— Helena?Beatriz não podia acreditar, estas eram as palavras de Helena, que havia seguido com ela por mais de três anos, ela nunca a havia tratado mal.Mas ela a traiu, apesar de ter dito algo completamente diferente antes de sair.— Você é uma das pessoas de Débora? — Agora ela finalmente percebeu.— Não tenho nenhuma relação com a Sra. Silva, Srta. Rocha, apenas não consigo ir contra minha consciência, não posso assistir você cometendo maldades.Helena continuou chorando.Beatriz, emocionada, deu alguns passos à frente, querendo confrontá-la. — Por que você fez isso comigo…Inesperadamente, Afonso foi mais rápido e agarrou seu pulso firmemente.Ele olhou para ela com um olhar complexo: — Beatriz, você é realmente cruel, atacar uma grávida. Meu filho morreu, está satisfeita agora! Eu te digo, eu não vou deixar isso passar, mesmo que alguém te proteja, eu farei você pagar.Ao dizer isso, ele também lançou um olhar para Daniel.— Por favor, vocês dois, venham conosco até a delegacia,
Afonso, irado, avançou sobre o médico e agarrou sua gola. — O que você disse? Repita!O médico, tremendo de medo, respondeu: — A Sra. Silva perdeu a capacidade de ter filhos... desculpe, fizemos o possível para salvar uma vida...Naquela situação, não havia outra escolha, caso contrário... a vida dela estaria em risco.Afonso apertou o punho, querendo atacar com força. Mas o punho parou no meio do caminho, apertando e soltando, sem conseguir desferir o golpe.Por fim, ele baixou a mão, sem forças.— Saia.O médico saiu, e Afonso, com passos pesados, aproximou-se de Débora, olhando-a com um olhar extremamente complexo.Ele havia sonhado com uma vida inteira ao lado de Débora, com filhos.Mas agora, seu filho se foi, e Débora não pode mais ter filhos, quem irá sucedê-lo?Ele realmente queria matar Beatriz, mas as coisas já chegaram a esse ponto, sem volta.Pobre Débora, e o filho infeliz!O tempo passava segundo a segundo, Débora acordou fracamente, vendo Afonso, seus olhos se encheram d
Os dois se encontraram em uma cafeteria no térreo, e Daniel entregou a ele um dossiê.Há seis meses, Débora procurou Helena, com o objetivo de aliciá-la.Naquela época, o estúdio de Beatriz estava quase falindo, e quase todos os funcionários tinham sido levados, mas Helena, fiel, permaneceu.Teoricamente, Helena e Débora não deveriam ter nenhum contato, mas depois houve várias comunicações entre elas.— Com base nesses poucos contatos, o que você está tentando dizer?— Ontem, Débora contatou Helena, o conteúdo foi deletado, precisaremos de alguns dias para restaurá-lo tecnicamente. Mas, se você estiver disposto a esperar, eu prometo uma resposta satisfatória.Afonso franziu a testa, bateu na mesa com força e levantou-se furioso: — Você está dizendo que Débora, para incriminar Beatriz, não hesitou em sacrificar o próprio filho? E chamou Helena para dar um falso testemunho? Que benefício Débora teria com isso! Com esse filho, ela garantiria sua posição como Sra. Silva, e já tínhamos desc
Sem evidências suficientes para provar a inocência de Beatriz, mantê-la na delegacia era, de certa forma, uma proteção.Ela estava detida, e Daniel usou seus contatos para garantir que ela não tivesse contato com outros detentos.Ele já tinha visto pessoas que ficaram anos detidas, sem fiança, com casos pendentes, sempre retidos.No início, essas pessoas ainda tinham esperança nos olhos, mas com o tempo... tornavam-se desoladas.Ele não queria que Beatriz visse esse mundo sombrio.Beatriz estava lá, e ao menos a fúria de Afonso havia sido aplacada, impedindo que ele agisse ainda mais brutalmente.Daniel foi visitá-la, surpreso por Beatriz recusá-lo. Mas isso não deteve seus passos.A porta da cela se abriu, ela pensou que fosse uma policial para um interrogatório rotineiro, mas quem entrou foi Daniel.— Eu disse que não queria te ver, não foi?— Mas eu queria te ver.Ao ouvir isso, Beatriz empalideceu.Ela mordeu o lábio, quase ao ponto de sangrar.Por que Daniel sempre tinha que vê-la
