Quando a noite caía, no hospital...Afonso havia cancelado todos os seus compromissos nos últimos dias, dedicando-se inteiramente a ficar no hospital, cuidando dela sem se desviar um passo sequer.O relacionamento deles se fortaleceu ainda mais, o que confortava bastante Débora.Ela havia sofrido tanto, mas isso lhe rendeu o carinho de Afonso e o ódio dele por Beatriz, e isso era suficiente.Nesse momento, a secretária entrou, sussurrando algo no ouvido de Afonso.A voz era tão baixa que Débora não conseguia ouvir.Ela notou imediatamente a mudança na expressão de Afonso, o que a deixou um pouco preocupada. — O que aconteceu?— Não é nada, apenas um problema na empresa que preciso resolver. Voltarei logo para ver você.— Vá, eu esperarei por você.A voz de Débora era suave como água, e Afonso ajeitou seu cobertor, acariciando sua cabeça.— Débora... — Sua voz repentinamente ficou rouca. — Você já fez algo para me trair?Débora ficou estupefata.Ele perguntou novamente. — Você já me ma
Foi nesse momento que o celular de Afonso tocou, era Daniel.Com irritação, Afonso falou. — O que você quer agora? Imagino que você já saiba sobre o que é esta ligação!— Débora claramente está insinuando algo, ela causou toda essa confusão, Helena sabe como lidar com isso, naturalmente não diria muito pelo telefone, para não deixar pistas.— Daniel, você está sendo muito parcial com Beatriz, você não sabe quem ela realmente é! Acho que ela te enganou!— A família de Helena passou por um problema sério há seis meses, o irmão se casou, a mãe adoeceu gravemente, e eles precisavam urgentemente de dinheiro. Esse problema foi resolvido em pouco tempo, a razão dada foi que o pai de Helena sofreu um acidente de trabalho, e a empresa pagou uma indenização de centenas de milhares, aliviando a situação urgente deles. E seis meses antes, o responsável por essa empresa esteve em Brasília, encontrou-se com Débora em uma recepção.— Débora fez alguma transação financeira? Essa empresa, agora está so
Beatriz foi levada novamente à sala de interrogatório.— Você se lembra de Gustavo Santos?Uma policial mostrou-lhe uma foto. Beatriz, obviamente, se lembrava, já que ele quase a atacou. — Lembro.— Pode nos contar sobre aquela noite?Beatriz relatou tudo detalhadamente.A policial assentiu: — Parece que Helena estava falando a verdade. Você sabia que Helena e Débora tinham algum vínculo?— Não sabia antes, mas agora posso imaginar.— Então, você estava completamente alheia?— Sim.A policial assentiu, parecendo compreender toda a situação.Agora, faltava ouvir o último testemunho, o de Débora.Ela foi chamada novamente.— Sra. Silva, você ainda afirma que foi a Srta. Rocha quem a empurrou, correto?Débora, com os dentes cerrados, confirmou novamente. — Sim, foi ela quem me empurrou!— Sra. Silva, calúnia e difamação são crimes. Você deve ser responsável por cada palavra que diz.A policial a olhava seriamente, fazendo com que o coração de Débora tremesse, enquanto ela ponderava rapida
Assim que ele saiu, ela abriu os olhos, pensando sobre tudo o que havia acontecido.Helena realmente não era confiável, ela tinha tudo para acabar de vez com Beatriz, mas, inesperadamente, traiu a confiança.Ela deveria ter percebido desde o início que se ela podia comprar a lealdade de Helena com dinheiro, outros também poderiam, provavelmente Daniel ofereceu mais.Felizmente, todas as negociações dela com Helena foram feitas de maneira oficial, não deixando pistas que pudessem incriminá-la.Quanto à empresa que pagou a indenização ao pai de Helena, ela prometeu vantagens dentro de um ano, mas até agora não parece haver qualquer ligação entre ela e essa empresa.Quando ela recrutou todos os funcionários do estúdio de Beatriz, Helena era a principal.Helena foi atraída pelo alto salário, mas não para trabalhar diretamente para ela, e sim para continuar ao lado de Beatriz, observando seus movimentos.Helena era esperta, não precisava ser instruída para causar problemas a Beatriz, quase
