheu de vermelho, olhando para ela com raiva. — Você sabe o que está fazendo?Beatriz olhou para baixo, para a faca ainda cravada em seu peito, e Daniel segurou a lâmina. A faca cortou sua pele, e gotas de sangue começaram a cair, formando rapidamente uma pequena poça no chão.Ela se sentiu confusa; no momento em que agiu, apostou que Daniel a impediria. Ela não esperava que ele, no calor do momento, agarrasse a faca com a mão desprotegida!— Sua mão…Daniel jogou a faca no chão com força, fazendo um som claro.Ele segurou seus ombros firmemente, fazendo-a sentir dor nos ossos.— Beatriz, escute bem, nunca se machuque. A ponta da faca pode ser direcionada a qualquer um, mas nunca a si mesma, entendeu?Ele rugiu com raiva, claramente irritado. Beatriz abriu a boca, querendo dizer que não tinha intenção de se machucar, ela sabia que Daniel interviria. Se ele se importava, então sua vida era valiosa.Mas as palavras ficaram presas na garga
Ela tinha algo sobre Bruna. As duas tinham interesses em comum, o que as fazia conversar mais.Como Bruna evitava encontros arranjados também era ideia de Débora.— O quê? Você foi fazer um exame e Beatriz te viu?— Ela com certeza me reconheceu, ela viu o meu relatório de exame, o que eu faço?Débora sentia uma tensão no ventre. Ela havia descoberto que estava grávida há alguns meses, pensando que seria só superar os primeiros três meses perigosos, mas agora, entre o quarto e o quinto mês, sem ainda estar visivelmente grávida, ela começou a ter sinais de sangramento.Ela não ousava contar para Afonso, já que ele tinha esperanças para este bebê. Ela foi ao hospital sozinha para os exames, e então... a gravidez parou.Para descobrir a causa, seriam necessários mais exames.O médico sugeriu que ela fizesse um aborto o quanto antes, pois quanto mais tempo um feto morto permanece no útero, maior é o dano para ela.Ela estava devastada com o resultado, querendo usar este bebê para melhorar
Débora sabia que precisava cuidar da sua condição o quanto antes. Afinal, quanto mais tempo um feto morto fica dentro dela, maior o dano.Voltou para Vila Silva, calculando que Afonso deveria ter chegado.Pegou o celular fingindo fazer uma ligação. — Cuidem dos negócios do estúdio da Beatriz em segredo, sem dizer que fui eu que pedi. O que vocês gastarem, eu reembolsarei...Terminou as instruções, desligou o telefone e, virando-se, viu Afonso.— Afonso? Como você chegou sem fazer barulho? Quase me matou de susto —, repreendeu Débora com um ar doce.— Você está ajudando Beatriz?— Humm, nós não somos tão próximas, mas acredito que isso não foi culpa dela. Foram os subordinados que tomaram decisões erradas. Eu admiro suas capacidades e acho que ela não merece ser desrespeitada. Além disso, tenho estado contra ela há bastante tempo e gostaria que pudêssemos aprender a coexistir pacificamente. Eu sei que você está em uma situação difícil entre nós. Vocês estiveram juntos por três anos e eu
Ela e Helena ainda estavam ocupadas, então ela rapidamente pediu uma comida por delivery.— Helena, pare um pouco, descanse um momento.— Se o Sr. Carlos estivesse aqui, poderíamos relaxar um pouco.Ao ouvir isso, Beatriz olhou para o escritório de Carlos.Ela ainda se sentia melancólica, parecia que eles não poderiam nem mesmo ser amigos no futuro.Foi então que Helena soltou um leve exclamação. — Sra. Silva?Beatriz se surpreendeu, Débora tinha vindo.Ela estava aberta ao público, qualquer um poderia entrar, ela não poderia impedir Débora de entrar.— O que você veio fazer aqui?Débora disse com um sorriso. — Eu vim te buscar para ver Afonso, estarei lá também esta noite.Beatriz de repente não entendeu, achou que Afonso a tinha convidado sozinha, não esperava que Débora também estivesse.— Estou muito ocupada, não tenho tempo.— Eu e Afonso conversamos, se fosse nos tempos antigos, eu estaria disposta a servir Afonso com você.Ao ouvir isso, Beatriz ficou nojenta, o que eles estavam
Mesmo sabendo que era uma armadilha de Débora, naquele momento de vida ou morte, Beatriz não podia se importar menos.Ela rapidamente ligou para o 192, esperando a ambulância chegar, Débora foi levada, deixando uma grande poça de sangue no chão.Beatriz olhava para aquele sangue, o coração batendo rápido. — Como ela... como ela ousa usar o filho para me incriminar?Débora estava grávida, era o primogênito de Afonso, ela precisava deste filho, jamais usaria a criança para armar contra si mesma.Portanto, quando estava com Débora, embora guardasse certa cautela, Débora nunca havia feito nada contra o bebê. Mas desta vez... ela havia caído por acidente, ou foi por outra razão?— Srta. Rocha, fique tranquila... eu vi tudo, vi claramente, você não a empurrou, foi ela que se soltou da sua mão e se jogou propositalmente no chão.Helena falava gaguejando, claramente assustada também.— E as câmeras de segurança?Beatriz havia verificado as câmeras primeiro, mas não conseguiu identificar nada d
— Helena?Beatriz não podia acreditar, estas eram as palavras de Helena, que havia seguido com ela por mais de três anos, ela nunca a havia tratado mal.Mas ela a traiu, apesar de ter dito algo completamente diferente antes de sair.— Você é uma das pessoas de Débora? — Agora ela finalmente percebeu.— Não tenho nenhuma relação com a Sra. Silva, Srta. Rocha, apenas não consigo ir contra minha consciência, não posso assistir você cometendo maldades.Helena continuou chorando.Beatriz, emocionada, deu alguns passos à frente, querendo confrontá-la. — Por que você fez isso comigo…Inesperadamente, Afonso foi mais rápido e agarrou seu pulso firmemente.Ele olhou para ela com um olhar complexo: — Beatriz, você é realmente cruel, atacar uma grávida. Meu filho morreu, está satisfeita agora! Eu te digo, eu não vou deixar isso passar, mesmo que alguém te proteja, eu farei você pagar.Ao dizer isso, ele também lançou um olhar para Daniel.— Por favor, vocês dois, venham conosco até a delegacia,
Afonso, irado, avançou sobre o médico e agarrou sua gola. — O que você disse? Repita!O médico, tremendo de medo, respondeu: — A Sra. Silva perdeu a capacidade de ter filhos... desculpe, fizemos o possível para salvar uma vida...Naquela situação, não havia outra escolha, caso contrário... a vida dela estaria em risco.Afonso apertou o punho, querendo atacar com força. Mas o punho parou no meio do caminho, apertando e soltando, sem conseguir desferir o golpe.Por fim, ele baixou a mão, sem forças.— Saia.O médico saiu, e Afonso, com passos pesados, aproximou-se de Débora, olhando-a com um olhar extremamente complexo.Ele havia sonhado com uma vida inteira ao lado de Débora, com filhos.Mas agora, seu filho se foi, e Débora não pode mais ter filhos, quem irá sucedê-lo?Ele realmente queria matar Beatriz, mas as coisas já chegaram a esse ponto, sem volta.Pobre Débora, e o filho infeliz!O tempo passava segundo a segundo, Débora acordou fracamente, vendo Afonso, seus olhos se encheram d