Ela recusou rapidamente.Daniel apertou os lábios, mas não disse nada.Ele ficou um pouco mais com ela, mas teve que ir embora por causa de assuntos da empresa.Beatriz achou que o tempo seria difícil de passar, mas com essas coisas, foi fácil se distrair.Daniel se preocupou que a cama fosse muito dura, então adicionou um colchão e também providenciou um sofá.Beatriz olhou ao redor, para todas as coisas no quarto, e caiu em reflexão.Ela chamou a policial.— Isso não é contra as regras? Por que vocês deixaram ele trazer isso?— É a ordem do comissário, você é da família dele, então podemos facilitar um pouco. O Policial Dias realmente gosta de você!A policial disse isso com estrelas nos olhos. Daniel era tão admirável, quem não o amaria?— Então você poderia retirar tudo isso, por favor? Deixe apenas alguns livros.— Mas...— Eu não quero que ele quebre as regras. Uma vez que começamos, fica difícil parar.A policial relutou em tomar uma decisão sem consultar seus superiores.O tele
No dia seguinte, Beatriz acordou para encontrar Daniel já havia partido.Ainda havia um calor residual ao lado da cama, indicando que ele não tinha ido há muito tempo.A policial chegou para trazer o café da manhã, olhando para ela com um sorriso.Esse olhar a fez se sentir desconfortável.— Você... por que está rindo?— Você e o Policial Dias ontem à noite...— Não pense bobagem, não aconteceu nada entre nós!— Ah? Nada aconteceu ontem à noite? Nós até desligamos as câmeras de vigilância para ele não se preocupar.— O quê? Vocês são tão permissivos assim? — Beatriz ficou chocada.— Isso não é o ponto. O ponto é, nada realmente aconteceu entre vocês ontem à noite? O Policial Dias é assim tão... incapaz?A policial até começou a fofocar sobre Daniel. Beatriz estava quase chorando de frustração e rapidamente dispensou a policial.— Certo, mais tarde você terá um encontro com a parte envolvida.Ela deveria ter se encontrado com a parte envolvida mais cedo, mas Débora teve um sangramento
— Ela teve um desentendimento com a Sra. Silva, derrubou a Sra. Silva, que estava grávida de mais de cinco meses, no chão, e me fez falsificar um testemunho contra minha vontade! Eu não a obedeci, e ela realmente enviou alguém para me matar. Justamente agora, enquanto eu vinha à delegacia para cooperar com a investigação, um carro tentou me atropelar. Por sorte, eu escapei por pouco. Senhor policial, vocês precisam me proteger, garantir minha segurança, Beatriz quer me matar, ela quer me matar...— Senhora, por favor, entre e vamos conversar.— Ah... não me toque, você é cúmplice de Beatriz, você também quer me matar.Helena gritava e chorava loucamente lá fora, atraindo uma multidão na porta da delegacia.Até gravaram um vídeo e postaram na internet.Beatriz tornou-se a principal culpada no caso de infanticídio. Sua má reputação era notória, e ela merecia mais do que a morte.Houve pedidos em toda a internet por uma audiência pública, temendo que alguém com a posição de Beatriz pudess
Quando a noite caía, no hospital...Afonso havia cancelado todos os seus compromissos nos últimos dias, dedicando-se inteiramente a ficar no hospital, cuidando dela sem se desviar um passo sequer.O relacionamento deles se fortaleceu ainda mais, o que confortava bastante Débora.Ela havia sofrido tanto, mas isso lhe rendeu o carinho de Afonso e o ódio dele por Beatriz, e isso era suficiente.Nesse momento, a secretária entrou, sussurrando algo no ouvido de Afonso.A voz era tão baixa que Débora não conseguia ouvir.Ela notou imediatamente a mudança na expressão de Afonso, o que a deixou um pouco preocupada. — O que aconteceu?— Não é nada, apenas um problema na empresa que preciso resolver. Voltarei logo para ver você.— Vá, eu esperarei por você.A voz de Débora era suave como água, e Afonso ajeitou seu cobertor, acariciando sua cabeça.— Débora... — Sua voz repentinamente ficou rouca. — Você já fez algo para me trair?Débora ficou estupefata.Ele perguntou novamente. — Você já me ma