— Beatriz...Daniel tentou controlar seu entusiasmo, resistindo ao impulso de abraçá-la fortemente, aproximando-se cuidadosamente.Beatriz olhou para ele, com sentimentos misturados.Ela queria sorrir para ele, mas por alguma razão, tudo escureceu e ela desmaiou.Naquele momento, o coração de Daniel disparou, e ele largou o guarda-chuva para pegá-la nos braços.Ele a levou para o hospital. Ela estava um pouco debilitada, mas sem nada sério. Afinal, passar vários dias em um ambiente tão opressor, era natural que algo acontecesse.Beatriz acabou sendo infectada por um vírus, teve febre durante dois dias e permaneceu internada no hospital.Daniel ficou ao seu lado sem se afastar um só instante, e também não desistiu de investigar a notícia sobre o feto morto, até que finalmente encontrou uma pista.Seu olhar ficou fixo na tela.Beatriz e uma mulher se esbarraram na entrada do hospital, papéis se espalharam pelo chão, e Beatriz, gentilmente, ajudou a recolher tudo.Em seguida, a mulher, de
— Eu posso entender, Afonso confia nela, assim como você confia em mim. Tudo que está à vista, aponta que eu empurrei alguém, causando o aborto. Mas você ainda confia em mim, continuando a procurar provas.— Você e Débora são diferentes, ela não merece ser comparada a você. Afonso está cego, ele não ama tanto Débora, é mais sobre o que ele sacrificou para ficar com ela. Ele desafiou seus pais, usou você como substituta, e depois desobedeceu à avó. Ele sacrificou muito, por isso não quer admitir que Débora tem más intenções, caso contrário, seria o mesmo que admitir que ele tem um mau julgamento, que não sabe julgar as pessoas. Mas eu sei, você sempre foi boa, melhor que qualquer outra pessoa.Daniel olhou para ela, enfatizando cada palavra.O coração de Beatriz começou a bater descontroladamente.Seu olhar era sempre sincero e direto, ninguém ousava encará-lo.Quando seus olhares se encontraram, era intensamente quente.— Bia, você disse... que me perdoa, isso ainda vale?Beatriz ficou
Carlos enfatizou cada palavra, deixando Beatriz sem argumentos.Mesmo sabendo que era inocente, o plano de Débora a tinha colocado na prisão. Se não fosse pela intervenção de Daniel, ela estaria perdida.— Irmão Carlos, o que aconteceu? Você não tinha ido embora?— Quem disse que eu fui? Eu não disse que estava apenas tirando alguns dias de folga? Como não pude ajudar diretamente com sua situação, decidi estabilizar a empresa. Nos dias em que estive fora, não fiquei parado; dei uma palestra na minha antiga universidade e 'convenci' muitas pessoas a virem para cá. O problema com o tecido contaminado já foi resolvido e não está mais associado ao estúdio. Com o tempo, as coisas vão melhorar aqui.— Irmão Carlos...Parece que a única pessoa mesquinha era ela própria. Ela pensava que nem mesmo poderia ser amiga de Carlos.Carlos sorriu: — Eu não sou tão mesquinho. Ainda somos parceiros, e eu ainda sou seu Irmão. Podemos... voltar a ser como antes?Beatriz concordou entusiasticamente. — Obri
— Você... você não tem nada a dizer?Seria uma reação normal se ela o repreendesse ou lhe desse um tapa.Mas, ao contrário, ela estava calma, falava de maneira moderada, e seu olhar era tão indiferente que era assustador.O jeito como ela o olhava agora não era com desgosto ou decepção, mas com uma tranquilidade que não deixava ondas.Como se ela estivesse olhando para um estranho.— Eu tenho que ir, Sr. Silva,— ela disse suavemente.Quando Débora apareceu em seu estúdio fazendo alarde, dizendo que estava disposta a compartilhar um homem com outra mulher e que agora também concordava em ser mantida como amante,Elas podiam se desvalorizar, mas que não viessem incomodá-la.Ela até tentou explicar, mas como as duas não entendiam, por que ela se incomodaria em se comunicar agora? Não seria estúpido?Afonso estava insatisfeito.Débora a via como uma rival amorosa, determinada a competir com ela.Mas ela realmente não se importava com os dois.— Bia, sobre aquilo... — Foi meu erro...As ú